A Ética de Hoje
Por: Daniela Silveira • 21/9/2018 • Resenha • 780 Palavras (4 Páginas) • 215 Visualizações
Ética Hoje
No texto “Ética hoje” Manfredo de Oliveira nos traz um conceito de que para estudar ética não temos que olhar somente para as tradições, valores, referências e a história de uma sociedade, mas sim olhar também para o cotidiano do indivíduo e sua coletividade.
Para o autor, o conhecimento técnico – científico adquirido pelo homem ao longo de sua história trouxe muitas conquistas e também alguns danos, principalmente no relacionamento homem e natureza. Uma vez que quanto mais o homem desenvolve suas técnicas mais distante da ética ele fica, pois deixa de respeitar os limites dos outros e da natureza. E apesar de todo esse conhecimento o homem ainda não é capaz de sanar os danos causados, como a destruição da natureza e até da própria vida, e isso é preocupante, pois o saber ético-político e o poder tecnológico não caminham juntos, o que torna mais difícil uma solução para esses problemas.
Nesse texto podemos ver que o avanço político e tecnológico levou o mercado financeiro a se expandir além das fronteiras dos paises, coordenando toda sociedade moderna. O homem foi capaz de aumentar sua produção trazendo consquências para a relação trabalho e capital e mudanças nas expressões da questão social num mundo globalizado e moderno, como o aumento do desemprego estrutural, da competição entre os paises, da pressão para se manter no mercado, etc.
Pensava–se, que o desnvolvimento tecnológico poderia acabar com os problemas da sociedade, mas Oliveira nos chama a atenção para o aumento da miséria, da fome, da desigualdade, além do perigo eminente da destruição da vida humana por guerras e castátrofes ambientais. O egoísmo individual e grupal, o terrorismo e a substituição da política pela economia na condução da política dos processos sociais, são grandes contribuintes para essa situação. A vida do homem passa a girar em torno do lucro, com isso os pensamentos e valores éticos ficam cada vez mais distantes da sociedade.
Com os avanços dos meios de comunicação social, houve abertura para as sociedades se expressarem e mostrarem sua diversidade, com isso a sociedade moderna ficou mais pluralista. E a ética precisa alcancar um nivel global e atingir toda sociedade, o que o autor chama de “macroética da solidariedade histórica”, é preciso gerar uma consciência de solidaridade na humanidade, e valorizar mais a política do que a economia, buscando condições para melhorar a sobrevivência no planeta, através de ações sociais e ecológicas.
Para conseguir resultados positivos numa sociedade com indivíduos tão diferentes, é preciso ter regras universais que respeitem a individualidade de cada um, e isso só é possivel se a sociedade puder se manter através das instâncias públicas e não da iniciativa privada, e sem usar de forçar para garantir essa universalidade, Oliveira denomina de “macroética universalista da humanidade”.
Nos é explicado também, que em tempos de desafios surgem diferentes formas de se pensar em ética, e isso dá a impressão de que não se tem regras universais para reger a humanidade. Isso é um pensamento cético, que traz duas visões, os realistas e os comunitaristas. Sendo que, os realistas acreditam nos rompimentos dos pactos, para eles a política deve efetivar o interesse nacional e não dar tanta atenção a ética. Já para os comunitarístas as normas só podem ser decididas dentro de uma comunidade hitórica no contexto de uma tradição cultural particular. São contra a ideia de valor universal do liberalismo moderno, defendem a particularidade das normas que valorizam as tradições e não aceitam o individualismo do mundo moderno. Os interesses dos outros têm que ser levados em conta quando se pratica qualquer ação.
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