ASSENTAMENTO DOS GUARDIÕES
Por: Ademir Filho • 1/5/2016 • Projeto de pesquisa • 1.955 Palavras (8 Páginas) • 275 Visualizações
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ASSENTAMENTO DOS GUARDIÕES
Há duas formas básicas de como você pode assentar seus guardiões. A primeira e a forma considerada como mais simples é por meio da “Porteira”. Normalmente esta porteira se constitui numa prateleira afixada na parede, do lado esquerdo em frente à casa. Normalmente se utiliza uma porteira quando não há condições primárias de se ter uma tronqueira. Ali na porteira, costuma-se assentar a Divindade, o orixá ou o santo protetor da casa. Contudo, recomenda-se na verdade, o assentamento dos guardiões por meio de uma “Tronqueira”.
Diferente da porteira, que é algo bem mais simples, a tronqueira consiste numa casinha ou num pequeno oratório onde são assentados os guardiões da sua casa. No meio assenta-se a Divindade, o orixá ou santo protetor e ao lado dele, os seus guardiões, a guardiã do lado esquerdo e o guardião do lado direito. É preciso deixar claro que a tronqueira não é altar, muito menos um panteão, trata-se apenas de um ponto energético firmado na sua casa, que receberá e canalizará constantemente a energia negativa produzida pelo seu altar a fim de direcioná-la para a proteção, guarda e defesa da mesma.
FORMAÇÃO DO PANTEÃO PESSOAL
Para iniciar a formação do seu panteão pessoal, você primeiramente precisa saber quem são seus pais Divinos e em que linha eles se situam. Se seus pais Divinos estiverem ligados à terra a natureza, como Oxóssi ou Diana, certamente eles pertencem à linha verde, a primeira coisa a fazer é estabelecer a sua linha verde como a principal, colocando as representações de seus pais Divinos como os Deuses Supremos do seu panteão. Normalmente nesses casos, os pais Divinos não aceitam a inclusão de uma linha branca no panteão pessoal, salvo em raras exceções, quando se trabalha esses Deuses apenas na questão de lideranças profissionais.
Contudo, na grande maioria dos casos, os pais Divinos não aceitam nem a linha branca e nem os seus respectivos Deuses. No seu panteão, seus pais Divinos são os próprios Deuses supremos. Outra linha que normalmente não se faz inclusa dentro do seu panteão pessoal, é a sua linha contrária. Se você possui a linha verde como principal, definitivamente não é viável que você inclua uma linha vermelha ou uma linha anil, pelo fato de ambas serem nocivas ao seu elemento terra. Os próprios Deuses das respectivas linhas são Deuses contrários, e quando a energia contrária se faz presente em seu panteão, isso pode trazer sérias consequências desarmônicas.
Mesmo que seus pais Divinos não tenham aceitado a presença da energia contrária em seu panteão, isso não quer dizer que você é proibido de treiná-la. Entretanto, para isso aconselha-se a criação de outro altar. Um altar menor e que se posicione no sentido contrário do seu altar principal. Ali você pode depositar todas as representações de seus Deuses contrários, onde você também poderá treinar essa energia. Além das representações das Divindades, você deve colocar um material representando cada elemento: vela para fogo, flores para terra, incenso para ar e cálice para água. Representando o elemento espírito no seu altar, o ideal é que você utilize um sino.
As cores predominantes devem estar relacionadas com a representação que você está usando para seus pais Divinos. Por exemplo: se você estiver usando uma imagem de Osíris, em branco, dourado e verde, essas serão suas cores predominantes em seu altar.
LINHAS DO PANTEÃO – SUAS CORES E ENERGIAS
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Linha Negra – normalmente ligada às Divindades do submundo, ela serve como uma linha básica de bloqueio e proteção.
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Linha Marrom – esta linha se refere mais resumidamente ao sacerdócio e a justiça, seja humana ou Divina. É também uma linha de conhecimento.
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Linha Vermelha – considerada como a “Linha da Atração”, ela se refere à vida sexual, ao elemento fogo e também ao sangue.
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Linha Laranjada – esta é a “Linha das Virtudes”, da paciência, da abnegação, do sacrifício... Vida espiritual muito ligada ao Divino.
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Linha Beje – voltada para a cura, seja ela física ou espiritual. Ligada ao corpo humano e ao elemento terra. Vida material muito ligada ao Divino.
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Linha Rosa – conhecida como a “Linha do Amor”, esta linha se destina às emoções e aos sentimentos amorosos.
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Linha Cinza – esta corresponde à linha do equilíbrio e do meio termo. Mas também pode ser a linha do elemento espírito, por isso relacionada com as almas, com as sombras e com as entidades espirituais em geral.
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Linha Verde – se resume como uma linha voltada para a vida material, para saúde, para bens materiais, cursos, estudos, preparatórios, emprego, trabalho, etc...
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Linha Amarela – trata-se da linha da alegria e da felicidade. Mas também pode ser utilizada como aquela responsável pelas finanças, dinheiro e prosperidade (nesse caso um amarelo mais próximo do dourado).
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Linha Azul – ligada a comunicação, a linha azul pode ser usada como uma linha de boas relações, sejam elas familiares ou sociais, como também é uma linha para um melhor futuro e excelente destino.
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Linha Anil – pode remover obstáculos, abrir caminhos e vencer demandas. É uma linha que pode estimular a vidência ou qualidade de visionário (a) e auxiliar a mente em suas muitas funções.
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Linha Lilás – ligada ao submundo ou as Divindades anciãs, esta é a linha da evolução, muito voltada à quebra de carmas negativos. Estimula a mente para o âmbito espiritual, mediunidade com todos os seus dons
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Linha Branca – voltada como uma linha para a paz, harmonia e principalmente liderança e espiritualidade elevada. Na maioria das vezes, ligada aos Deuses Supremos, auxilia em casamentos e novos ciclos.
NÚMERO DE LINHAS DE UM PANTEÃO
Para formação do seu panteão pessoal é imprescindível que você compreenda que não é adequado você constituir um panteão em número par. Isso resulta na formação de um panteão onde as polaridades positivas e negativas ficam salientes. O ideal é você trabalhar apenas a sua polaridade, que nesse caso, ao estar isolada, não se trata exatamente de uma polaridade, mas apenas de uma energia, visto que ela só se torna uma polaridade, quando há a sua outra parcela, que a complementa. As polaridades de um altar também acabam redundando em um panteão de gêneros, masculino e feminino. Para a nossa tradição, um altar e um panteão de número impar, retrata sempre a sua particularidade e a sua singularidade. Nesse caso, assim como não há distinção de polaridades, não haverá distinção de gênero, e com isso cumprimos com uma das crenças básicas da nossa tradição: “não apenas o masculino e o feminino são sagrados. Desde o mineral, o vegetal e o animal, tudo é sagrado”.
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