Resenha-critica: Livro Estudos Surdos I
Resenha: Resenha-critica: Livro Estudos Surdos I. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marlusilva • 29/11/2014 • Resenha • 591 Palavras (3 Páginas) • 1.241 Visualizações
Curso: Licenciatura em História
Componente curricular: Libras
Resenha-critica: Livro Estudos Surdos I
O texto busca identificar a diferença de ser surdo ou ouvinte a partir da discussão dos surdos.Posicionando-se como surdo e olhando o ouvinte, este passa a ser o outro com sua diferença, alteridade e identidade.
Admitir a diferença no surdo é aceitar a diferença como ouvintes e a própria experiência como diferentes. Integra questão pessoal, de individualidade de ser.
É natural aos ouvintes presenciar situações tocantes devido a diferença do ser surdo e do ser ouvinte. Estas situações colocam o ouvinte na condição de “outro” na representação cultural e no projeto do “outro normal”, modificando a visão anterior e “anormalidade do surdo” para a de “diferente”. Neste sentido, o ouvinte vai modificando sua experiência e abandona sua superior “normalidade” para iniciar a experiência em relação ao outro.
A experiência vivida, pensada pelo próprio ouvinte, é diferente da vivida e pensada pelo surdo. A experiência dos ouvintes é mais centrada na troca com o outro ouvinte.
Nas linguagens das relações atuais entre os surdos e ouvintes em alguns grupos, onde há o conhecimento, também há o respeito à diferença, estabelecendo-se um debate claro sobre a diferença do surdo.
Os ouvintes passam a ter o reconhecimento que há na civilização da fala, da escrita, da leitura e também a civilização dos surdos, da sinalização, da expressão corporal, do olhar.
O ouvinte vê o surdo como aquele que tem uma cultura diferente. As leis, as identidades, as representações, as determinações não são mais baseadas na fala, na audição o ser ouvinte já não contribuem para criar um perfil de normalidade única.
A afirmação das diferenças como outro ouvinte está continuamente especificada através das narrativas dos surdos e é colocada como uma marca de diferenciação ainda mais marcada no dia a dia. Diferenciar implica em colocar o outro numa forma vazia de si, excluir-se.
O outro ouvinte na posição da alteridade surda, também evidencia diferença de ser, pois experiência a fala, a escrita, a leitura a lógica de ser ouvinte e a alteridade que este ouvinte não tem: ele é privado da tentativa de sinais expressivos e experiências visuais para tudo.
Há aqueles que querem transmitir de si, buscando convence-los que suas experiências ouvintes são fundamentais para os surdos.
Há outros ouvintes que usam a língua de sinais para convencer o surdo de sua inferioridade diante do modelo ouvinte. Há ainda outros que não entendem nada de surdos e língua de sinais. São indiferentes ao outro surdo.
Há o ouvinte que a partir de conceitos feitos pelos surdos, introduzem algumas mudanças, mas continuam com a idéia de normalidade-anormalidade.
Também há os ouvintes que, simpatizando com o surdo, tentam aprender um pouco da língua de sinais para se comunicarem, são os “ouvintes especiais”.
Há os que, simpatizando com os surdos, se impõem, pois se acham melhores do que eles.
Há ainda aqueles outros ouvintes que admitem a alteridade, a diferença
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