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As Notas Sobre Politica Agamben

Por:   •  8/7/2022  •  Artigo  •  462 Palavras (2 Páginas)  •  99 Visualizações

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Notas sobre a Política – Giorgio Agamben

Inicialmente, o autor destaca que em oposição ao que ele chamou de “filosofia política digna” foram extirpados dois obstáculos que se imporiam contra o estabelecimento da referida filosofia, quais sejam, a queda do partido comunista soviético e o avanço da dominação capitalista sob o globo terrestre, o que o autor chama de “dominação sem véus em escala planetária do estado democrático-capitalista”. 

Continuando, o autor faz referência a chamada “grande transformação[1] onde todos as formas de estado seguem em direção ao “estado espetacular integrado” já sendo referência ao trabalho produzido por Guy Debord, acerca da sociedade do espetáculo, como este nomeou sua teoria que trata acerca da alienação consequente do modo capitalista de organização social, implantado principalmente após a chamada grande transformação.

Outrossim, que tais circunstâncias são o “grau último” da forma de estado, ademais, o autor narra que tal transformação modificou os termos soberania, nação, povo, democracia e vontade geral, sendo que essa modificação nada tem conexão com os conceitos que anteriormente se tinha e narra que quem destes termos se utiliza de modo acrítico, não está de acordo com o que profere.

Percebe-se que o autor retrata uma situação que torna menos efetivos conceitos anteriormente estabilizados e agora tomam movimentos contrários ao anteriormente aceito como verídico, novos conceitos eivados de nulidade, onde a política contemporânea passa a ser vazia em seus conceitos humanitários.

O texto trás referências de compreensão complexa, entretanto, fica claro o pensamento de necessidade de reavaliação da ação política, onde urge um pensamento que leve em conta pensadores que pensam a linha do tempo da sociedade, como Marx, Hegel e Heidegger. 

Ademais, o autor sugere que os conceitos tradicionais de soberania e poder constituintes, estes consagrados em diversas cartas magnas, devem ser abandonados ou amplamente repensados. Entretanto, conceitos como soberania pode aglutinar em sua representação substantivos como violência e direito natural.

Logo, o autor vai evidenciando como conceitos antagônicos como os supracitados, podem ser componentes do declínio do estado, desta forma, o estado na verdade representa uma estrutura de soberania e dominação, com alicerces na sociedade de consumo e individualismos, narra-se que os autores célebres sobre o tema soberania, como Carl Schmit.

Outrossim, o autor cita que uma nova sociedade, com valores e ética, não se desenvolve por conta do que este chama de “massas planetárias de consumidores”, pois, esses não dispõem de percepção crítica que fomente uma sociedade verdadeiramente igualitária e sem os impactos da outrora citada “grande transformação”.

Aluno – Gabriel Matheus Serra Maia de Souza.


[1] Grande transformação faz referência a sociedade de mercado, concepção social que marca a diferenciação entre as mentalidades econômicas de reciprocidade e redistribuição e a nova concepção globalista do capital, sendo esta a grande transformação, um dos autores destaque desse campo é o filósofo húngaro Karl Polanyi.

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