A Política de Aristóteles
Por: Jonatas Henrique • 5/6/2016 • Resenha • 630 Palavras (3 Páginas) • 354 Visualizações
Resumo dos capítulos I, III e IV de A Política de Aristóteles.
O Estado é a preocupação fundamental de Aristóteles e nesse seu texto sobre a Política (formas de governo) ele diferencia entre constituições retas e desviadas, sendo em primeiro lugar uma associação, mas possuindo uma base fundamental: alcançar o bem comum em contraposição ao bem privado.
É importante ressaltar nessa resenha a clara ideia na teoria aristotélica em relação à existência de grupos, que seriam as classes sociais. Com essa teoria, onde os indivíduos se diferenciam por sua condição social, ele se afasta do aspecto espiritual da razão, onde vimos em Platão e incorpora o aspecto da posse ou não de bens para que o homem seja considerado cidadão da polis.
Essa concepção de bens não está ligada diretamente às riquezas materiais, mas ao poder que o cidadão exercia. Ora, o homem deveria ter um poder de intervenção para fizesse parte da polis, portanto, se o homem só obedece ordens e não detém esse bem (poder de mandar), ele não é cidadão.
Tendo como base a família, Aristóteles designa características específicas a essa primeira forma de sociedade que está dividida em três partes: os filhos, a mulher e os escravos, além da relação desses com o chefe e dos instrumentos necessários à subsistência.
Assim, ele diz qual deve ser a relação do soberano da casta com seus membros.
A mulher e os filhos são imperfeitos. Cabe ao homem, virtuoso e racional, guia-. Aristóteles também (no livro IV) irá tratar especificamente sobre a educação dos filhos, abordando as características que estes precisarão adquirir para se tornarem futuros cidadãos. Já com os escravos, ele estabelece a teoria que o homem virtuoso precisa adquirir bens inanimados mas também animados, e que os escravos seriam essa parte que faria o trabalho manual, deixando o soberano livre para o ócio. Isso se dá pois o homem virtuoso não trabalha com as mãos, ele apenas satisfaz as necessidades que garantem conforto e mantenham a ociosidade necessária para a vida política.
Nesse contexto familiar, segundo ele, a mulher era imperfeita e cabia ao homem racional guia-la para conservação delas mesmas, bem como dos filhos. Portanto, mulher estava totalmente fora do exercício da democracia.
Na forma de construção da cidade-estado está baseada a virtude, que é sobrepor-se à sua capacidade de negar seus instintos e, para isso, o cidadão precisa também ter meios para satisfazer suas necessidades básicas, já que, uma vez que elas são garantidas, ele não cai na tentação de pensar nos seus direitos individuais.
A construção da cidade deve ser o objetivo comum de todos, devendo em sua forma de governo e leis, promover a felicidade de seus membros para que a virtude seja alcançada. Elementos que possibilitem sua defesa e, ao mesmo tempo, o comercio e a prosperidade, são fatores para uma cidade bem desenvolvida.
Mais pra frente ele fala sobre as formas de educação dos filhos na cidade, sobre como as mulheres devem se portar e até mesmo amamentar. Sem aprofundar muito sobre esse caso, acredito que foram citados tópicos importantes para entendimento geral do tema, guardando o próximo parágrafo para reflexão pessoal do aluno.
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