Resenha Crítica do Filme "Eu Não Sou Um Homem Fácil"

Noemy Cristina Brito

Elementos de Ciência I

17 de maio de 2018

Radioatividade

Foi descoberta de forma inusitada por Henri Becquerel, que estava estudando os efeitos da luz solar sobre alguns materiais fluorescentes, entre estes o minério de urânio, que, ao esperar alguma melhora do tempo nublado, acabou por guardar o material em uma gaveta. Ao voltar dias depois, o mesmo identificou que o minério havia emitido radiações mesmo que estivesse no escuro, assim, o francês acabava por perceber a primeira prova da existência da radioatividade natural.

A propriedade que certos tipos de átomos instáveis exibem ao emitir energia e partículas subatômicas, convencionalmente chamado de desintegração nuclear é a radioatividade.

HISTÓRIA DA RADIOATIVIDADE

Pierre e Marie Curie comprovaram a existência de outras substâncias que poderiam ter atividade radioativa ao mesmo tempo que Gerhard Carl Schmidt, e encontraram índices altíssimos de radioatividade no tório.

Marie Curie, enquanto analisava minério de urânio, observou uma intensidade de radiação maior que a detectada no urânio e fez a suposição de que pechblendas (material mais estudado pela mesma) continham algum elemento químico radioativo que ainda não havia sido descoberto. O casal Curie conseguiu retirar da pechblenda um material 400 vezes mais radioativo do que o urânio, e então a chamaram de polônio, uma homenagem à terra natal de Pierre. Logo após conseguiram extrair o rádio, milhares de vezes mais ativo que o urânio.

Tais estudos e descobertas tiveram como resultado uma nova organização de ideias a respeito da forma estrutural da material, assim, invalidando a indivisibilidade do átomo imposta no século XIX. Todas essas hipóteses a respeito da radioatividade foram consolidadas por James Chadwick em 1932 com a descoberta do nêutron, a partícula recém descoberta continha carga elétrica neutra e serviu de complemento para a teoria da estrutura atômica. Portanto, a radioatividade é o resultado de uma perda do átomo de alguns componentes, ou a liberação de subparticulas causadas pelo desequilíbrio dos campos de energia internos.

TIPOS DE RADIOATIVIDADE

Raios alfa (a). São eletropositivas, identificador na forma de feixes de núcleos de hélio. Energéticos, emitidos pelos elementos radioativos em uma velocidade de milhares de quilômetros por segundo e são chamados também por partículas alfa. Esses raios possuem baixa penetrabilidade, tornando assim possíveis de serem detidos por folhas de papel, por exemplo, tanto quanto alumínio e outros metais.

Raios beta (b). As partículas betas têm carga negativa ou positiva e são identificados pela alta energia expelidas pelo núcleo de átomos radioativos, que não são do núcleo, mas sim surgem durante o decaimento beta (quando o núcleo emite elétrons ou captura um elétron orbital para se estabilizar). Possuem quantidades maiores de energia que as partículas alfa e para serem isoladas é preciso lâminas de espessura muito maiores.

Raios gama (g). Estes são eletricamente neutros e formados por radiação eletromagnética (fótons) com uma frequência superior ao do espectro de luz visível e a dos raios X. Os raios gamas são liberados quando os núcleos fazem transições por decaimento alfa. Sua energia juntamente com sua capacidade de penetração o torna difícil de ser manipulado, é uma exposição prolongada de tecidos vivos à esses raios acarreta uma malformação nas células, que podem ter efeitos irreversíveis.

Também existem as radiações que se dão por uma fissão espontânea do núcleo, a quebrando em dois núcleos mais leves, liberando nêutrons, em núcleos pesados como netunio, urânio e plutônio.

As formas principais de detectar tais radiações são a câmara de Wilson, onde se permite fazer um traçado da trajetória das partículas radioativas em gás saturados de vapor de água; contadores Geiger-Muller e de outros tipos, estes que por sua vez determinam o número de partículas radioativas que passam por uma região do espaço, e as câmaras de ionização, que detectam a passagem das partículas por meio das cargas elétricas que estas produzem nos dispositivos de detecção.

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS RADIOATIVOS.

Depois da confirmação das teorias feitas por Ernest Rutherford e Frederick Soddy, que dizia que a radioatividade é o resultado de uma transmutação de x elementos químicos em outros, os mesmos enunciaram leis batizadas com seus nomes, estas determinam o resultado final de uma decomposição radioativa, também chamadas por lei do deslocamento radioativo: o átomo radioativo decaído na emissão de uma partícula alfa se transforma em um elemento químico diferente, tendo dois prótons a menos em seu núcleo e também quatro unidades de massa atômica a menos. Se resulta na emissão de uma partícula beta, logo seu número atômico se eleva uma única unidade.