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As populações rurais e sua posição no debate sociológico

Por:   •  21/2/2017  •  Abstract  •  668 Palavras (3 Páginas)  •  94 Visualizações

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As populações rurais e sua posição no debate sociológico.

O presente texto não pretende abordar a questão acerca das populações rurais dentro do discurso da sociologia de forma aprofundada, mas somente de maneira quase que estritamente descritiva, elucidar e trazer pontos ao debate; tentando compreender como a sociologia, e, especificamente a sociologia rural se debruçou sobre essas populações rurais como seu objeto; empreendendo um diálogo direto com a crítica colocada pelo Professor José de Souza Martins em seu texto intitulado “O futuro da sociologia rural e sua contribuição para a qualidade de vida rural”.

O posicionamento da sociologia quando se dedica ao estudo das populações rurais foi a priori sempre fundado num determinado campo de perspectiva, assim, em outras palavras a determinação da sociologia rural, foi a de um caminhar a serviço da difusão de um modelo de inovação que nunca acompanhou valores sociais includentes, emancipadores e de fato libertadores. Nessa primeira constatação se apresenta um profundo desencontro entre essa sociologia empreendida em meio rural e a populações rurais cujo objeto é dedicado. As diferentes vias abarcadas pela sociologia rural defrontaram-se com dificuldades em romper com uma ótica determinada que cunhava as populações rurais como populações retardatárias no curso da história e de um novo modelo de desenvolvimento econômico, segundo a constatação de Martins, as populações rurais em seus meios eram percebidas como supostas ilhas de primitivismo ao programa da modernidade, muito em fator do próprio cerne, num primeiro momento, de tal sociologia ter sido mais uma sociologia da ocupação agrícola e da produtividade do que uma sociologia de caráter realmente rural; uma sociologia do conflito entre o agrícola pelo rural e não uma sociologia que se atinha ao modos de viver e de ser do meio rural, mediados por implicações na esfera do processos sociais e históricos.

Tomando o mundo rural como campo de seu aprofundamento, a sociologia rural o faz não somente como seu objeto, mas em uma postura como de um antagonismo, do que numa postura que exige uma neutralidade axiológica. Uma ciência onde o pano de fundo sempre se encontrava o projeto da modernidade e seus processos, onde o caráter único de compreensão não acompanhava os desdobramentos dos processos de modernização no meio rural, efeitos esses muita das vezes resultando em destruição.

A modernização se mostrou um valor inerente à sociologia rural, e principalmente, entre os sociólogos rurais, mas entre as populações rurais os processos engendrados por essa dada modernização encaminharam a não-identificação com tais valores; a modernização frequentemente significa desemprego, desenraizamento, desagregação de famílias e comunidades etc.

A sociologia rural foi subvertida de forma cabal por um compromisso com a modernização econômica do meio rural, onde equivocadamente se alinha a um falso pressuposto ao qual tal processo acarreta em uma modernização social, e o bem estar das populações rurais. Sendo essencial para se romper com essa visão uma postura critica, com riscos de marginalização, para que a critica por parte de sociólogos rurais desafiasse esse compromisso. Reconhecendo o meio onde essas populações vivem como uma realidade onde a criatividade, a inovação já estavam

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