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SOBRE COMPORTAMENTO DE UM GRUPO - GRUPO PUNK

Por:   •  18/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  324 Visualizações

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TRABALHO DE ANTROPOLOGIA SOCIAL E CULTURAL

SOBRE COMPORTAMENTO DE UM GRUPO - GRUPO PUNK  

 

 

 

 

JUSTIFICATIVA        3

OBJETIVOS        3

INTRODUÇÃO        3

CONTEXTO HISTÓRICO DO MOVIMENTO PUNK        4

IDENTIDADE DO GRUPO        5

COMPORTAMENTO PUNK        6

SUBGRUPOS DO PUNK        8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        10

 

         


JUSTIFICATIVA

 O tema de estudo definido pelo grupo é o Movimento Punk, por se tratar de um movimento que apresenta postura crítica marcante, com identidade social e cultural bem definidas.

Justamente porque os membros do Movimento Punk isolaram-se da sociedade, foram pouco estudados nas últimas décadas.

Neste trabalho de pesquisa bibliográfica, trazemos o relato do quando se documentou sobre a história do Movimento, sobre os principais traços de sua identidade e sua forma de se comportar.

 

OBJETIVOS

 Este trabalho tem como objetivo explorar a identidade e comportamentos do grupo punk.  

 

INTRODUÇÃO

         

 O movimento punk surgiu na década de 70 e destacou-se por ir em contraponto aos ideais políticos da época e ao modismo da mídia. Esse grupo de indivíduos não eram ligados a nenhum governo ou instituição religiosa.  

 Entretanto, a cultura punk foi pouco explorada, sobretudo, quando o grupo foi estereotipado como se o grupo fosse associado a vandalismo e desordem. Ao desenvolver do trabalho discutiremos sobre o que foi o grupo punk, sua identidade, ideais e comportamento.

 

CONTEXTO HISTÓRICO DO MOVIMENTO PUNK

O movimento Punk surgiu na Inglaterra, num momento de ascensão dos conservadores ao poder e de recessão econômica que teria provocado o desemprego e afetado, sobretudo, os jovens brancos pobres.

No Reino Unido, especialmente em Londres, o movimento Punk ganhou versão própria. Ali o seu surgimento coincidiu com um momento político delicado, na segunda metade da década de 1970, quando a Europa se encontrava em um período de recessão econômica, elevadas taxas de inflação, altos índices de desemprego e uma quase incontornável crise petrolífera. Durante esse período de turbulência social, assumiu o poder na Grã-Bretanha a líder do partido conservador inglês, Margareth Thatcher. Essa situação contribuiu para que muitas bandas criticassem o governo em suas músicas.

Nos Estados Unidos, surgiu em Nova York a partir de 1974, onde se opunha ao pomposo rock progressivo que fazia muito sucesso na época. As composições do rock progressivo misturavam música clássica, jazz e até folclore celta, explorando ao máximo a revolução tecnológica que ocorria nos estúdios de gravação e teclados eletrônicos como o sintetizador.

Em meados dos anos 70, em plena ditadura, nosso país também criou sua cena punk, que começou em São Paulo e Brasília e depois se alastrou para outros estados, baseada na insatisfação com a soma de vários fatores, tais como: más condições de trabalho, falta de emprego, falta de liberdade de expressão e controle excessivo do governo.

As exclamações dos moradores das periferias das grandes cidades não eram ouvidas e a população estava saturada do controle autoritário imposto pelo Estado. No país, o Punk começa a surgir como um movimento de caráter mais ofensivo do que no resto do mundo, dialogando intensamente com a juventude brasileira.

O movimento musical punk, com suas músicas ácidas e agressivas, surgiu como uma válvula de escape. Nessa época, nasciam no Brasil as bandas Restos de Nada e AI-5, umas das primeiras do estilo que foi se disseminando, aparecendo em diversas cidades pelo país. Aborto Elétrico e Plebe Rude foram um dos principais disseminadores da estética Punk no cenário nacional. No Norte, na Bahia, Camisa de Vênus apresenta o estilo.

Em 1982 ocorre um fato importante para o movimento no Brasil: diversos simpatizantes do Punk organizam o festival “O Começo do Fim do Mundo”, no Sesc Pompéia, em São Paulo, que contou com a presença de nomes relevantes no cenário Punk, como Inocentes, Cólera e Ratos de Porão. Esse festival incentivou a organização independente de shows e festivais.

Era comum também a formação de gangues Punk, os chamados Skinheads, nas cidades. Os Punks do ABC Paulista, por exemplo, confrontavam frequentemente os grupos de São Paulo Capital (zona norte e leste). Para os membros dessas gangues, era rotina passar a noite na cadeia devido a agressões e conflitos armados.

Com o passar do tempo, no entanto, houve uma explosão de bandas de grande apelo comercial (como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e Ira!), que foi gradualmente enterrando o Punk no cenário underground da música brasileira.

 

IDENTIDADE DO GRUPO

 

Os integrantes do Grupo Punk, geralmente brancos e pobres, caracterizam-se por cultivar uma espécie de desesperança com relação às condições econômicas e do poder constituído, em função da qual assumem uma atitude rebelde diante da falta de perspectivas, contra a qual se insurgiram, utilizando a música como linguagem e como fator de identidade.

Vestem-se com trajes estranhos ao modismo, fugindo do padrão. Casacos de couro, calças justas e estreitas, rasgadas e remendadas por alfinetes, presas por cintos de arrebites, cabelos coloridos e com penteados fora do comum. Outro dado sobre a vestimenta dos indivíduos do punk é que eles vestem roupas surradas e desgastadas para se contrapor ao consumismo.  

Isso fez com que a mídia não demorasse para identificar os Punks como simples grupos de baderneiros, associados à violência e à desordem, uma espécie de escória da sociedade, associada aos movimentos de esquerda e até ao anarquismo.

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