Simulação: Projeto Agroecológico

Projeto Agroecológico Final

Buscando aproveitar os 20 hectares da propriedade da forma mais vantajosa

possível, o terreno terá como característica a técnica de plantio direto com consórcio de

diversas plantas como cenoura e beterraba e também plantas nativas como Buriti e

Pitanga. A energia será caracterizada pelos gases de composteira doméstica e uso de

painéis solares, com a presença de animais que também contribuem para a subsistência

do local, como galinhas.

Dessa maneira, o projeto agroecológico traz como benefícios a implementação

de uma produtividade baseada em práticas de manejo sustentável que tem como

objetivo a preservação ambiental de forma a promover justiça social alinhada com

desenvolvimento econômico local com maior equidade. Para o meio ambiente, de

forma resumida, o projeto irá contribuir para o controle das mudanças climáticas ao

estabelecer um Sistema de Plantio Direto para a redução da emissão de gases do efeito

estufa e de gastos em energias fósseis, utilizando o gás produzido por composteiras,

ademais, serão utilizadas plantas nativas que possibilitam a melhor manutenção

ecológica da região. Em relação à economia, o projeto busca ao máximo ser

autossuficiente com produção interna de diversos aspectos que levam à própria

subsistência sem a necessidade de se ter grandes gastos. A justiça social, que também é

um ponto importante para o projeto agroecológico, pretende abrir espaço para trocas de

conhecimento tradicional de diversos grupos que possuem intrínseca relação com a

natureza, além de ofertar participação ativa no processo de produção a fim de gerar

renda e fluxo econômico para o local.

Assim, para que todo o plano seja realmente eficiente, um dos principais

aspectos passa pelo planejamento do manejo, que vai ser baseado na agrobiodiversidade

e alto cuidado com o solo em associação ao respeito da natureza e seu real uso racional

de forma sustentável.

Como o projeto conserva o meio ambiente?

Para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa, o projeto agroecológico

contará com Sistema de Plantio Direto, que fornece estruturação melhor para o solo,

proteção da matéria orgânica e decomposição lenta e gradual dos resíduos, com isso o

SPD possui a capacidade de reduzir a emissão de GEE e de elevar os estoques de

carbono no solo, podendo ser acrescentado o plantio de leguminosas, capazes de fixar o

nitrogênio no solo. Além disso, uma ideia para reter carbono e nitrogênio no

agroecossistema por meio do solo e da vegetação, seria implementada uma composteira

fechada, a fim de que os gases possam ser aproveitados para outros fins como a geração

de energia, o que auxilia também na redução de gasto de energias fósseis.

A técnica do Plantio Direto irá também melhorar a infiltração da água durante as

chuvas e a retenção de água durante as secas, mitigando assim enchentes e secas. Cabe

ainda mencionar que o plantio direto ao reduzir as perdas de água do solo, resulta em

uma economia de água e energia, já que terá menor necessidade de irrigação.

Um passo importante para a conservação de um ecossistema é respeitar, cultivar

e manter a biodiversidade. Para isso, o projeto busca garantir a diversidade de plantas

(policultura), animais e insetos e microorganismos benéficos para a plantação. Dessa

forma, as estratégias envolvem principalmente a policultura, uma vez que esta favorece

o fortalecimento das plantas, sendo a diversidade de culturas beneficiadora da defesa

natural dos vegetais devido à maior variação de nutrientes no solo. Além disso, o uso

da mata nativa será também um ponto fundamental para a manutenção da

biodiversidade, pois atrai a fauna nativa proporcionando sua alimentação e insetos que

ajudam no controle de pragas.

As árvores frutíferas plantadas (Buriti, Pitanga e Goiaba) e a mata no entorno da

propriedade são para amortecer a ação dos ventos e extremos microclimáticos, gerando

um microclima benéfico para as espécies produtivas e para os trabalhadores humanos.

Como o projeto fortalece a viabilidade econômica?

O projeto fortalece a viabilidade econômica através da redução de gastos,

prioritariamente do uso de insumos externos, com foco na energia elétrica, sementes e

mudas e esterco, essa redução será dada pela própria produção no sítio. A energia

elétrica será produzida pelo biogás advindo do biodigestor, o qual será alimentado com

resíduos animais. O biodigestor também irá produzir biofertilizante e as composteiras

também produzirão um adubo orgânico, eliminando assim a necessidade de comprar

estercos e fertilizantes. As sementes e mudas serão adquiridas por meio de trocas, tanto

com