Sobre O Crack
Exames: Sobre O Crack. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcelaalves • 7/3/2015 • 1.129 Palavras (5 Páginas) • 330 Visualizações
O crack, pela facilidade como é encontrado e por ser acessível às pessoas
de baixo poder aquisitivo, faz dele a substância mais procurada entre as demais
drogas. Possui formato de pedra e custa menos do que a cocaína em pó, porque é
um produto mais grosseiro, obtido da mistura da pasta com bicarbonato de sódio. É
uma droga que causa dependência e danos físicos rapidamente e que apesar dos
indícios do uso entre pessoas da classe média, afeta mais diretamente populações
mais vulneráveis
REDE PÚBLICA DE SAÚDE E A ASSISTÊNCIA AO USUÁRIO DE CRACK
A dependência química é uma enfermidade reconhecida pela Organização
Mundial de Saúde. Ainda não há tratamentos ou remédios que impeçam que o
dependente tenha recaídas. Nas clínicas o viciado geralmente toma antidepressivos
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e passa por sessões de autoajuda para conseguir escapar da vontade de voltar à
droga.
A atenção em rede de saúde mental é o princípio que aponta para a
necessidade de que diferentes dispositivos de ajuda estejam articulados de forma a
complementar, solidária e funcionalmente iniciativas, onde se busque garantir a
continuidade da assistência.
A Rede de Saúde Mental é constituída por vários dispositivos assistenciais
que possibilitam a atenção psicossocial aos pacientes com transtornos mentais,
segundo critérios populacionais e demandas dos municípios. Esta rede pode contar
com ações de saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS), serviços residenciais terapêuticos (SRT), leitos em hospitais gerais,
ambulatórios, bem como com Programa de Volta para Casa. A rede deve funcionar
de forma articulada, tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de
sua porta de entrada e de sua regulação.
Ainda que os Centros de Atenção Psicossocial sejam dispositivos
estratégicos na organização da porta de entrada na avaliação e no acolhimento dos
casos de saúde menta, os demais serviços da rede de atenção devem atuar na
promoção de cuidados para este usuário. Os CAPS devem fazer a articulação entre
os diferentes serviços da rede, tais como ambulatórios de saúde mental, residências
terapêuticas, atenção básica e leitos de atenção integral.
De acordo com a Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas
do Ministério da Saúde, existem no Brasil 1.541 CAPS, em 17 estados. Mas,
conforme o Plano Emergencial para Ampliação do Acesso ao Tratamento e
Prevenção em Álcool e outras Drogas (PEAD) lançado em junho de 2009 pelo
Ministério da Saúde, será ampliado o acesso diversificado nos 100 maiores
municípios do país (Brasil. Ministério da Saúde, 2010).
Para o atendimento aos dependentes de álcool e outras drogas, o
Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza leitos
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nos hospitais gerais para receber esses dependentes. Além dos hospitais gerais
existem o Centros de Atenção Psicossocial a Usuários de Substâncias Psicoativas –
CAPSad.
Os CAPSad são uma unidade de saúde que prestam atendimento a
pessoas com transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas (álcool e
drogas), e aos seus familiares. Fundamentam-se no pressuposto de que o cuidado a
usuários de drogas exige condições que respeitem o indivíduo enquanto pessoa,
possibilitando sua inclusão social, profissional e familiar, ampliando as ações em
saúde mental na sua intensidade e diversidade.
Os CAPSad estão articulados para acolher o usuário de crack, com maior
preocupação ao atendimento de crianças e adolescentes que fazem uso da
substância, e oferecer atendimento e cuidados intermediários (entre o regime
ambulatorial e a internação hospitalar) com ênfase numa abordagem compreensiva
e com suporte educacional, social, recreacional, reabilitação psicossocial e
reinserção profissional.
Os Centros de Assistências tratam dos casos de abstinências leves de
crack em nível ambulatorial, como a desintoxicação de quadros leves e sem agravos
clínicos. Nos casos mais grave e com danos físicos, esses deverão ser tratados em
leitos de hospitais gerais ou encaminhados para unidades de pronto-atendimento.
Em municípios com população inferior a 70 mil habitantes existem as
redes básicas com ações de saúde mental, chamados de CAPS (Centro de
Atendimento Psicossocial) I e II que assumem algumas das funções dos CAPSad,
com exceção das ações de desintoxicação e de tratamento de abstinência leve, que
devem ser feitas em articulação com a atenção básica. Entretanto, importa ressaltar
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