A Vulnerabilidade
Por: Natty Alves • 6/8/2016 • Dissertação • 1.030 Palavras (5 Páginas) • 120 Visualizações
2)A argumentação de Marc Augé a respeito de não-lugar toma como referência o que ele entende por supermodernidade. Discorra sobre os argumentos levantados e demostre como nãolugar é uma noção aplicável em estudos urbanos.
A supermodernidade constitui-se uma superação de elementos cristalinos que a modernidade cristalizou, ou seja, oque a modernidade configurou esta sendo potencializado na supermodernidade que é produtora de não lugar, entretanto Marc Auge define a superabundância de acontecimentos descreve uma história em permanente construção, promotora da crise de sentido e a perda de identidade, por outro lado, através da transformação acelerada da teia urbana, relacionada com as mudanças de escala, a noção da multiplicação de espaços é reconhecida. A superabundância espacial, “exprime-se nas mudanças de escala, na multiplicação das referências sob a forma de imagens como das referências imaginárias e nas espetaculares acelerações dos meios de transporteis”, que se traduzem em concentrações urbanas, transferências de populações e multiplicação de não lugares. Vai ser a partir desta interpelação espacial que os ‘não-lugares’ passarão a ser designados por duas realidades distintas: os espaços constituídos em relação a certos fins [transporte, comércio, lazer] e a relação que os indivíduos mantêm com esses espaços.
Os ‘não-lugares’ serão vistos tanto pelas instalações necessárias à circulação acelerada das pessoas e bens [vias, trevos rodoviários, aeroportos] quanto os próprios meios de transporte ou grandes centros comerciais, Em questões indenitárias urbanas são reconhecidos alguns dos momentos da evolução urbana testemunhada pelas construções que descrevem a história do lugar que deixou de ser, e do qual apenas restam ruínas conventos, palácios ou casas de campo transformados em pequenas unidades fabris ou armazéns e shoppings, bem como marcas da industrialização associadas à construção de novos bairros, pois a modernidade vai sendo constituídas aos poucos transformando os espaços e as relações sócias.
Denominada sociedade urbana criar uma identidade genérica, e estar em conflito com a identidade concreta, que os sinais revelar uma sociedade supermoderna em ritmo linear. Assim a modernidade é aplicada a urbanismo que pressupõem ruas retas, quadras definidas que segundo Marc Auge ‘’modernismo é ideia geométricas que a cidades deve ter’’. Sendo aplicados em estudos urbanos por ser dotado de não lugar que revelar através da linguagem, não criar identidade singular, e nem similitude, pois a sociedade supermoderna constitui não lugares considerados vazio de identidade histórica, vivencial, cultural e resulta da perda da relação afetiva entre o indivíduo, bem como uma comunidade, com o espaço. Que é identificado como não-lugar pois não cria uma identidade singular, não é relacional, e é um espaço simultaneamente de solidão e semelhança de simbolizado, não identitario, no qual em geral o sujeito não estabelecem vínculos relacional enquanto os ocupam.
http://www.ricardobarbeito.com/Lugar_e_nao_lugar.pdf
1 Considere a seguinte notícia publicada no diário O Fluminense em 3/12/2015:
“Uma guerra entre traficantes de facções rivais pelo controle de território na Zona Norte e Centro de Niterói está deixando a população assustada. Tiroteios nas comunidades têm sido frequentes, deixando moradores de prédios vizinhos com medo de serem atingidos por balas perdidas. De acordo com informações repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177), os confrontos tiveram início há cerca de três meses. No período, uma única comunidade, a Coronel Leôncio, chegou a ser invadida sete vezes. Outras, como a Palmeira foi invadida quatro vezes e o Morro Santo Cristo, três vezes.”
Com base nesta notícia analise o emprego do conceito de território, comparando-o ao de territorialidade.
O Conceito empregado ajudar a compreender a aplicação do termo território, que permite entender a realidade através do senso comum, que pressupõem que a guerra entre os traficantes da Zona Norte de Niterói, ocorre devido à perda de espaço que é definido e delimitado por relações de poder, pois os agentes agir sobre o território (territorialidade) e diante disso ao sentir-se ameaçados resultar os confrontos ente si. todavia o contra discurso de território é a territorialidade por estar falando de identidades subsumidas, por identidade homogênea nacional. Porém o lugar só é compreendido quando ele se percebe no território que só existe por que sucede espaço, que presume a noção de controle e domínio. No entanto a percepção que se tem do poder exercido por um indivíduo ou grupo em um dado espaço pode ocorrer diversas territorialidades. Portanto o território sucede espaço, no qual a sociedade estar em movimento no espaço, e o território são a qualidade de um espaço, que é o meio artificial criado justamente para a reprodução da sociedade. A noção de alteridade criar conflito no território que é ‘’uma construção’’, que pode ser desconstruído, que consequentemente remete a noção de violência, segundo Hannah Arendt ‘’ Quando um domínio entra em risco a violência surge’’. Há diferenciação de território comparando com a de territorialidade é que o primeiro possui escala ampla e pesa sobre as pessoas, e o segundo possui escala pequena, e luta contra o território. O território é relativamente estável, tem estabilidade espacial e temporal, tem alta fixidez possui instrumento e também pode ocorrer a perder do instrumento quando não há um controle. Já a territorialidade é instável associasse a mobilidade, cíclica, ou seja, a descolamento. Contudo pode se pensar o território no processo de globalização e fragmentação que é a desterriolização (tirar um povo de seu território) e a reterritorização (Construir um novo território). Em vista do argumento apresentado o que temos são conflitos de territórios nacionais, com indivíduos de territorialidade que querem que perpetuem seus interesses.
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