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A Musica e Sociedade

Por:   •  15/9/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.370 Palavras (6 Páginas)  •  139 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Atualmente, quando falamos se gostamos ou não de um gênero musical nos referimos a diversos aspectos que vão além de uma letra, ritmo ou batida de uma música. Dessa forma, é uma aspecto que abrange também um sentimento de pertencimento e de preconceito.

Alguns estilos musicais são constantemente discriminados, como o funk e o rap. Esses são frequentemente ridicularizados por apresentar uma composição referente à apologia sexual e às drogas; sendo que, a maioria dos gêneros musicais se assemelham a estes temas com a mesma “transparência”.

Em vista desses aspectos, percebe-se que essa discriminação se deve, na maioria dos casos, a classe social dos ouvintes e dos compositores desse estilo. Esse é o caso dos funks de periferias cantado por negros e muitas vezes não são aceitos, não só pelo conteúdo de seus versos, mas por motivos sociais mais complexos e enraizados na nossa sociedade. Logo, entender o porquê desse fato vai além da compreensão da sua própria letra musical.

OBJETIVOS

A pesquisa tem a finalidade de compreender os motivos que fazem alguém gostar ou não de um estilo musical além das letras, melodia ou harmonia que compõem a música. Portanto, busca-se o por quê desse fato, relacionando-o às classes sociais dos indivíduos e cor de pele.

METODOLOGIA

Com o intuito de obter dados para a pesquisa, criamos um formulário, o qual foi enviado para pessoas dentro e fora do IFMG, de diferentes idades e contextos sociais. Além disso, a fim de obter melhores resultado, utilizamos informações referente a uma pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião pública e estatística), o qual fez um estudo dos gêneros musicais mais ouvidos pela rádio e o perfil dos seus ouvintes. Infelizmente a tentativa de comunicar com algumas prefeituras não foi eficiente, pois não obtivemos respostas. Assim, para a discussão e conclusão preferimos dar um foco maior no funk visto que fizeram atualmente até projeto de lei tentando criminalizar o funk, mas também foi o estilo musical mais crítica do nas respostas do formulário.

HISTÓRIA

Como o foco do trabalho é o funk, vamos tentar enfatizar mais sua história. O funk é originado da música Negra Norte Suburbana Americana, o originado nas periferias cariocas buscava no black, soul, shaft ou funk novos ritmos para música negra com influência direta no Miami Bass e Freestyle. as letras das músicas refletiam o dia a dia da comunidade, com temas vinculados ao tráfico. O público consumidor e agentes ativos eram provenientes de favelas, camadas de renda baixa e em sua maioria negros, então, na década de 80 e 90 ele começava virar alvo de preconceito.

Atualmente é notável que mais pessoas de outras classes sociais e brancos começam a aderir ao estilo tornando popular dentro e fora do Brasil. Em 2009 foi aprovado um projeto de lei que define o funk como movimento cultural e musical de caráter popular. Mesmo assim, em 2017 o senado analisa projeto de lei para criminalizar o gênero musical, repetindo-se a história do samba, capoeira ou rap.

Quando falamos de história da música percebe-se que novos estilos musicais são discriminados até que alguém, normalmente uma pessoa branca ou de classe média/alta, se apropria do estilo até se tornar de caráter popular ou elitizado. Se encontra exemplo disso no rock que apresenta seu precursor o Chuck Berry (negro) e só ganhou repercussão depois que o “rei”, Elvis Presley (branco) se apropria do estilo.

DISCUSSÃO

De acordo com os dados obtidos no formulário percebemos que o funk é o estilo musical que as pessoas menos gostam, constando 30.64% das respostas dadas, a maioria destes justificou que não gostam do estilo por apresentar letras machistas que fazem apologia ao crime e as drogas.

Seguem exemplos das respostas do formulário de quando foi perguntado “Qual tipo de música você menos escuta e por quê?”: “Funk. Pois além de ser sonoramente desagradável, traz muitas vezes uma letra nociva, seja enaltecendo o crime, fazendo apologia às drogas ou denegrindo a figura feminina.”; “Funk. Por conta da letra da maioria das músicas que remetem à criminalidade, e à banalização do sexo de forma explícita.”.

Podemos citar diversas músicas de outros gêneros musicais que as letras tratam dos mesmos assuntos com a mesma transparência e são aceitas pela sociedade como é o caso de “Mundo Animal”, “Pelados em Santos” e “Sábado de Sol” dos Mamonas assassinas; “Puteiro em João Pessoa” do Raimundos, “Whole Lotta Love” do Led Zeppelin; “I shot the sheriff” de Bob Marley ou “Fat bottomed girls” do Queen.

Outra questão que fazem as pessoas não gostarem de funk é falta concordância verbal, o dialeto e dicção considerada “ruim” presente nas letras das músicas. Em um vídeo do canal do Youtube “Lord Music Academy”, de título “Por que FUNK é tão ruim?” o Lord Vinheteiro diz: “canto falado, não é nem canto aquilo, muito palavrão, um vocabulário elementar e aquelas rimas

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