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Teatro Nacional D.Maria II

Por:   •  29/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.992 Palavras (12 Páginas)  •  465 Visualizações

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Arte e Cultura Contemporânea

[pic 1]

Teatro Nacional D. Maria II


Índice

Introdução        

Contexto Histórico        

Análise Estilística        

Análise Morfológica        

Localização        

Planimetria        

Exterior        

Interior        

Conclusão        

Análise Crítica        

Curiosidades        

Glossário        

Bibliografia        


Introdução

No âmbito da cadeira Arte e Cultura Contemporânea, foi solicitada a escolha de uma obra de arte existente em Portugal produzida entre o século XIX e o século XX.

Visto que Lisboa apresenta uma variedade extraordinária de estilos arquitetónicos, desde castelos mouros a torres futuristas e apesar de grande parte da cidade ter sido destruída pelo grande terramoto em 1755, esta conseguiu escapar aos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial, sendo por isso possível encontrarmos diferentes tipos de arquitetura provenientes de diversas épocas.

Desta forma, podemos considerar que Lisboa é uma espécie de “puzzle” sem nenhum estilo dominante, mas o Pombalino e o Manuelino são os que se destacam. Enquanto o estilo Pombalino surgiu da necessidade de uma arquitetura mais funcional numa nova cidade iluminista, os edifícios mais importantes de Lisboa depois do terramoto eram de estilo neoclássico.

Decidimos então, após uma pesquisa relacionada com arquitetura dos séculos XIX e XX, abordar o Teatro Nacional Dona Maria II. [pic 2]

Feita uma prévia pesquisa, concluímos que este monumento nacional era considerado um dos edifícios mais importantes de Lisboa após o grande Terramoto de 1755, o que nos despertou ainda mais curiosidade para conhecer e analisar as características arquitetónicas e históricas deste edifício.

 

O nosso objectivo principal foi baseado no contacto com a arquitectura representada nos monumentos históricos de Lisboa e também mais especificamente conhecer com maior profundidade o estilo arquitectónico do Teatro Nacional e a forma como este influenciou o estilo neoclássico nas posteriores construções na capital.  

Contexto Histórico

A história do Teatro Nacional Dona Maria II começou dez anos antes da sua inauguração, na sequência da revolução de 9 de Setembro de 1836. Nesse ano, Passos Manuel assume a direção do Governo e uma das medidas que tomou de imediato foi encarregar o escritor e político Almeida Garrett de apresentar um plano para a fundação e organização de um teatro nacional que contribuísse para a civilização e aperfeiçoamento moral da nação portuguesa.

Por esse mesmo decreto, Almeida Garrett ficou encarregue de criar a Inspeção-Geral dos Teatros e Espetáculos Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramática, instituir prémios de dramaturgia, regular direitos autorais e edificar um Teatro Nacional.

O aparecimento de um teatro nacional era uma questão não só cultural como, sobretudo, política e assumida como um assunto estreitamente ligado à própria independência da nação.

Garrett, nomeado inspetor geral dos "Teatros e Espetáculos Nacionais", redige um ofício ao governo do Reino em dezembro de 1836, solicitando o Palácio do Tesouro, ao Rossio, para as instalações do teatro. Luigi Chiari foi o arquiteto escolhido para o 1.º projeto que, rapidamente, foi abandonado. Embora tivesse bastante qualidade, este era extremamente dispendioso. Devido a circunstâncias políticas desfavoráveis, somente em 1840, com Garrett já deputado, é que se renovou a ideia do teatro.

Criou-se uma comissão promotora da construção do edifício, escolhendo-se o antigo Palácio dos Estaus, ao Rossio. Abre-se um concurso internacional, cujo júri recusa os seis projetos apresentados. Mais tarde, já fora de prazo, surge um projeto de ótima qualidade de Fortunato Lodi, contestado por Garrett e Herculano, pois não gostavam da ideia da intervenção de um artista estrangeiro. Graças ao Conde de Farrobo, cunhado de Lodi, o projeto vence com a aprovação do governo.

Por fim, integrado nas festividades do 27º aniversário da Rainha Dona Maria II, filha do Rei D. Pedro IV, o teatro inaugura em 13 de Abril de 1846 com a peça de Álvaro Gonçalves, «O Magriço e os Doze de Inglaterra», um original oferecido por Jacinto Heliodoro de Faria Aguiar de Loureiro. O aniversário da Rainha D. Maria II era a 4 de Abril, mas como este dia coincidia com as festas da semana santa, os festejos foram adiados para o dia 13.

[pic 3]

Toda a fachada e frontão foram modelados e esculpidos pelo insigne discípulo de Machado de Castro, Francisco Assis Rodrigues, este em colaboração com António Manuel da Fonseca, ambos professores da Academia de Belas Artes.

Quarta-feira, 2 de Dezembro de 1964 pelas quatro e vinte da madrugada, o Teatro Nacional D. Maria II sofre um violento incêndio que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. Foi nomeada uma comissão para a sua reconstrução imediata, pelo então Ministro das Obras Públicas, Engenheiro Arantes e Oliveira, tendo sido nomeado para a chefiar o arquiteto Guilherme Rebelo de Andrade. Este arquiteto já tinha sido responsável pela reconstrução do “Palácio Nacional de Queluz” em 1934 e pela renovação do “Teatro Nacional de S. Carlos” em 1940.[pic 4]


O interior do edifício foi totalmente reconstruído respeitando o original estilo neoclássico tendo reaberto as suas portas só em 11 de Maio de 1978, com a apresentação do «Auto da Geração Humana», atribuído a Gil Vicente e, «O Alfageme de Santarém», de Almeida Garrett. O Teatro Nacional foi reconstruído e modernizado em relação à anterior estrutura: as oficinas de construção e montagem de cenários são subterrâneas e o palco é rotativo e possui elevador. [pic 5]

Na cave estão o arquivo e respetiva biblioteca e, no último piso, a "Sala Estúdio".

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