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Relação entre empregador e empregado

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Por:   •  16/3/2014  •  Resenha  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  369 Visualizações

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Relação entre empregador e empregado

JACKSON TIAGO ROMERO

jackromer@gmail.com

Antes de tudo, é necessário que se saiba dois conceitos, para que se possa falar na relação

entre empregador e empregado. O primeiro é o conceito de empregador, que é aquele

que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação

pessoal de serviços. Já o segundo, é o conceito de empregado, que é toda pessoa física

que presta serviço de natureza não eventual a empregador.

O trabalho deve ser considerado como uma essência na vida do homem, pois é por meio

dele que o ser humano se relaciona com a natureza, transformando-a em bens que

acarretam valores, ou seja, é a relação do homem com o mundo, pela qual aquele

transforma este, valorando-o, e este valor atribuído pelo homem ao mundo faz com que

ele retire sua subsistência do mundo.

O trabalho pode ser realizado de forma livre, isso acontece quando o trabalhador se torna

uma espécie de comerciante do produto de seu trabalho, podendo, também ser realizado

de modo coagido, isto é, quando o trabalhador é impelido por alguém a produzir algo. A

exploração dos trabalhadores era pautada em justificativas de cunho religioso e político.

Com a ascensão da burguesia ao poder, este tipo de exploração que antes se escondia por

trás de máscaras, tornou-se uma exploração aberta, desavergonhada, escancarada, direta e

seca.

Ao passo que a produção foi aumentando, o mesmo ocorreu nas relações entre

empregado e empregador. O empregado tornou-se produto de uma relação que o obriga a

vender sua mão-de-obra todos os dias, transformando-a em uma mercadoria que se

encontra à disposição da burguesia no mercado. A mão-de-obra, assim como as outras

mercadorias, passa a ter o seu valor equivalente aos dos meios de sobrevivência e

reprodução do operariado. Junto ao maquinário, forma um exército de produção,

tornando-se escravos das máquinas e dos donos das indústrias. O valor atribuído ao

esforço de um trabalhador acaba sendo aquele preciso à subsistência necessária para se

manter e se reproduzir.

Massas de trabalhadores, concentradas na fábrica, são organizadas militarmente. São

oprimidos todos os dias pela máquina, pelo supervisor e, sobretudo, pelos próprios danos

de fábricas. Nem mulheres e tampouco crianças pequenas são poupadas. Diferenças de

sexo ou de idade não têm mais qualquer relevância social para a classe trabalhadora. O

que há, é só instrumento de trabalho. A exploração aberta e mesquinha faz com que

pessoas trabalhem em turnos exaustivos de até 18 horas, e muitas das vezes, em locais

totalmente inapropriados sem ventilação ou iluminação, em outras, não oferecem

nenhuma segurança ou garantia às suas vidas, ou qualquer tipo de condição humana.

Isso não é o pior aspecto da relação entre o trabalhador e seu trabalho. As condições à

que são expostos graças ao desejo de lucro de seus empregadores causa algo muito pior

aos funcionários, que é a alienação que tem um sentido negativo, onde o trabalho, ao

invés de realizar o homem, o escraviza, ao invés de humanizá-lo, o desumaniza,

mortificando seu corpo e arruinando sua mente. Essa relação perversa não permite que a

realização humana, tampouco sua emancipação. É óbvio que não se pode colocar essas

críticas em toda e qualquer tipo de relação de emprego, mas àquelas que não respeitam o

homem como ser humano dotado de direitos e garantias.

As formas tradicionais de produção afeta os trabalhadores de forma profunda. A

execução do trabalho aparece tanto como uma perversão que o trabalhador se perverte até

o ponto de passar fome, sendo despojado até mesmo das coisas mais essenciais da vida.

O trabalhador não possui os mecanismos necessários para seu serviço. O burguês é o

dono da fábrica, é quem detém os meios de produção. Isso intensifica a dependência do

proletário para com o seu empregador, que além de deter os meios de produção, possui o

trabalhador como seu escravo. O operário não é apenas explorado por seu empregador,

mas sim por toda uma classe, e esta é a classe burguesa. Ainda que seja por meio de

acordos entre empresários, pela conquista de novos mercados ou a busca pelo

desenvolvimento de novas tecnologias, a burguesia penetra em todas as esferas do mundo

real social capitalista,

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