Arte, Gosto e Experiência Estética
Por: Aluno Do senhor myagi • 20/1/2020 • Resenha • 784 Palavras (4 Páginas) • 220 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Curso: Licenciatura em Música
Período: 1º
Turno: Noturno
Aluno: Jorge Nicholas de Castro Dourado
Arte, gosto e experiência estética
O estudo e reflexão sobre a estética é associado a três conceitos primordiais: Arte, gosto e experiência estética.
Tais formulações estão interligadas de forma muito direta, e pressupõem umas às outras.
Podemos situar a experiência estética como o eixo central desta relação.
A experiência estética se constitui na percepção e no contato com algum objeto por parte do sujeito , podendo produzir tanto o deleite quanto o incômodo . A arte tem como finalidade proporcioná-la, sendo indissociável
da contemplação sensível. O gosto vem logo em seguida pois está veiculado ao sentimento do belo e atribuição de valor estético a um determinado objeto.
Portanto, conclui-se que tais definições estão interconectadas e se fazem necessárias para a compreensão de suas significâncias.
A arte possui diversas concepções e definições que foram formuladas ao longo do tempo e não pode ser entendida de maneira unilateral.
Podemos concebê-la como uma forma de expressão, por manifestar ideais,
desejos e visões do mundo através de um objeto artístico; como a imitação e representação do real; como o objeto estético em sua forma mais pura e muitas outras formas.
Mas toda expressão ou feito seria arte?
Ainda que por vezes o ser humano associe arte com outros fatores como o fazer bem feito por exemplo, é possível estabelecer critérios de diferenciação. Nem tudo que foi executado ou criado com maestria se encaixa em tal conceito, até porque a arte não pressupõe somente o belo, já que pode provocar os mais diversos tipos de sentimentos no indivíduo que a experienciar.
Mas como distinguir um objeto artístico de um objeto qualquer?
Grande parte os teóricos, como por exemplo Kant, defende a ideia de que a obra de arte tem como única função proporcionar experiência estética. Mesmo que outros objetos possam eventualmente produzir uma relação em que haja percepção estética por parte do sujeito, a sua funcionalidade real e utilitária prevalece sobre a forma, colocando-os em outro patamar, fora do âmbito artístico.
O conceito de gosto está diretamente ligado a faculdade de sentir e pode ser entendido como a percepção/encontro do belo através da experiência com um objeto estético.
Além da percepção propriamente dita, o gosto também é interpretado como um grupo que comporta todas as preferências estéticas de um determinado sujeito.
A relação de cumplicidade e prazer nele integrada, evidencia o seu aspecto de particularidade e individualidade tendo em vista que os conceitos de beleza são relativos a cada indivíduo.
Diversos pensadores refletiram sobre o tema ao longo da história e deixaram inúmeras formulações sobre o mesmo. Há quem diga que o gosto é meramente subjetivo devido ao seu desenvolvimento no campo sensível e à ininteligibilidade( como David Hume por exemplo) e outros que afirmam que há uma dimensão mais universalizada contida no conceito(como a visão platônica que admite a existência do "belo em si").
Sendo assim, a relatividade abarcada pela definição de gosto torna-o ambíguo, pois tanto o objetivo quanto o subjetivo coexistem em seu espectro de significância.
Nome da canção: Deus lhe pague
Compositor: Chico Buarque
Ano de lançamento: 1971
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague
Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague
Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
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