Psicologia social
Por: azulz • 26/10/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 489 Palavras (2 Páginas) • 174 Visualizações
ANÁLISE A RESPEITO DO TRABALHO DE CAMPO NO CAPÃO REDONDO
Foram 3 baldiações até a chegada no Capão Redondo. Chegar na região me fez perceber as diversas São Paulo que existem, notei que a tapioca, diferentemente da que é vendida em frente à Fundação Getúlio Vargas por 4 reais, custa 2 reais. As cores ao meu redor eram homogeneizadas pelo laranja do tijolo e havia também, nuances coloridas do grafite que grita e surge como uma forma de protesto.
Após o encontro no metrô, vulgo CPTM, seguimos o André, coordenador do Tv Doc Capão, até a sua casa, que é também é o seu estúdio. Adentramos uma viela, e lá estavamos. Mais uma vez, comparei a minha realidade com a que eu vivia naquele momento. Dois extremos, uma cidade, vários habitantes. Entramos, então, na casa do André que nos contou como surgiu a ideia do Tv Doc, que na verdade não surgiu como uma ideia, e sim como uma necessidade, segundo ele. Compreendi o que ele queria dizer, pois percebia a ânsia de se manifestar, expressar sua realidade, a realidade dos morades da região. Percebi também que ele tinha o objetivo não só de se manifestar, mas o objetivo depossibilitar novas perspectivas aos jovens da região através do aprendizado do audiovisual.
Encerrada essa conversa, partimos para o Bom Prato, o resto do grupo seguiu caminho e eu continuei com o André que estava arrumando sua mala em sua casa para entaão irmos ao restaurante. Estavamos conversando e o cerne de tal dialógo era o sentimento que ele sentia em saber a falta de perspectivsa e oportunidades com as quais muitos jovens sofriam. Conheci seus vizinhos que foram muito simpáticos, meninos de no máximo dez anos e que não estavam na escola, pois a mesma estava em greve.
Almoçamos no Bom Prato que me surpreendeu pelo sabor da comida. Em seguida fomos para o Centro São José, após mais 45 minutos de jornada de ônibus. Lá, um encontro improvável, entre jovens abastados e jovens da periferia de São Paulo. Assistimos então, uns aos outros as suas respectivas apresentações.
No caminho de volta para a minha casa, a reflexão sobre esta outra realidade continuava. Eu tentava compreender como é a vida em uma região com auto nível de viôlencia, infra-estrutura precária e um Estado ausente que se faz presente no momente de repressão violenta, como constatei em minha conversa com André. Pensei, então, que são perspectivas, na realidade, muito mais do que perspectivas, são pensamentos, sonhos, desejos que se enquadram naquela São Paulo e que para mim não são de fácil de compreender, já que a minha realidade, a minha condição financeira, fortemente entrlaçadas, fomentam um espaço cheio de oportunidades e estrutura, questões essas em ônus no Capão, visto que muitas vezes a oportunidade que, por exemplo, pode ocorrer através dos estudos, não passa de uma formação técnica desqualificada, mais que por essências deveria ser qualificada, questão que constatei em minah conversa com o André.
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