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A Política Como Vocação

Por:   •  22/9/2018  •  Resenha  •  942 Palavras (4 Páginas)  •  103 Visualizações

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O que é e qual o sentido da vocação política?

(entendendo aqui política no sentido de Estado)

O estado não se deixa definir por seus fins, só pelo meio, que é peculiar a todo grupo político, a coação física.

“todo estado se funda na força” (Trotsky) se a violência estivesse ausente o conceito de estado desapareceria e só existiria o que chamamos de anarquia.

A violência não é o ÚNICO meio do estado.

Não reconhecemos a qualquer grupo ou individuo se não o estado o direito de fazer uso da violência. O estado, assim como seus precedentes políticos é uma relação de dominação do homem pelo homem, fundada na violência considerada legitima, ou seja, os dominados se submetem à autoridade dos dominadores.

os motivos dessa submissão são (extremamente poderosos e fundados no medo ou na esperança) também chamados de fundamentos da legitimidade:

-tradição

-carisma**

-legalidade

**é a fonte da vocação, onde encontramos seus traços mais característicos.

Demagogia: poder ou arte de conduzir o povo.

Esses 3 fatores sempre estão presentes quando se questiona isso, mas na realidade raramente são encontrados sozinhos.

O fator decisivo na politica não se encontra no “politico por vocação” ou carismático, mas na natureza dos meios que dispõem os políticos, como as forças políticas afirmam sua autoridade, e isso vale para todos os tipos de dominação.

toda dominação depende da obediência dos súditos à quem detém o poder legítimo (estado-maior administrativo) e do controle dos bens matérias que podem ser usados para a aplicação de violência (meios materiais de gestão).

o medo de perder vantagens como trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção, remuneração, o que o estado oferece em troca dos serviços, confiança(honra), privilégios atuais, é o principal motivo que liga o estado-maior aos detentores de poder.

Quando a dominação se baseia na violência o estado precisa deter certos bens materiais.

Existem então duas categorias de administração: a que o estado tem propriedade dos meios de gestão, e a que o estado é privado deles, por isso é importante perguntar se quem possui o direito dos meios de gestão/administração está ligado ou é independente do poder.

Caso 1 - “agrupamento estruturado em estados”: o soberano depende do auxílio da aristocracia, e por isso divide com ela o poder.

Caso 2- “segundo o princípio das ordens”: quando o estado-maior detém os meios de administração, o chefe tem um exército sob sua autoridade, pois é bancado por e depende dele.

O poder patriarcal e patrimonial é do segundo caso, como por exemplo os estados burocráticos.

O estado moderno é um meio de dominação institucional que monopoliza um território, a legitimidade da violência como forma de domínio, e os meios de gestão. Substituiu os funcionários pelo próprio direito de gerir.

Com isso surgem os “políticos profissionais” quem vive PARA a política transforma em “fim de sua vida”, seja pelo prazer de deter poder, ou pelo significado de defender uma causa, mas não vê nela uma permanente fonte de renda, então quem vive para a política deve ser economicamente independente (das vantagens proporcionadas pela atividade política) e disponível (ter dinheiro a mais do que apenas para sua subsistência) o que caracteriza o capitalista, ou ele pode ser dependente da política economicamente e nesse sentido também vive da política.

Isso não significa que esse individuo não use da politica para obter vantagem econômica, pois a preocupação com o dinheiro é o ponto principal da vida de quem já é rico, enquanto o idealismo

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