A Moda e Arte
Por: dmdebora • 6/10/2019 • Relatório de pesquisa • 787 Palavras (4 Páginas) • 211 Visualizações
Em linhas gerais pode-se afirmar que Moda e Arte são dois campos da cultura que se consolidaram a partir da modernidade, cada um com suas especificidades, suas diferenças, seus antagonismos e com algumas convergências. Como ponto comum, ambos os campos atuam na construção da distinção social como muito bem analisou Pierre Bourdieu. Eles estabelecem seus funcionamentos em um sistema complexo de legitimação de determinadas posições sociais, e, ambos, envolvem aspectos ligados ao desenvolvimento de conceitos de beleza e valores estéticos. A Moda atua de forma mais afirmativa, reforçando os valores estabelecidos pela sociedade de consumo, e a Arte age de forma mais crítica, questionando e desafiando esses valores.
Funcionando em suas instâncias específicas, por um lado a passarela e as revistas de moda; por outro, os museus e as galerias de arte, e com seus próprios especialistas: artistas, estilistas, críticos; em alguns momentos, as produções destes dois diferentes campos se cruzam e, em alguns casos, os limites são tênues. Os artistas, algumas vezes, se aproximam do mundo da moda e do vestuário, abordando suas conotações simbólicas e explorando suas diferentes possibilidades. Gustav Klimt pretendia uma conexão entre as artes visuais, as artes decorativas e o design, que deveriam ser acessíveis a todos. Assim, propôs a criação de roupas de formas muito simples, com enfoque estético tanto na escolha das estampas, quanto na sua estrutura. Giacomo Balla desejava que o movimento futurista atingisse o campo da Moda, lançando a ideia de uma roupa dinâmica, com cores, formas, padrões e tecidos totalmente criados por ele. Propôs roupas assimétricas, simples e confortáveis que garantissem a mobilidade do corpo. Nos primeiros tempos da modernidade, estes artistas buscavam cruzar as fronteiras dos dois campos, ampliando seus limites de atuação, em um projeto de integração das artes.
“Moda é Arte? Publicado em: https://www.sul21.com.br/colunas/2012/01/moda-e-arte/ janeiro 13, 2012” acessado 05/10/2019
O futurismo originou-se numa concepção de civilização e encontrou expressão primeiramente nas palavras, de certo modo, foi o movimento mais radical, rejeitando todas tradições e os valores e instituições consagrados peço tempo. Escolheu seu próprio nome, ao contrario de movimentos como fauvismo e o cubismo que foram assim rotulados por críticos antagônicos, e empenhou em fornecer seu próprio fundamento logico de forma literária, em forma de manifestos. O poeta Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944) inventor do movimento italiano, escreveu no outono de 1908 um manifesto que fora publicado em francês na primeira pagina de Le Figaro em 20 de fevereiro do mesmo ano e lhe propiciou o impacto que estava procurando e esta é considerada a data de nascimento do futurismo.
A veemência de Marinetti é proporcional a sua impaciência diante do desenvolvimento nacional inacabado da Itália, que até então não dera virtualmente qualquer contribuição para os progressos registrados no século XIX que acabara de tomar conhecimento do impressionismo, do pós impressionismo de vários gêneros, incluindo as primeiras obras de Matisse e Picasso, do simbolismo, variedades de art nouveau etc. Uma forma de superar a confusão era propor uma nova visão de mundo, adiantando-se a todas elas assim o Manifesto dos pintores futuristas, datado em 11 de fevereiro de 1910 dirigidos “aos jovens pintores artistas da italia” redigito por três pintores sob supervisão de direta de Martinetti exigia firmemente uma nova arte para um novo mundo e denunciava todas as vinvulações das artes como passado. Eram eles: Umberto Boccione (!882-1916), Luigi Russolo (1885-1947) e Carlo Carrà (1881-1966).
...