Sindrome de estalcomo
Por: makforte • 13/10/2015 • Resenha • 1.027 Palavras (5 Páginas) • 570 Visualizações
3 O jornalismo interpretativo
- perfis e biografias
Escrever sobre pessoas não é tão simples quanto parece, mostrar um lado em que o público não conhece pode muitas vezes ou na maioria delas causar uma dor de cabeça tremenda para o perfilado. O fato é que quando se trata de escrever sobre pessoas algumas questões tem que ser levado em consideração, e é o que este texto irá fazer, com base no artigo de ROCCO Síndrome de Estalcomo: jornalista em sequestro, que mostra de forma breve e sucinta o papel do jornalista e do perfilado.
[…] muitos dos retratados nesses perfis passaram a odiar a publicação final e se arrependeram tremendamente de terem cooperado com o jornalista. […]
Nem sempre aquele de quem se escreve aceita a redação final, porque muitas vezes o jornalista escreve algo da vida do personagem, a qual não queria que fosse publicado, ou não admite que ninguém saiba por isso é importante logo no inicio estabelecer as regras para que posteriormente não aja nenhum mal entendido entre as partes. O que é difícil não acontecer.
A relação entre jornalista e perfilado, é sempre na maioria das vezes uma faca de dois gumes, pois à um jogo de interesse entre as partes envolvidas, o perfilado achando que o jornalista vai escrever só o lado “bonito” da vida dele, e o jornalista que esconde quais são suas reais intenções ao escolher uma determinada pessoa para escrever o perfil.
O perfil é uma parte da biografia da vida de um determinado personagem, ou seja ele cobre uma parte dos acontecimentos que mais se destacaram na vida de uma pessoa. O perfil é algo que mostra ao público o lado de um fato da personagem num determinado período.
Segundo a autora do texto o que leva um jornalista a fazer um perfil é a curiosidade de saber o que está por trás das pessoas de quem se faz o perfil, o que ele guarda de tão importante que não pode ser mostrado. Isso é o que leva o perfilado a odiar o jornalista após ser publicada o texto.
A honestidade as vezes acaba sendo o esquecida na hora de escrever o texto, e o que foi dito e redigido no contrato acaba sendo deixado de lado. Em muitos casos a briga entre perfilado, jornalista é por causa da quebra de contrato pelo fato do perfilado se esquecer do que foi redigido e “abre o coração” e dá detalhes da sua vida para o jornalista, que em muitos casos age de má-fé e acaba por não falar para o entrevistado em relação ao que havia falado em contrato.
Podemos dizer que a relação entre perfilado e jornalista é conflituosa por vários fatores pelos já citados acima, e como o próprio titulo do texto já diz pelo fato de do jornalista e o perfilado acabarem tendo um envolvimento, que para o perfilado vai além de uma simples entrevista, e para o jornalista nada mais é que isso: uma simples entrevista.
Há perfis que são escritos sem o envolvimento do personagem, em geral eles são bons mas em suma parecem meio vazio, meio oco segundo a autora.
[…] As pessoas são muito complicadas, e mesmo os melhores perfis
necessitam da ajuda da personagem, não pelo que dirá em palavras, mas por aquelas
coisas mais sutis, mais profundas e mais irracionais que são ditas de formas diferentes
daquilo que se diz com palavras. (ROCCO, 1999. p 48-59)
Apesar de não precisar do personagem para escrever, as melhores biografias, perfis e livro reportagem, precisaram do personagem para dar vida, para encantar com aquilo que está se escrevendo. A vida de uma pessoa pública é o que mais chamam a atenção, porque é o que o público quer. Mas atenção, nem todo mundo sabe escrever sobre pessoas alerta a autora. Isso ocorre porque alguns jornalistas estão acomodados e não sabem usar nem da criatividade e nem da curiosidade em se fazer um perfil que aguça a imaginação de quem está lendo a entrevista que está sendo feita.
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