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Portfólio Psicologia da Educação

Por:   •  18/9/2021  •  Artigo  •  1.351 Palavras (6 Páginas)  •  144 Visualizações

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DANIEL NONES

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PORTFÓLIO 2

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BLUMENAU

2021

Portfólio 2 / Projeto de Prática – Observação de um parquinho público

A observação que escolhi para a realização da atividade de portfólio 2, foi ir a um parquinho que existe numa praça pública próxima a minha casa. Nela direcionei minha atenção a um pai e seus filhos, que estavam brincando lá.

A análise foi com base em um pai com aproximadamente 47 anos (penso eu) e seus filhos, um menino de 9 anos e uma menina de 7. Estas idades são aproximadas pois não fui questionar.

Escolhi este local por acreditar que possui interação entre as crianças, seus pais e toda a riqueza de interação que há neste tipo de ambiente.

É interessante estudar os conteúdos propostos neste Ciclo III e utilizar alguns minutos do dia para observar como o desenvolvimento ocorre em interação com o ambiente. Com a diversidade de interações existentes no parquinho de praça público isto ficou muito evidente. Existe uma real movimentação de estímulos externos, e a criança busca todo o tempo conexão, seja com o pai ou com os outros colegas.

A conexão que me refiro, foi direcionada pelas crianças aos:

Brinquedos, família, amigos, seu próprio corpo (possibilidades e limitações físicas), suas ideias (mentais e intelectuais) e o que gera conhecimento a partir deste leque de possibilidades.

Estas relações possibilitam aprendizagem e desenvolvimento, por isso são muito importantes. O desenvolvimento é alavancado pela aprendizagem, e a interação entre meio e indivíduo é essencial no processo.

Pude observar as reações da menina pequena (de 7 anos), frente as sinalizações positivas do pai. O acenar de mão, assentir com a cabeça positivamente e claro, as palavras de motivação e estímulo. A partir das relações com o ambiente, a criança passa a internalizar estes aprendizados. Claramente o que era mais positivo gerava repetições de comportamento, em uma nova tentativa de receber o mesmo retorno positivo do “ambiente”, no caso especialmente direcionado ao pai.

Faço um paralelo disto em relação ao papel do professor dentro de aula, e a importância de suas reações positivas, neutras e negativas dentro do processo de aprendizagem. Ainda mais na área musical, nosso foco de estudo na graduação. A música e a produção cultural, são uma das principais influências para que ocorra o desenvolvimento mental, pois ela pode indicar caminhos e detalhes da conexão do indivíduo com o mundo.

É na escola onde grande parte disto será vivenciado, e onde a criança criará suas associações a partir da concepção de mundo em que ela está inserida. Para Vygotsky, a criança precisa de atividades específicas que proporcionem o aprendizado, pois seu desenvolvimento é dependente dessa aprendizagem por meio das experiências e interações que acontecem neste processo.

Neste sentido uso a metáfora de que o parquinho de praça pública, não deixa de ser uma grande escola. Embora não seja mediado por um professor, é claro nas relações entre as crianças a quão rica é, na realidade, uma observação e análise mais atenta do que acontece ali.

Achei particularmente interessante a interação entre menina (7 anos), e o irmão mais velho de 9 (penso eu). Pois pude verificar o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal. No sentido de que, algumas atividades o irmão mais velho orientava e ajudava a pequena. Ou seja, a menina possui habilidades de acordo com suas experiências até o momento, no caso, estou me referindo a Zona de Desenvolvimento Real. Por exemplo: Descer no escorregador sozinha, usar o balanço. Porém o irmão mais velho, fazia “manobras” no escorregador, como escorregar sentado nos calcanhares e outras coisas “radicais”. Neste sentido percebo o irmão mais velho estimulando a Zona de Desenvolvimento Potencial da própria irmã.

Como futuro professor isto se abriu para mim como uma luz. Pois minha mente estava bastante fechada em pensar nos conteúdos unicamente voltados a sala de aula. Não tinha me dado conta da possibilidade de verificar estes conteúdos também nas situações mais “simples” do cotidiano.

        Continuando então, o irmão mais velho instigava a relação com os brinquedos, manobras e usos mais ousados do próprio corpo. Também em relação ao uso do próprio corpo, como mobilidade, velocidade, flexibilidade. Bastante interessante ver o quanto está interação, por mais usual que pareça gera um conhecimento profundo na criança.

        Acredito que vale citar nesta interação, em paralelo aos conteúdos estudados a importância da linguagem. O irmão mais velho, instigava a pequena dizendo:

 - “Faz assim ó!”

- “Não peeeegaaaa”

- “Mais rápido! ”

A reação da menina a linguagem do irmão, era praticamente instantânea. O que é possível observar em relação aos conteúdos estudados, a importância da linguagem. As palavras, a entonação, e o significado que são atribuídos a elas, de acordo com as experiências. E claro o significado, social.

A criança nasce, cresce e se desenvolve em um ambiente falante. A língua é externa ao indivíduo, é um processo que ocorre de fora para dentro, dessa forma, ocorre o que Vygotsky chama de fala socializada, a fala da criança para os outros e com os outros.

Em paralelo com minha função futura de professor musical/artístico, vejo o quanto a criança na escola participa de extrema troca social, dando sentido às palavras, por meio da interação com o professor e colegas.

Em relação ao curso de formação em música, e este campo de estudo no qual estou envolvido, me atrevo a citar também sobre a comunicação não verbal. Que existe na postura corporal, nas entonações da própria voz, no timbre e volume com o qual ocorrem as interações. São apenas alguns exemplos, que também nos afetam a nível físico, emocional, mental. Para mim, isto também está diretamente relacionado ao campo da linguagem (seja verbal ou não verbal) e a produção de conhecimento vivenciada e experiência pelos indivíduos em sala (e fora) de aula.

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