Arte na Educação Escolar
Por: Prof Yasmin Maschio • 12/10/2024 • Resenha • 4.136 Palavras (17 Páginas) • 43 Visualizações
Arte na Educação Escolar FUSARI, Maria F. de Resende & FERRAZ, Maria H. C. de Toledo. São Paulo: Cortez, 1993.Síntese do livro: Prof. MS Eliton P. R. Pereira1 Revendo a Nomenclatura-Educação Através da Arte –1948 –Herbert Read.-LDB 1961substitui o canto orfeônico pela educação musical.-Educação Artística–1971 –Lei 5692/1971. Ênfase no processo criativo do aluno. Paradoxalmente apresenta uma visão mais humanista dentro de uma lei tecnicista. Preocupava-se com a expressividade individual do aluno, com técnicas, sem aprofundamento do conhecimento da Arte, de sua história e das linguagens artísticas.-Arte-Educação–1980-Final da década de 1970. Parte das premissas metodológicas fundamentadas nas idéias da Escola Nova. Desempenha papel integrador plural e interdisciplinar no processo formal e não-formal da educação. O arte-educador é agente transformador na escola e na sociedade. Foca no processo de inclusão da ARTE na escola na LDB de 1996. Buscava novas metodologias, valorizava o professor da área, sua atuação política e ação profissional.-LDB DE 1996 -Arte(enquanto área de conhecimento) faz parte da educação básica (currículo diversificado, mas a partir de 2006 faz parte do currículo comum)2 Conceito de Arte na Educação EscolarAprendizagem artística e estética que aponta para articulação do fazer, do representare do exprimir(fazer, fruir e contextualizar) (Luigi Pareyson. Os problemas da estética. SP, Martins Fontes, 1984.)-O fazer técnico-inventivo (desenhar, cantar, encenar, dançar)-Exprimirsínteses de sentimentos (apreciar, fruir, degustar, sentir, se sensibilizar)-Contexto histórico-social (artista, obra, difusores comunicacionais, público) –(analisar, compreender, significar).O conhecimento em arte é aprofundado a partir das ações de: ver, ouvir, mover-se, sentir, pensar, descobrir, exprimir, fazer, analisar, refletir, formar e transformar elementos da natureza e da cultura.3 Históricodo Ensino de ArteIdealista-Liberal1.1Tradicional(séc. XIX e XX)Desenho, Canto orfeônicoe trabalhos manuais.De base idealista e positivista (era do impressionismo e da fotografia). Usa modelos de pensamento adultos como: análise lógica e abstrata. O ensino é mecanizado e desvinculado do cotidiano. Ênfase exclusiva no professor como detentor do conhecimento.Predominava a estética mimética, da cópia de obras famosas e do “natural”, perspectiva linear e desenho geométrico, natural e decorativo. Adotava um único padrão de beleza, reprodução de modelos até “criar o hábito da Arte” (Comenius. Didática Magna, 1627).1.2Renovada(sec. XIX –1930 no Brasil)Acreditava que a sociedade seria menos injusta se a educação adaptasse o estudante à ambiente social. Propõe experiências cognitivas que devem ocorrer de maneira progressiva e ativa. Levando em conta motivações, iniciativas e necessidades individuais dos alunos que “aprendem fazendo”.Seqüência: Atividade, problema, hipóteses –experiências –sínteses.
2Rompe com cópias e valoriza a “psicologia cognitiva”, psicanálise e Gestáltica, as emoções, insights, centrado no Aluno-Produtor de trabalhos artísticos.Influencia de John Dewey (1859-1952): Abordagem naturalista, integra imaginação e observação da natureza, posteriormente interativa : criação material com prazer de apreciar a coisa criada–“arte como experiência”.Considerava: o desenvolvimento natural do aluno, físico, social, emocional, perceptivo, psicológico; buscava desenvolver de forma livre todos os sentidos; Buscava formas construtivas de auto-expressão de sentimentos, emoções, pensamentos e a L I B E R D A D E C R I A D O R A.Esta corrente foi posteriormente mal interpretada, como na prática do “deixar o aluno fazer”sem interferência do professor = “leisefer”1.3Tecnicista (1960-1970)Desenho, Música, Trabalho manuais, canto coral e artes aplicadas.A educação no geral buscava atender as solicitações do mercado de trabalho. O professor era considerado um técnico: Objetivos, conteúdos, estratégias, técnicas e avaliação eram interligados mas, de forma racional e mecânica. Tudo submetido ao comportamento previsto pela ditadura militar.Arte era considerada apenas “uma atividade” (pois o foco era em conhecimentos mais úteis). O parecer No. 540/77 afirma: “não é uma matéria, mas uma área bastante generosa e sem contornos fixos, flutuando ao sabor das tendências e do interesses”.Os professores, sem formação teórica e metodológica, ficam inseguros e passam adotar livros didáticos de “educação artística” produzidos pela “industria cultural”.Em 1981 a educação artística se torna obrigatória mas permanece dicotomizada e superficial.Realista-progressista2.1Libertadora (Paulo Freire, Alfabetização de Adultos, Pedagogia do Oprimido)Desde 1960 educadores discutem a superação do pensamento liberal. Buscam um projeto pedagógico progressista. Transformação da pratica social das classes populares por meio de uma consciência mais clara dos fatos vividos. Professores e alunos dialogam em condições de igualdade desafiados pelas situações-problemas que devem compreender e buscar solucionar.2.2Libertária(Pedagogia da Autonomia) Dava importância à autogestão, não diretividade e autonomia. Acreditavam na independência teórica e metodológica, livre das amarras sociais ou impositivas.2.3Visão pessimista : “crítico-reprodutivista”Inicialmente Estudos teóricos Críticos passam substituir os conteúdos das aulas por discursos políticos. Posteriormente parte desses professores passam a propor uma pedagogia sociopolítica.Assumiram que reflexões e discussões das teorias “critico-reprodutivistas” levam à duas conclusões:a)A escola é por si só um espaço político que precisa ser efetivado;b)Garantir o acesso aos conhecimentos fundamentais não faz da escola o único espaço social responsável pela melhoria da sociedade.Crítica Social dos Conteúdos(início dos anos 1980) -SAVIANI e LIBÂNEO.Buscavam ultrapassar o quadro otimista idealista e o pessimista. Procura ser mais “Realista-Crítica”.O agir da escola pode contribuir para a transformação da sociedade. À escola cabe difundir conteúdos vivos, concretos e ligados às realidades sociais.O professor é o mediador da relação pedagógica.A escola toma para si a responsabilidade da conscientização política (no sentido amplo) para que o aluno exerça sua cidadania de forma consciente, crítica e participante.Métodos devem estimular a iniciativa e a atividade dos alunos sem deixar de valorizar a cultura acumulada historicamente.
3PCN ARTE 5ª à 8ªSíntese do livro: Prof. MS Eliton P. R. PereiraINTRODUÇÃO:
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