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AS CONEXÕES DE SABERES DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES: COMUNIDADES DO CAMPO

Por:   •  4/1/2023  •  Artigo  •  2.455 Palavras (10 Páginas)  •  106 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ-UFOPA

[pic 1]CENTRO DE FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR-CFI[pic 2]

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL-PET

CONEXÕES DE SABERES DE ESTUDOS        INTERDISCIPLINARES: COMUNIDADES DO CAMPO

EURILENE PRATA JATY¹

ORIENTADOR: DÉRCIO PENA DUARTE²

Horta escolar: desenvolver e manter, quais os desafios encontrados?

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apontar : quais os maiores desafios encontrados pelos coordenadores de escolas para desenvolver e manter uma horta no recinto escolar? além de averiguar qual a importância dessa ação na percepção desses gestores ? já que para eles uma horta escolar só traz benefícios para melhoria na alimentação, para boa qualidade de vida dos alunos, serve como auxílio no ensino aprendizagem sobre educação ambiental e N outros benefícios, embora ambos os gestores tenham dificuldades  em desenvolver ou conseguir parcerias para seguir adiante com uma ação tão importante como essa. A horta segundo os gestores pode ser também um recurso pedagógico concreto, que se explorado corretamente, pode dar vida as aulas das mais diversas disciplinas.

Palavras-chave:  Educação multidisciplinar; horta escolar; Educação Ambiental.

 

Summary

This work aims to point out: what are the biggest challenges faced by school coordinators to develop and maintain a vegetable garden on the school grounds? in addition to finding out what is the importance of this action in the perception of these managers? since for them a school vegetable garden only brings benefits for improving food, for a good quality of life for students, it serves as an aid in teaching learning about environmental education and other benefits, although both managers have difficulties in developing or getting partnerships to follow. ahead with an action as important as this. According to the managers, the vegetable garden can also be a concrete pedagogical resource, which, if properly explored, can give life to classes in the most diverse disciplines.

Keywords: Multidisciplinary education; school garden; Environmental education.

3. INTRODUÇÃO

A escola é o local em que o estudante passa a maior parte de seu dia, é importante dar uma atenção especial ao que se refere aos bons hábitos alimentares. Professores e os demais profissionais da escola são exemplos que influenciam alunos e seus familiares, portanto, a busca de uma vida saudável deve ser uma prática recorrente, pois melhorar a qualidade de vida da comunidade escolar é também possibilitar melhorar a aprendizagem. Aprender a fazer na prática pode induzir o indivíduo ao prazer de poder usufruir daquilo que ele mesmo plantou, cuidou e compartilhou no dia a dia da horta, e se sentir importante no processo de aprendizado, como parte de um todo.

Segundo Cribb (2010), ao cuidar da horta os alunos adquirem novos valores, novas formas de pensar e mudam suas atitudes em relação aos cuidados com a vida. Através do trabalho em equipe, da solidariedade, das práticas do cuidar, da cooperação se desenvolve o senso de respeito e de responsabilidade, de autonomia e da sensibilidade em compreender que os ciclos ecológicos estão presentes na vida de todos os seres vivos, que precisam de respeito, atenção e cuidado. No ambiente escolar é possível estabelecer uma relação social com educandos, educadores, nutricionistas, coordenadores pedagógicos e gestores, estendendo essa relação à comunidade e às famílias, gerando autonomia, participação, crítica e criatividade, fazendo com que estes atores reflitam e empoderem-se de argumentos em favor da adoção de hábitos alimentares saudáveis.

As hortas inseridas no ambiente escolar podem ser um laboratório vivo que possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em educação ambiental e alimentar, unindo teoria e prática de forma contextualizada, auxiliando no processo ensino-aprendizagem, estreitando relações através da promoção do trabalho coletivo e cooperação solidária entre os agentes sociais envolvidos (MORGADO, 2006). Mesmo hoje, tomando como base os planos de aula utilizados pelos professores nas escolas observa-se que grande parte dos educadores ainda utiliza como único recurso, a lousa e o livro didático, ou mesmo apoia-se em aulas expositivas, com o intuito de que os alunos devam simplesmente decorar os conhecimentos repassados, com foco na resolução das questões da prova.

O contato com a terra e o cultivo de vegetais e de hortaliças permite aos alunos perceber todo o processo de crescimento, as necessidades do plantio até a colheita e o que a falta de cuidados pode acarretar à plantação.  A horta na escola pode servir como fonte de alimentação e atividades didáticas, oferecendo grandes vantagens às comunidades envolvidas, como a obtenção de alimentos de qualidade a baixo custo e também o envolvimento em programas de alimentação e saúde desenvolvidos pelas escolas (NOGUEIRA, 2005). O estudante pode aprender a prepará-las de forma criativa e ser informado sobre seu valor nutritivo, ao participar do seu preparo, e ter satisfação ao consumir o que ajudou a cultivar.

 Nogueira (2006) ressalta que a horta além de trazer inúmeros benefícios para a escola, assume um papel importante no resgate da cultura alimentar, relembrando a importância de se ter uma alimentação saudável, quando dela se faz parte às hortaliças.   A maioria das verduras e dos legumes são fontes de vitaminas, minerais e fibras. Dentre as vitaminas, destacam-se a vitamina C, as vitaminas do complexo B e a pró-vitamina A (betacaroteno), presente em vegetais amarelos e amarelo-alaranjados. Nos minerais, destacam-se o ferro, o cálcio, o potássio e o magnésio. Fibras solúveis e insolúveis são encontradas em diversos tipos de hortaliças (PHILIPPI, 2003).  Desta forma, além da alimentação saudável, ensinar Ciências deve partir do conhecimento cotidiano.            

 A Ciência está no dia-a-dia da criança de qualquer classe social, porque está na cultura, na tecnologia, no modo de pensar (ALVES, 2001). Certas idéias, ainda que rudimentares, podem construir excelentes pontos de partida para que o aluno se oriente de forma cientificamente correta. Considerando que o professor pretenda, com seus alunos, desenvolver um conceito preliminar de ser vivo, ele poderá planejar atividades de ensino por meio dos quais os alunos explorem os conhecimentos prévios adquiridos a partir de experiências cotidianas de maneira que, tais conhecimentos sejam confirmados ou não, complementados, ampliados, retificados e ou modificados (NARDI, 2002). No sentido da busca de atividades alternativas ao “gradeamento” da educação ambiental no currículo, a horta escolar se apresenta como um “ecossistema”, onde educando, professores, funcionários da escola e comunidade podem trabalhar de maneira autônoma, solidária e cooperativa em favor da aprendizagem de todos, auxiliado também na cultura alimentar.

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