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A representatividade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra

Por:   •  3/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  247 Visualizações

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          A representatividade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra

A colonização aventureira feita por parte dos portugueses, impactou fortemente os campos sociais, culturais e econômicos da sociedade brasileira. Uma dessas problemáticas que herdamos da colonização é a concentração de terras nas mãos de poucas pessoas.

 As propriedades com menos de 25 hectares (ha) (57,6%) representam menos de 7% da área ocupada no Brasil, enquanto as propriedades com mais de 1000 hectares que representam 1,6% dos imóveis cadastrados no INCRA possuem 43,8% da área total ocupada, ou seja, quase a metade do total. (Oliveira et al. 2005).

          1.1 O MST e sua luta política

Essa concentração remete fortemente a desigualdades, e lutas de enfrentamento para tentar resolver está situação, é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra, que trava uma luta política contra essa desigual concentração de terras, a não aceitação da reforma agrária pelo governo, fez com que o movimento surgisse em meados dos anos 80 do século passado, por meio de ocupações eles começaram a se acampar e assentar nas áreas rurais.

O movimento está presente em 24 estados brasileiros, dado que elucida sua grande representatividade no cenário nacional, nesses anos de luta o movimento conseguiu obter muitos avanços, porém, ainda lutam por melhores condições de vida em seus assentamentos e acampamentos para além, buscam uma reforma agrária que possa amenizar essa concentração desigual.

 É fato, que algumas políticas acabam dando mais poderes aos latifundiários do agronegócio e acabam por causar conflitos entre o movimento e os poderosos, como exemplo podemos citar o massacre ocorrido em Eldorado dos Carajás, no Pará em 1996, quando militantes do movimento acabaram morrendo em confronto com a polícia, o fato histórico que ocorreu no dia 17 de abril tornou – se o dia nacional de luta pela reforma agrária. Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o Brasil tem 9.355 assentamentos. Nas contas do MST, o país possui 1,1 milhão de famílias assentadas e 130 mil famílias acampadas (sem a posse legal da terra).

1.2 MST e sua representatividade e econômica

O MST se consagrou como o maior produtor de arroz orgânico da América latina, segundo instituto Riograndense de arroz (Irga), o movimento exporta cerca de 30 % de sua produção, uma empresa compra o arroz de três assentamentos gaúchos e exporta-o para Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Nova Zelândia, Noruega, Chile e México.

Essa produção é de grande importância para o movimento, pois, se utilizando da agroecologia eles conseguem obter uma produção produção orgânica sem utilizar agrotóxicos, e fazerem um enfrentamento ao agronegócio que se resume em apenas geração de lucro, e acabam causando danos ambientais irreparáveis, além de retirar os trabalhadores rurais do campo.

1.3 Considerações finais

É fato que a reforma agrária se faz necessária no território brasileiro, sabemos da luta constante travada pelo MST e da sua grande importância na representatividade dos movimentos sociais Brasileiros, é de suma importância que haja enfrentamento às lamentáveis raízes coloniais que ainda se fazem presentes no nosso país, e ainda, cabe destacar a luta contra as políticas neoliberais propostas por alguns governantes que acabam por, enfraquecer a luta desses movimentos sociais, acabando por levar a uma desigualdade social mais profunda.

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