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Sorgo

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Por:   •  28/10/2013  •  Projeto de pesquisa  •  9.856 Palavras (40 Páginas)  •  526 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O sorgo tem como centro de origem a África e parte da Ásia. Apesar de ser uma cultura muito antiga, somente a partir do século dezenove é que teve um grande desenvolvimento em muitas regiões agrícolas do mundo.

Nos países em desenvolvimento, o sorgo, principalmente o granífero, destina-se a alimentação humana, enquanto que em países desenvolvidos é utilizado como alimento animal.

Quatro tipos de sorgos são cultivados no Brasil: o granífero, o forrageiro, o sacarino e o vassoura. Para utilização específica na agropecuária, o sorgo destinado a silagem e pastejo, com o uso de híbridos de elevada qualidade e produtividade, vem se transformando numa cultura de grande expressão para a produção animal, devido ao seu elevado potencial de produção, boa adequação à mecanização, reconhecida qualificação como fonte de energia para arraçoamento animal , grande versatilidade ( feno, silagem e pastejo direto), e adaptação a regiões mais secas. A grande resistência do sorgo às condições de estresse de umidade é em parte, devido ao controle mais efetivo da transpiração em relação a outras plantas cultivadas. Aspectos Climáticos A temperatura média anual de 18º C tem sido tomada como limite inferior para a cultura, ressaltando-se também, que a temperatura média diária na fase de florescimento deve ultrapassar 18º C. As melhores condições térmicas para a planta situam-se onde a temperatura do ar encontra-se entre 26- 30º C.

As regiões com maiores cultivos de sorgo no mundo têm precipitações anuais que não ultrapassam 1.000 mm, para as culturas não irrigadas. Abaixo de 450 mm anuais, a cultura é feita em regime de irrigação.

Segundo a (Embrapa, 2010) A qualidade do grão de sorgo é função dos fatores pré-colheita, da colheita propriamente dita e da pós-colheita. No grão, após colhido, somente é possível manter sua qualidade, obtida no campo e remanescente da etapa de colheita. Com isso, para que se obtenha grãos de sorgo com boa qualidade final, é preciso que se planeje toda a cadeia produtiva.

O agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases, para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade. Nesse sentido, várias etapas, como a implantação da cultura até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos, têm de estar diretamente relacionadas.

A qualidade do grão de sorgo é função dos fatores pré-colheita, da colheita propriamente dita e da pós-colheita. No grão, após colhido, somente é possível manter sua qualidade, obtida no campo e remanescente da etapa de colheita. Com isso, para que se obtenha grãos de sorgo com boa qualidade final, é preciso que se planeje toda a cadeia produtiva.

Uma característica positiva dos grãos de sorgo é a possibilidade de serem armazenados por longo período de tempo, sem perdas significativas da qualidade. Sobre o ambiente dos grãos de sorgo armazenados exercem grande influência fatores como características da cultivar temperatura, umidade, arejamento, microorganismos, insetos e pássaros.

1. Fatores pré-colheita

São todos aqueles que se referem à fase de produção do sorgo, envolvendo cultivar escolhida, clima na época de cultivo e colheita, os tratos culturais, culminando com a colheita, na qual pode-se comprometer a qualidade obtida no campo.

1.1. Cultivar: talvez este ainda seja o ítem mais difícil de se manejar em termos de qualidade pós-colheita do sorgo, pois os programas de melhoramento, em geral, ainda estão na fase de desenvolver genótipos para determinadas condições edafoclimáticas e resistência a pragas. No futuro, deve-se dar ênfase à genótipos com qualidade nutricional superior, aliada a boa conservação pós-colheita.

1.2. Clima e Safra: o sorgo pode ser produzido e colhido em duas épocas contrastantes do ano: aqueles plantados a partir do início da época das chuvas, constituirão a "safra das chuvas", estando muito úmidos na colheita, e aqueles plantados a partir de janeiro e que serão colhidos em época seca, estando com menor umidade na panícula ("safra das secas"). Esta diferença será considerada, mais adiante, ao se discutir a secagem dos grãos, porém já se pode relatar que os primeiros serão mais susceptíveis à pragas.

1.3. Manejo da lavoura: quando se conduz a lavoura adequadamente, ou seja, com adubações equilibradas, aplicação correta de agroquímicos, espaçamento adequado, entre outros ítens, a tendência é se obter grãos com a qualidade desejada e projetada para determinada cultivar e para o sistema de produção planejado.

1.4. Tipo de colheita e perdas: a colheita manual permite menores perdas, consistindo no corte da panícula com facão, remoção destas do campo para o terreiro e bateção da panícula em obstáculo para liberar os grãos, deixando-os secar ao sol para terminar a secagem. A colheita mecânica é mais barata e viável para grandes produções, embora espere-se perdas superiores. As colheitadeiras disponíveis fazem a colheita, bateção, limpeza e ensaque dos grãos de sorgo.

2. Limpeza

Etapa em que se remove as impurezas, tais como terra, restos de plantas e de insetos. O grão de sorgo, em geral, carrega mais impureza que outros grãos, acarretando problemas que serão descritos mais adiante, na secagem. Extremamente necessária para que se reduza a possibilidade de infestação de insetos na fase de armazenamento, reduzindo a possibilidade de problemas na secagem. A colheita mecanizada promove maior sujeira dos grãos, pela movimentação das máquinas, que levantam as partículas de solo mais finas. Pode ser feita mecanicamente, por meio de máquinas de pré-limpeza, ou manualmente, por meio de peneiras.

3. Secagem

É a etapa em que se reduz a umidade dos grãos para percentuais que minimizem sua atividade metabólica e a possibilidade de ataque de insetos. É fundamental para o eficiente armazenamento do sorgo. Ao se reduzir a umidade do sorgo, garantem-se melhores germinação e vigor da semente, além de se reduzir a deterioração primária, devido a insetos, e secundária, devido a fungos.

3.1. Natural: realiza-se em terreiros, ao se utilizar os recursos naturais de energia solar e eólica. Pode ser utilizada para o sorgo da "safra das secas", uma vez que as panículas apresentam-se com baixa umidade. Deve seguir os seguintes passos: espalhamento no terreiro, aquecimento natural pelo sol, revolvimento das camadas de grãos para aeração e uniformização e, finalmente, abafamento, visando maior uniformidade de secagem.

3.2. Artificial:

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