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Semente Agrícola Nutrição & Qualidade

Por:   •  3/6/2022  •  Artigo  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  106 Visualizações

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Nutrição & Qualidade


Sementes

Estado nutricional da semente repercute na sua qualidade

Atualmente, a qualidade de sementes está sendo enfocada em todos os aspectos, e cada vez mais requerida, normatizada e incentivada pela globalização da economia, imprimindo a eficiência produtiva no sistema agrícola. Este cenário faz com que os melhores sistemas de produção agrícola do mundo sejam os nossos concorrentes diretos.

A eficiência dos fatores de produção, muitas vezes, depende da semente utilizada e, portanto, tem-se uma série de vantagens associadas ao uso de sementes de qualidade, como: a) maior resistência das plântulas às pragas e doenças iniciais; b) produção de um estande mais adequado e uniforme, contribuindo para maior precocidade das plantas; c) as plântulas são mais tolerantes ao estresse inicial; d) os riscos de replantio são significativamente reduzidos; e) a necessidade de sementes por área é reduzida; f) a possibilidade de uma emergência mais rápida e crescimento vigoroso do sistema radicular, etc.

A qualidade da semente, caracterizada pelos aspectos genéticos, físicos, sanitários e fisiológicos, influencia o desenvolvimento da cultura.

Os efeitos dos nutrientes minerais no crescimento e produção são usualmente estudados em termos das suas funções no metabolismo das plantas, e no seu crescimento.

Qualquer alteração no nível e/ou equilíbrio destes nutrientes implicou alteração no metabolismo, levando a modificações na morfologia, anatomia e composição química da semente.

Assim, é conhecido o papel dos nutrientes na produção vegetal, especialmente o nitrogênio e o potássio e estes podem afetar a qualidade das sementes, caracterizando-se como fatores primordiais no estabelecimento da lavoura. Sementes de baixa qualidade possuem germinação e vigor reduzidos, originando lavouras com baixa população de plantas, sinônimo de prejuízo econômico.

Um dos pontos básicos para o estudo da qualidade fisiológica de sementes seria a partir dos sistemas de membranas, particularmente através da integridade das membranas celulares, que muitas vezes têm participação fundamental dos nutrientes minerais. Caso contrário, ou seja, a desorganização da integridade, leva ao aumento da permeabilidade, caracterizando um dos primeiros sinais da deterioração da semente e redução da qualidade.

Este fato pode ser explicado pela desorganização na estrutura das membranas, causando aumento da lixiviação (açúcares, aminoácidos, íons inorgânicos, como K, Ca, Mg) com perdas de qualidade da semente.

Como nos boletins de recomendação de adubação inexiste qualquer inferência dos efeitos da nutrição na qualidade de sementes estudos que relacionam estes aspectos, tornam-se importantes, conciliando a alta produção com qualidade.

Teoricamente, o nitrogênio é o elemento da qualidade, pois faz parte da composição das proteínas. Assim, a adubação nitrogenada interfere no conteúdo de proteína das sementes, podendo afetar sua qualidade uma vez que as proteínas de reserva são hidrolisadas durante a germinação, para suprir o nitrogênio, enxofre e esqueletos de carbono, necessários ao eixo embrionário e a plântula durante as fases iniciais de desenvolvimento. Portanto, a redução da quantidade de proteína na semente pode ocasionar-lhe deterioração mais rápida. Assim, a adubação nitrogenada, além do efeito na produtividade, pode influir no teor de proteína das sementes. Em trigo, o teor de proteína nas sementes tem-se correlacionado positivamente com o vigor. Em aveia preta, o efeito de doses de nitrogênio em cobertura, na emergência da panícula, sobre a qualidade da semente, não é influenciada pelas doses de N, exceto no seu tamanho. Em feijoeiro, a adubação nitrogenada não afeta a qualidade das sementes. Uma outra possível explicação para a falta de resposta da adubação nitrogenada no teor de proteína seria o aumento do nitrogênio não protéico, a baixa atividade de redução do nitrato ou do amônio e, às vezes, a baixa concentração de molibdênio.

No caso do milho, o nitrogênio apresenta significativa influência sobre a qualidade da produção na cultura ou seja, aumento da concentração da zeína e redução da lisina e do triptofano, com adubação nitrogenada. Em milho, estudos com o nitrogênio indicam que além de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos grãos em termos de proteína e de nutrientes (P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn, e Zn), incrementa o peso de mil grãos, o que pode ser explicado pelas diferenças no período efetivo de enchimento dos grãos. Enquanto que o potássio tem influência positiva sobre as características de qualidade de sementes de milho.

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