USO DE JOGOS COMO FERRAMENTA PARA O ESTUDO DE PROGRESSÃO ARITMÉTICA

USO DE JOGOS COMO FERRAMENTA PARA O ESTUDO DE PROGRESSÃO ARITMÉTICA

José Jailton O. Cândido; Joana D’arc C. de Lima; Josicleide C. Pereira; Aluska Dias Ramos de Macedo

Universidade Federal de Campina Grande, [e-mail]

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Introdução

Na medida que a Matemática é a ciência que estuda padrões, levando em consideração, também, que é uma parte importante para resoluções de problemas e fundamental para o desenvolvimento cognitivo^[a], Vale e Pimentel (2005) afirmam que a procura e identificação de padrões utilizam e enfatizam a exploração, investigação, conjectura e prova, desafiando os alunos a recorrer às suas destrezas de pensamento e ordem. Podemos perceber isso quando estudamos Sequencias Numéricas, pois, estas, atendem a um certo padrão/ordem de formação que nos leva, de caminho, à Progressão Aritmética definida por Dante como sendo “toda sequência numérica na qual a diferença entre cada termo (a partir do segundo) e o termo anterior é constante.” A essa diferença, damos o nome de razão (r) da PA.

A importância deste tema é indiscutível, pois está presente desde a lista da chamada na escola, até ao controle da economia de um país. Por essa razão, é de suma importância que este assunto (PA) seja estudado e explorado em nossas escolas. Porém, é inevitável fugir do presente fato de que a Matemática, para muitos, é uma disciplina maçante, desgastante e difícil. Até poucos anos atrás, o ensino de forma geral se prendia muito ao ensino tradicional impossibilitando o desenvolvimento cognitivo dos discentes em sua aprendizagem, Fiorentini e Miorim (1996, p. 2) apontam tal aprendizagem como “... passiva, consistindo basicamente em memorização de regras, fórmulas, procedimentos ou verdades localmente organizadas”.

Tendo em vista este problema, é tarefa do professor, hoje, encontrar meios pelos quais possa repassar os conceitos matemáticos, em especial os conceitos de Progressão Aritmética, para seus alunos de forma significativa, de modo que os faça perceber a relevância deste conteúdo em suas vidas. Silva e Kodama afirmaram (2004): “A atividade lúdica é, essencialmente, um grande laboratório em que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas e essas experiências produzem conhecimento” (p. 3). Pensando nisso e no que disse Nocetti (2010): “Os jogos podem ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados”. Este trabalho, chama a atenção para o uso de jogos como ferramenta facilitadora no alcance do objetivo de aprofundamento dos conceitos de PA numa turma de 2° ano do ensino médio.

 

Metodologia

O presente trabalho se deu na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Rolderick de Oliveira na cidade de Nova Floresta - PB, orientado pela professora Aluska Dias da disciplina de Laboratório de Ensino da Matemática e desenvolvido por alunos do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cuité. Foi aplicado com 29 alunos do 2º ano do ensino médio, utilizando o jogo UNOPA, que desenvolvemos voltado ao conteúdo matemático de Progressão Aritmética. Tendo como propósito fundamental levar e aprofundar os principais conceitos de P.A e suas propriedades.

O jogo se deu a partir da divisão da turma em quatro grupos de seis pessoas, cada, e um de cinco, nos quais distribuímos as cartas. O baralho continha trinta cartas constituindo-se de quinze perguntas e quinze respostas cada. Em seguida foi distribuída a cada pessoa cinco cartas, o primeiro participante jogava uma carta contendo uma pergunta ou uma resposta e o jogador que tivesse a carta, correspondente, jogava a carta e assim formaria um par, mas para se chegar a resposta de algumas perguntas fazia-se necessário usar os conhecimentos sobre P.A, visto por eles em aulas anteriores com sua professora.

As questões eram discutidas entre eles a fim de, eles mesmos, dizerem se estavam corretas ou não, quando eles não conseguiam tirar a dúvida entre eles mesmos nós íamos até o grupo que tirávamos suas dúvidas sem ceder a respostas, apenas, tentando fazer com que construíssem caminhos possíveis para se chegar até a resposta. O jogo se duraria até que um jogador, de cada grupo, formasse três pares com suas cartas e assim ganhasse o jogo.

Resultados e discussão^[b] 

Diante das folhas rascunho que os alunos utilizaram, compreendeu-se que grande parte da turma conseguiu chegar ao objetivo. Conseguiram aplicar as fórmulas necessárias para calcular o valor das icógnitas que faltavam em cada carta. E quando não lembravam, conseguiam, com outras estratégias, encontrar a resposta certa e, assim, formar um par.