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ATIVIDADE DO CAPÍTULO XVIII DA OBRA LEVIATÃ, DE THOMAS HOBBES

Por:   •  1/9/2016  •  Exam  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  865 Visualizações

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Atividade do Capítulo XVIII da obra Leviatã, de Thomas Hobbes

  1. Porque há necessidade de Estado?

Segundo Hobbes, a existência do Estado é necessária para que o homem tenha o conforto e a segurança almejada, sendo que tais desejos só podem ser alcançados se o Estado criar leis e, através delas, conseguir pôr fim ao estado de guerra. Cabe ao Estado a função de transformar as leis da natureza em leis civis, estabelecer regras a serem seguidas pelos cidadãos e fiscalizar o cumprimento delas, logo, coíbe a manifestação agressiva do homem e, por meio da obrigatoriedade de cumprimento das regras e das leis, possibilita às pessoas uma melhor qualidade de vida em sociedade.

  1. De que forma o autor caracteriza o conflito entre “Leis da Natureza” e “Paixões Naturais”?

As “Leis da Natureza” são leis cujo cumprimento não é obrigatório, de modo que cada indivíduo escolhe o momento que quer respeitá-las e o momento que não acha necessário, visto que só as respeitam quando podem fazer isso com segurança. Tais leis são representadas pela justiça, piedade, modéstia, equidade, entre outros. Em resumo, as “Leis da Natureza” podem ser caracterizadas como um pensamento coletivo, ou seja, não pensar apenas em si e fazer aos outros somente aquilo que queremos que façam para nós. As “Paixões Naturais” por sua vez, são representadas pela inveja, egoísmo, orgulho, vingança, competição, logo, conclui-se que as “Paixões Naturais” são, basicamente, um modo de pensar individualista, onde não há uma preocupação com as demais pessoas. Segundo Hobbes, tanto as “Leis da Natureza” quanto as “Paixões Naturais” são intrínsecas aos homens, no entanto, quando os interesses pessoais de alguém são ameaçados, as “Paixões Naturais” prevalecem.

  1. Quais os argumentos apresentados por Hobbes para refutar a tese Aristotélica de que naturalmente o homem é um animal social político?

Hobbes apresenta seis argumentos em oposição à tese de Aristóteles, o primeiro é que entre as criaturas políticas não há guerra e, entre os homens, pelo fato de haver constantes competições quanto à honra e a dignidade, surge o ódio e a inveja, ambos resultando em uma situação de guerra. O segundo argumento é baseado no fundamento de que tais criaturas não distinguem o bem comum do bem individual, de modo que mesmo tendendo ao bem individual, por fim, acabam promovendo o bem comum e, o homem por sua vez, só encontra a felicidade e o prazer na comparação com outros homens, mais especificamente nas diferenças que o tornam superiores em relação aos demais. O terceiro é uma alegação de Hobbes sobre o uso da razão, ou seja, as criaturas políticas de Aristóteles são irracionais e por isso não veem e nem julgam ver erros na administração da sua existência comum, enquanto entre os homens há uma disputa de sabedoria e capacidade de exercer o poder público, de modo que, com cada um pensando de uma maneira diferente o resultado obtido é um país que acaba por ser levado à desordem e à guerra civil. O quarto argumento proposto expõe que essas criaturas carecem da arte das palavras, a qual os seres humanos possuem e utilizam de diferentes modos, resultando em descontentamento entre os homens e perturbando a paz em que vivem. O quinto raciocínio de Hobbes para contestar Aristóteles apresenta as criaturas irracionais como seres incapazes de diferenciar injúria de dano, de modo que, quando se sentem satisfeitas, não se ofendem com seus semelhantes e, em oposição a elas, o homem tende a implicar mais a medida que se sente mais satisfeito, pois tem uma tendência de querer mostrar sua sabedoria e controlar as ações dos governantes do Estado. E, por último, Hobbes relata que um acordo entre as criaturas descritas por Aristóteles ocorre naturalmente e, entre os homens, artificialmente, ou seja, só surge por meio de um pacto.

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