TEORIAS DE APRENDIZAGEM DA EAD: REVELAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAL

Universidade Federal Fluminense

Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão de Cursos a Distância

RENATA SERVILHA

GRUPO:57

CEU MENINOS

2014

Entendendo a EaD como uma prática social (NEDER,

2000), consideramos que sua construção ao longo da história tem sido reveladora dos contextos sócio-econômico-culturais de cada época.

A EaD pode ser concebida, por exemplo, conforme Otto Peters (1933 apud ARETIO GARCIA, 1994) como "forma industrial de ensinar e aprender", capaz de atender a grandes massas de estudantes, cujo processo de ensino baseava-se no paradigma de industrialização e, nos pacotes de ensino: planejamento centralizado, otimização de recursos, utilização de tecnologias de comunicação, produção de materiais didáticos em larga escala.

Esse modelo de ensino tem sido motivo de muitas críticas, pois a "estandartização", impede que no processo de ensino-aprendizagem sejam considerados a individualidade, a diversidade contextual e cultural do estudante.

No contra ponto desse modelo, está a concepção de Michael Moore (1973), autor da teoria da Autonomia e Independência Intelectual.

Essa teoria considera que a EaD por lidar com um público de estudantes que é em sua maioria adulto e trabalhador, deve incentivar o auto-didatismo, pois sendo o adulto capaz de decidir sobre o querer estudar, será capaz também de decidir sobre como estudar e quais caminhos percorrer para aprender.

Talvez a teoria que aponte para um equilíbrio, no sentido da equalização da responsabilidade no processo de ensino, entre instituição e estudante, seja a Teoria da Interação e Comunicação, essa teoria concebe a comunicação como ação educativa, baseada no diálogo entre professor/tutor x estudante, nas mídias e na autonomia do estudante acerca do seu processo de ensino-aprendizagem, permitindo um olhar para o sistema de EaD totalmente humanizado.

Segundo Oreste Preti, não existe uma abordagem "melhor"do que outras. São os "contextos" educacionais, políticos, econômicos e culturais, sempre históricos, as condições objetivas e subjetivas vivenciadas pelas equipes e instituições educativas que produzem ou levam à escolha de determinada abordagem.

Acredito que o nosso atual contexto histórico, cultural, educacional, político e econômico está para concepção dialética da aprendizagem e consequentemente para a Teoria da Interação e Comunicação na EaD, conforme nossa colega Vanessa Aguilera [ APmen 214 ] - segunda, 10 de novembro 2014, 09:08 citou: "

A EaD é permeada por essa perspectiva, pois há maior preocupação das instituições em relação ao processo, à aprendizagem e não meramente em produtos e resultados. O espaço físico foi substituído por outros "espaços de aprendizagem", em que professor e alunos aprendem juntos por meio da interação e cooperação