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Estudos socioeconômicos

Por:   •  11/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  915 Palavras (4 Páginas)  •  1.332 Visualizações

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Resenha

Autor (a): Regina Célia Tamaso Mioto

Título: Estudos socioeconômicos.

Fonte: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. 1ª ed. CFESS / ABEPSS

Ano: 2009

Local: Brasília

Páginas: Versão eletrônica (02-19)

Aluna: Letícia Ferreira Fraga

Matrícula: 14/0091173

Introdução

O texto apresenta os estudos socioeconômicos como parte integrante das ações profissionais dos assistentes sociais que se encontra na Lei n. 8.6662. Abordando que tais estudos não mantiveram o mesmo significado e direção na trajetória do Serviço Social. A autora utiliza o método histórico-estrutural para explicar como os estudos socioeconômicos foram modificados à medida que a profissão se transformou, além de esclarecer o que são, para que são, onde acontecem e os sujeitos dos estudos socioeconômicos.

Desenvolvimento

Na trajetória do Serviço Social, o texto apresenta, que com o desenvolvimento técnico da profissão, em seu início, utilizava-se o método de tratamento realizando estudo de caso e posteriormente diagnóstico e tratamento. Nessa perspectiva a desigualdade social era vista como natural, orientada pelo positivismo/funcionalismo, responsabilizando os próprios indivíduos por suas condições.

A partir do avanço teórico-metodológico e com a construção do projeto ético político da profissão os estudos socioeconômicos ganham uma nova forma e as demandas postas aos assistentes sociais “são interpretadas como expressões de necessidades humanas básicas não satisfeitas, decorrentes da desigualdade social própria da organização capitalista.”(MIOTO, 2009, p. 5), além da perspectiva crítico-dialética apontar que as soluções dos problemas dos sujeitos singulares só se efetivam com a superação do modo de produção capitalista. “Tal redimensionamento impõe uma nova lógica aos estudos socioeconômicos, e eles passam a ser entendidos como ações significativas no processo de efetivação, garantia e ampliação de direitos fundamentais e no enfrentamento das expressões da questão social.” .”(MIOTO, 2009, p. 5)

A teoria crítica redimensiona a prática dos estudos socioeconômicos que passam a se realizar adotando a perspectiva da totalidade (observando e analisando diferentes aspectos da vida social) e da garantia de direitos. Assim, os estudos sociais subsidiam pareceres sociais que são instrumentos de viabilização de direitos. A sistematização e análise do conjunto de informações contidas no conjunto dos estudos pode impactar tanto a gestão e o planejamento de programas e serviços, como a formulação de políticas sociais.  

Os estudos sociais são realizados em diversos “espaços sociocupacionais presentes na organização dos mais variados serviços e programas vinculados às políticas públicas, ao judiciário de maneira geral, as organizações privadas e também às organizações nãogovernamentais (ONGs).” (MIOTO, 2009, p. 7). Tais estudos são estruturados a partir dos sujeitos, instrumentos técnico-operativos e pela produção de documentos.

Operacionalmente, os estudos socioeconômicos/estudo social podem ser  como o processo de conhecimento, análise e interpretação de uma determinada situação social. Sua finalidade imediata é a emissão de um parecer [...]. Essa finalidade é ampliada quando se incluem a obtenção e análise de dados sobre as condições econômicas, políticas, sociais e culturais da população atendida em programas ou serviços, partir do conjunto dos estudos efetuados como procedimento necessário para subsidiar o planejamento e a gestão de serviços e programas, bem como a reformulação ou a formulação de políticas sociais. (MIOTO, 2009, p. 9)

Os estudos sociais se realizam, via de regra, a partir de demandas de um determinado sujeito que chega a um programa ou serviço. (MIOTO, 2009, p. 9) Devem ter o conhecimento da situação e as condições de vida do demandante. A família aparece como núcleo de referência dos indivíduos, na realização dos estudos sociais é importante conhecer as formas assumidas pelas famílias, analisando “como ela exerce a proteção social de seus membros e como o Estado/Sociedade provê suas necessidades.” (MIOTO, 2009, p. 10) De acordo com Mioto (2009) o conhecimento dos sujeitos envolvidos é importante para adoção de posturas profissionais, formas de abordagem e instrumentos que estruturem a ação profissional. Sendo necessário aproximar-se da realidade social dos sujeitos demandantes da ação para compreender com precisão a sua situação e poder analisá-la, avaliá-la ou emitir um parecer sobre ela.

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