As Dimensões de Vulnerabilidade
Por: wdamp • 28/7/2021 • Dissertação • 506 Palavras (3 Páginas) • 140 Visualizações
O transporte rodoviário no Brasil teve impulso a partir do início do século XX, com a iniciativa do então presidente Juscelino Kubitschek cujo bordão era “governar é abrir estradas”, seu objetivo era atrair industrias automobilísticas. De forma análoga, atualmente, essa modalidade de locomoção ainda é predominante, no entanto o grande problema é que é um meio caro e que exige manutenção regular além de dificultar o escoamento de produtos, outro fato é que nos grandes centros a falta de estrutura e organização das cidades gera congestionamento, o que influencia diretamente na qualidade de vida e tempo dos cidadãos brasileiros. Nesse contexto, cabe um olhar mais atento aos diferentes modais de transporte e as diferentes alternativas de locomoção de pessoas para facilitar a mobilidade urbana.
Em primeira análise, os diferentes tipos de transporte em concomitância são alternativas eficientes para interligar as mais distantes regiões do país. A dependência do Brasil no modelo rodoviário se mostrou um tanto quanto preocupante com a greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio de 2018, uma vez que tudo foi paralisado. O escoamento de mercadorias pelas vias além de ser caro, também favorece o inchaço nas rodovias e consequente aumento no número de acidentes. Uma possível solução seria o uso de ferrovias, a malha brasileira totaliza quase 30.000 KM de extensão, todavia muitas delas como o exemplo da Transnordestina, que abrange 3 estados, encontra-se abandonada e em estado de sucateamento. Outro meio em destaque é o hidroviário, seu custo é relativamente mais baixo que os demais e mais sustentável, principalmente na região Norte.
Além disso, outras opções como a qualificação do transporte público e locomoção através de ciclovias fazem-se úteis para a melhora na qualidade de vida e tempo. O Reino Unido é considerado um dos países com o melhor sistema de transporte coletivo, isso interfere diretamente na diminuição do número de carros e fluidez no trânsito. Porém, no Brasil investimentos acerca da melhora desses sistemas são escassos e a organização física das ruas não tem o devido planejamento, como por exemplo a ausência de faixas exclusivas para ônibus. A cidade de São Paulo realizou projetos para a criação de novas ciclovias, para incentivar o uso de bicicletas e não só amenizar o número de veículos, como também diminuir os índices de poluição. Entretanto o entrave são os motoristas que não respeitam as vias e ultrapassam o limite de velocidade, é comum a divulgação de notícias relacionadas ao atropelamento de ciclistas.
Portanto, a utilização de diferentes modais de transporte interligados e a utilização e melhora de transportes coletivos são alternativas para se combater os desafios da mobilidade urbana, visando a uma melhor qualidade de vida e tempo. Diante disso, faz-se necessário que o governo, alinhado a empresas privadas, ampliem e concluam obras que estão paradas e se utilizem das vantagens hidrográficas que o país possui. Outrossim, cabem as prefeituras, alinhadas ao estado, melhorar os transportes públicos, assim como as vias, ampliando também a criação de ciclovias. Somente assim os cidadãos brasileiros poderão ter sua locomoção facilitada.
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