Classes e Movimentos Sociais no Brasil e Movimentos Sociais e Serviço Social
Por: Mirian Barriento • 15/5/2020 • Trabalho acadêmico • 1.339 Palavras (6 Páginas) • 295 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
Mirian Maria dos Santos Barriento, RU: 1617619
MOVIMENTOS SOCIAIS
CICLO I –MODULO A – FASE II
Classes e Movimentos Sociais no Brasil e
Movimentos Sociais e Serviço Social
CURITIBA - PARANÁ
2017
Mirian Barriento, RU: 1716619
MOVIMENTOS SOCIAIS
CICLO 1 - MÓDULO A - FASE 1
Relatório do Portfólio do Ciclo 1 - Módulo A - Fase II apresentado para fins de avaliação nas disciplinas Classes e Movimentos sociais no Brasil e Movimentos Sociais e Serviço Social do Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário Internacional - Uninter.
Tutor Local: Simone Cristina
Centro Associado (PAP): Edusol Catedral
CURITIBA - PR
2017
1_ INTRODUÇÃO
O portfólio é uma atividade/produção acadêmica que integra o processo de avaliação do aprendizado e que tem como objetivo estimular a melhora na produção e no entendimento de textos por parte do aluno, permitindo a ele expressar seu conhecimento em relação ao conteúdo das disciplinas ofertadas no curso. Este tipo de trabalho é importante na área do serviço social, pois oportuniza o desenvolvimento da capacidade de análise e avaliação de fenômenos sociais e faz com que o estudante autoavalie seu desempenho referente às disciplinas.
O tema abordado nas disciplinas deste ciclo-módulo-fase do curso, para os fins do portfólio, é o [a]Movimentos Sociais.
Assim, este trabalho apresenta uma pesquisa sobre o conceito de movimentos sociais e sua inserção social nos espaços sociais.
Este trabalho contém a descrição da visita realizada ao movimento Grupo Dignidade.
2_ DESENVOLVIMENTO
Movimentos sociais podem ser definidos pela ação de um grupo organizado na sociedade que tem como objetivo fazer mudanças ou defender as instituições da sociedade.
Na atualidade, podemos ver novos movimentos sociais que vêm surgindo como uma forma de intervenção devido ao advento de novas formas de conflitos de interesses ou necessidades de certo grupo.
Atualmente, com a tecnologia, os meios de comunicação vêm colaborando com a divulgação dos movimentos sociais, fazendo com que cresçam em popularidade, abrangência e em capacidade de articulação.
Os movimentos sociais contribuem para a ampliação dos direitos e estendem a cidadania a todos os indivíduos.
ParaTouraine (2004 apud MÜLLER, 2013, p. 70)
Movimento Social: são ações coletivas não orientadas por valores conscientes. Definem-se pelo confronto de interesses opostos, um contramovimento, cujos adversários possuem um conjuntos de símbolos de comunicação em comum (Touraine, 2004, p.291). O movimento social é formado pela conjunção de três princípios: da identidade, de oposição e da totalidade.
E, segundo Gohn (2011), pode-se citar
(...) definições já clássicas sobre os movimentos sociais como suas características básicas; Possuem identidade, tem opositor e articulam ou fundamentam-se em um projeto de vida e de sociedade. Historicamente, observa-se que têm contribuído para organizar e conscientizar a sociedade; apresentam conjuntos de demandas via práticas de pressão/mobilização; têm certa continuidade e permanência. Não são só reativos, movidos apenas pelas necessidades (fome ou qualquer forma de opressão); podem surgir e desenvolver- -se também a partir de uma reflexão sobre sua própria experiência. Na atualidade, apresentam um ideário civilizatório que coloca como horizonte a construção de uma sociedade democrática. Hoje em dia, suas ações são pela sustentabilidade, e não apenas autodesenvolvimento. Lutam contra a exclusão, por novas culturas políticas de inclusão. Lutam pelo reconhecimento da diversidade cultural. Questões como a diferença e a multiculturalidade têm sido incorporadas para a construção da própria identidade dos movimentos. Há neles uma ressignificação dos ideais clássicos de 337 Movimentos sociais na contemporaneidade Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-ago. 2011 igualdade, fraternidade e liberdade. A igualdade é ressignificada com a tematização da justiça social; a fraternidade se retraduz em solidariedade; a liberdade associa-se ao princípio da autonomia – da constituição do sujeito, não individual, mas autonomia de inserção na sociedade, de inclusão social, de autodeterminação com soberania.
3_ Entrevista
No dia 11 de maio de 2017, na sede do Grupo Dignidade de Curitiba, entrevistei o Sr. Lucas Siqueira Dionisio, diretor administrativo.
O Grupo Dignidade é o segundo grupo LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) mais antigo do Brasil que continua em atividade. Foi fundado em 14 de março de 1992, pelo casal homossexual Toni Reis e David Harrad, com a intenção de defender a cidadania e os direitos humanos da população LGBTs
O grupo é organizado em três áreas: desenvolvimento organizacional, interação com a comunidade e advocacy e políticas públicas.
No desenvolvimento organizacional, são feitos os trabalhos administrativos, tais como: atendimento psicológico e orientação jurídica para a comunidade, projetos sociais e ajudas para os menos favorecidos.
A interação com a comunidade são os projetos, campanhas, eventos, reuniões com a população, palestras e encontros relacionados com a história do movimento LGBTs e da prevenção a AIDS.
Advocacy e políticas públicas são as relações do Grupo Dignidade com o governo, seja ele municipal, estadual ou nacional, para que se consiga desenvolver politicas publicas e leis que defendam a cidadania LGBTs.
A principal pauta do Grupo é a busca dos direitos humanos e civis, cidadania da comunidade LGBT, busca de direito ao casamento, a adoção, a ter uma família homoafetiva e poder frequentar escolas sem que sofram discriminação.
Recentemente, o Grupo, em parceria com a UFPR, realizou uma pesquisa sobre o ambiente educacional no Brasil, concluindo que
Os principais resultados do levantamento apontam que 60% dos estudantes se sentiram inseguros na escola no último ano, por serem LGBT; que 73% foram agredidos verbalmente no mesmo período e pelo mesmo motivo; enquanto outros 36% foram agredidos fisicamente. Também 36% dos estudantes relataram que consideram ineficaz a resposta dada pelos profissionais para impedir as agressões; e 39% dos entrevistados afirmaram que nenhum membro da família foi procurado por alguém da equipe de profissionais da escola quando o estudante sofreu a agressão ou violência no ambiente escolar. (SANTANA, 2016)
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