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A Ideia de Nação Século XIX

Por:   •  31/8/2018  •  Resenha  •  639 Palavras (3 Páginas)  •  137 Visualizações

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Edilson dos Santos Brito

Graduando BHU Unilab Malês

 

Resenha:

Ideia de Nação Século XIX

A idéia de nação, e a construção dos nacionalismos e identidades a partir das revoluções que envolveram os povos negros escravizados, foram marcadas pelas disputas, conflitos e pelas guerras.

As indagações e os questionamentos em relação ao nosso nacionalismo, e todo o processo identitário são perenes e complexas, entender quem somos enquanto povo, entender a nossa realidade e os parâmetros que nos define enquanto nação, significa quebrar paradigma. Como saber e definir, quem realmente somos em meio a tamanha diversidade cultural? E preciso entender nosso trajeto histórico enquanto povo e nação e de que forma essa identidade foi construída nesse processo ideológico. Sabemos que somos um povo miscigenado, formados a partir da mistura de raças, ou melhor por três “raças” o branco, o negro e os tidos como índios.

           No século XVI a colonização foi um fator crucial para a confluência dos povos formando uma variedade de grupos étnicos, essa pluralidade de identidades tem continuação com as imigrações entre os séculos XVIII E XIX. As diferenças étnicas e a pluralidade identitária produziram movimentos sociais envolvendo grupos étnicos, aflorando o conceito de etnicidade e pertencimento. A luta de Gama por igualdade social, oportunidades de trabalho, contra o racismo e as formas de segregação do povo negro no Brasil foram exemplos de etnicidade e pertencimento.

 Luiz Gama ao produzir seus poemas satírico-raciais, cria mecanismos para combater as arbitrariedades e imposições da branquitude escravocrata, e a hierarquização racial. Sua condição de sujeito subalternizado e ex-escravo foi fundamental para se posicionar e combater as injunções da elite imperialista, seu lugar de fala representava não só o seu desejo de liberdade epistemológica, cultural e religiosa, mas, os de toda a comunidade negra diaspórica.

    É sabido que as imigrações dos grupos étnicos para o Brasil a partir dos séculos XVIII e XIX foram fundamentais para desenvolvimento da nação criando umas variedades de identidades. A idéia de nação não pode ser explicada quando se despreza as nossas raízes, e as nossas origens, quando não entendemos que fazemos parte de uma miscigenação racial. As identidades e a ideia de nação produzida pela escravidão e subalternização dos povos negros foram forjadas num viés eurocêntrico e racista, estruturado na produção da inferioridade intelectual africana.  

       O desejo de se construir uma nação embranquecida e letrada para legitimar a civilização do colonizado, não sobreviveu aos atos revolucionários das revoltas, e do ativismo negro que impulsionou os movimentos de combate ao racismo étnico e epistêmico. Muitas foram as revoltas que aconteceram no Brasil nos meados do século XIX insatisfeitos com as condições de trabalho e as imposições culturais e religiosas, os negros decidiram lutar para que suas vozes fossem ouvidas. Como exemplo temos a revolta dos Malês na cidade de Salvador no estado da Bahia onde escravos mulçumanos (Malês) lutaram por liberdade cultural e religiosa e a preservação dos costumes islâmicos, mas foram derrotados pelas forças imperiais num confronto que deixou vários escravos mortos, muitos presos e condenados ao fuzilamento.  

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