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Trabalho Adm Publica

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Por:   •  7/4/2014  •  2.819 Palavras (12 Páginas)  •  339 Visualizações

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Neste trabalho abordaremos o verdadeiro significado da burocracia, onde iremos detalhar o ponto de vista de Max Webber e da sociedade. Falaremos também, da Teoria do dente de Engrenagem, teoria esta que nos fez relacionar com o princípio da impessoalidade. Além do mais, traremos o conceito dos famosos agentes públicos, sua história e principais funções, e abordaremos sobre os modelos de gestão no Brasil e no mundo.

A BUROCRACIA E O SEU VERDADEIRO SIGNIFICADO. Max Weber foi o autor que vivenciou e estudou a burocracia no tempo. Para ele a Burocracia pode ser compreendida como procedimento regulado, previsível e documentado de funções contínuas e específicas de um cargo, segundo regras de competência e de hierarquia, que são exercidas impessoalmente por um técnico profissional, mero detentor dos meios administrativo de produção. As atividades burocráticas são reunidas num conjunto de funções que se distribuem em cargos, permitindo a divisão de trabalho, a especialização funcional e a identificação pontual dos deveres oficiais. Uma vez criado e regulamentado, o cargo tende a continuar existindo independentemente da pessoa que o ocupa, o enfoque recai sobre a função e não sobre as pessoas que a executam. Por meio de um funcionamento previsível, o desempenho do cargo segue as regras gerais e não dá direito aos funcionários de regularem, em cada caso, os assuntos que os envolvem, sendo-lhes permitida apenas a regulamentação abstrata de matérias, de modo a evitar a concessão de favores pessoais que fogem à regra padrão. Weber entende que a autoridade hierárquica para dar as ordens necessárias à execução das tarefas distribui – se de forma estável, segundo normas de competência que estabelecem áreas de jurisdição fixas e oficiais. Enquanto as normas verticais de competência referem-se ao escalonamento hierárquico, as normas horizontais relacionam-se á distribuição dos cargos. Essas regras de competência encontram fundamento de legitimidade na crença dos cidadãos e, principalmente, dos funcionários nos estatutos legais, pois são eles que permitem a moderna previsibilidade e a calculabilidade racional do agir humano. Além de permitir maior controle dos funcionários, a expansão de racionalidade burocrática possibilita a especialização das funções administrativas, de acordo com considerações exclusivamente objetivas, de forma a beneficiar a superioridade técnica do agir administrativo. A burocracia seria indispensável no mundo moderno, por ser um instrumento propulsor da racionalização nas organizações sociais, concretizando as condições de permanência, estabilidade e previsibilidade. Assim, a burocracia aqui apresentada é uma maneira de facilitar os serviços administrativos, onde existem regras, hierarquia, determinações e normas a serem cumpridas para que o serviço prestado possa ser eficaz e eficiente. Qualquer empresa nos dias de hoje pode adotar seu estilo de burocracia. Estilo esse onde há um excesso de procedimentos que devem ser tomados para se obter algo.A maioria dos autores ressalta que a gestão pública é uma opção à organização burocrática da Administração pública, não sendo possível entender uma sem a outra. Burocracia é produto de seu tempo, é uma organização ou estrutura organizativa onde se faz uma divisão de responsabilidades e especialização do trabalho, hierarquia e relações impessoais. Um burocrata atual impõe regras na sua empresa, seja para entrar em algum cargo, ou para concluir determinado serviço, pois a burocracia luta em favor de “direitos ao cargo”, visando à adoção de um processo disciplinar regular, eliminação de autoridades arbitrárias, progresso ordenado do salário, aposentadoria e ingresso mediante a realização de exames em concurso. Nos dias de hoje a burocracia está nas próprias leis, pois a maioria dos procedimentos a serem tomados/providenciados precisam estar autorizada em leis, exemplo disto é a contribuição para a aposentadoria, e pré-requisitos para assinar uma Carteira de Trabalho. A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. Max Weber (1864-

1920), sociólogo alemão, foi o criador da Sociologia da Burocracia. Ele afirma que o moderno sistema de produção, eminentemente racional e capitalista se originou da “ética protestante”: o trabalho árduo e o ascetismo proporcionando a poupança e reaplicação das rendas excedentes, em vez de seu dispêndio para o consumo. O famoso conceito popular, burocracia como uma empresa, repartição ou organização onde o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo as soluções rápidas e eficientes, funcionários apegados a regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização, porém essasatribuições não são próprias da teoria e sim de suas disfunções. Nos dias atuais para a maioria dos indivíduos a burocracia é um dos principais fatores para a lentidão dos serviços prestados em uma determinada empresa, pois muito pensam na “papelada” e na regras impostas para se obter um determinado direito. Pois em termo popular, o termo burocracia, sempre é relacionado a defeitos e imperfeições, percebe-se que a mesma ainda não é bem definida para alguns de seus usuários, mesmo que em nossa sociedade ela esteja presente em qualquer estrutura organizacional. Como citado acima a burocracia buscou transformar as organizações em um sistema formal, racional e impessoal, para que possa trazer maiores benefícios ao público. O que trata no artigo é contrário ao entendimento de Weber, pois a teoria da Burocracia veio com intuito de melhorar as organizações, pois com a crescente complexidade passou – se a exigir sistemas eficazes e foi preciso adequar os meios organizacionais aos objetivos pretendidos garantindo assim bons resultados. “TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM” CRIADA POR HANNAH ARENDT, ESTÁ RELACIONADO AO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE. Hannah Arendt criou a “teoria do dente de engrenagem” para lembrar “que cada dente de engrenagem, isto é, cada pessoa, deve ser descartável sem mudar o sistema, uma pressuposição subjacente a todas as burocracias, a todo serviço público e a todas as funções propriamente ditas”. Uma vez que a burocracia demanda a alocação de responsabilidades em cargos e, não em pessoas, as ações e omissões administrativas tendem a encontrar abrigo “falhas” do sistema burocrático. O cargo não é do funcionário e sim da organização, pois na sua ausência outra pessoa competente poderá substituí-lo dando continuidade aos serviços. Com base nesse entendimento, citamos o princípio da impessoalidade previsto na Constituição da República Federativa do Brasil, que descreve que os servidores da Administração Pública não agem de ofício, pois

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