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Fichamento: Identidades trans* em pauta: Representações sociais de transexuais e travestis no telejornalismo policial brasileiro contemporâneo.

Por:   •  1/12/2016  •  Ensaio  •  1.821 Palavras (8 Páginas)  •  446 Visualizações

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Fichamento: Identidades trans* em pauta: Representações sociais de transexuais e travestis no telejornalismo policial brasileiro contemporâneo.

"Este trabalho de conclusão de curso, uma monografia, tem como objeto de estudo a representação de identidades trans* no telejornalismo policial brasileiro. " (P. 5).

"O objetivo é observar como estes sujeitos são representados em programas policiais do telejornalismo brasileiro." (P. 5).

"...os sujeitos têm diferentes núcleos de identificação com diferentes grupos e que a mudança estrutural das sociedades está fragmentando as classes sociais, de gênero, sexualidade, etnia, entre outras, que antes forneciam sólidas identificações dos sujeitos. " (P. 14).

"Partindo desse pressuposto entendemos que a identidade na pós-modernidade apresenta várias configurações possíveis, sendo a identidade de gênero uma delas." (P. 14).

" ...quando falamos em identidade de gênero, nos referimos a essas sensações que estão dentro de cada um de nós e que podem vir para fora ou não. Sentimos pertencer ao gênero masculino ou feminino, que somos homens ou mulheres." (P. 14).

"É importante destacar também que nossos gêneros se constituem nas nossas relações e são significados pela cultura e despregados dos sexos biológicos..." (P. 14).

"...embora saibamos que culturalmente sempre estarão referidos a eles, já que temos valores diferentes para feminino e masculino e atribuímos valores de comportamentos e funções diferentes para cada gênero em cada cultura." (P. 14).

"O outro é fundamental neste processo de reconhecimento das identidades. É por meio dos outros que somos aceitos e ganhamos um significado na sociedade. " (P. 15).

"O processo de feminilização das transexuais entra neste contexto de construção, afirmação e reconhecimento desta identidade dentro da sociedade que valoriza muito os corpos como identificadores de pessoas." (P. 15).

"Entendemos que o processo de construção da identidade é algo complexo, que depende da aceitação do outro, das expectativas da sociedade para cada tipo de identidade e que a identidade de gênero faz parte desta construção social também." (P. 15).

"... a identidade é realmente algo formado, ao longo do tempo, através de processos inconscientes, e não algo inato, existente na consciência no momento do nascimento." (P. 15).

"O tema se torna complexo especialmente pela confusão que se cria em torno dos termos: sexualidade, gênero, sexo biológico, papéis de gênero e, por fim, identidade de gênero. " (P. 16).

"Sexo biológico se refere ao genital que portamos quando nascemos, sendo ele já portador de um conjunto complexo de significados, remetendo por si só ao paradigma masculino/ feminino; orientação sexual se define por qual sexo temos interesse, sejamos hétero, homo, ou bi." (P. 16).

"Os papéis sociais de gênero são o conjunto de expectativas socialmente atribuídas e construídas para cada indivíduo." (P. 16).

"Gênero, por fim, se refere genericamente ao masculino e feminino, de acordo com aspectos físicos, identidade psicológica e papéis definidos pela sociedade." (P. 16).

"Para Costa a transexualidade se situa no conceito de identidade de gênero, comentando que “Um exemplo extremo de inadequação da identidade de gênero ao corpo biológico de nascimento são os transexuais. Para eles, o corpo “é de um sexo e a alma é do outro"" (P. 16-17).

"Portanto, a identidade de gênero se interliga com todos esses temas, mas não é necessariamente fruto de um ou outro fator." (P. 17).

"...a identidade de gênero não é dependente do fator biológico, ou seja, uma transexual que nasce homem, mas que se sente mulher e adota o corpo e comportamentos ligados ao gênero feminino não está fadada a ser um homem pelo resto da vida." (P. 17).

"As transexuais e travestis adotam o papel de gênero feminino no momento em que assumem a identidade de gênero que se identificam." (P. 18).

"Elas podem se inspirar em performances de corpo femininas, enfim, tudo aquilo que faz parte historicamentedo universo feminino, para adequar-se a sua identidade. " (P. 18).

"Esses papéis são estabelecidos pela sociedade, que dita uma linha comum que homens e mulheres devem seguir em termos de comportamento, no mundo a maior parte das relações é de gênero e pouco envolve a sexualidade propriamente dita. " (P. 18).

"A orientação sexual é também um dos fatores do desenvolvimento do indivíduo, mas não pode ser confundida com a identidade de gênero." (P. 18).

"O universo trans* pode ser entendido dentro dos estudos de gênero, papéis de gênero e principalmente identidade de gênero, mas por si só é um universo singular que contém diversas denominações e diferenciações, como as que se fazem entre travestis, transexuais, dragqueens, entre outros." (P. 18).

"As identidades trans* ainda são consideradas patologias pela medicina, de acordo com Classificação Internacional de Doenças, que as categoriza como transtornos da identidade sexual mesmo com a luta dos movimentos trans* pela despatologização destas identidades." (P. 18 - 19).

"A distinção entre travesti e transexual ainda está muito ligada à cirurgia de mudança sexual, e não necessariamente à identificação de um indivíduo que nasceu de um sexo biológico com o outro sexo. " (P. 19).

"Maluf conceitua travestis como indivíduos que querem parecer mulheres, que têm esse sentimento dual de pertencimento aos dois gêneros e que começam uma transformação mais intensa no corpo." (P. 19).

"O desejo ou não de fazer uma cirurgia não nos parece tão fundamental quanto à identificação com o sexo oposto." (P. 19).

"Os processos pelos quais travestis e transexuais passam para copiar um modelo feminino, no que diz respeito ao corpo, com aplicação de silicone, ingestão de hormônios femininos e diversas técnicas mais superficiais como depilação, mostram que o desejo de ter um corpo que condiz com a identidade de gênero feminina pode ser um fator mais relevante que a cirurgia como um passo final." (P. 19).

"A cirurgia e mudanças corporais advindas por meio de ingestão de hormônios femininas é um dos passos mais fundamentais na transformação das transexuais como podemos ver, já que por meio dessa mudança elas se adequam

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