Fichamento do artigo territorio de identidade
Por: Kaick Wanderley • 16/10/2015 • Resenha • 797 Palavras (4 Páginas) • 503 Visualizações
Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Pernambuco
Campus – Belo Jardim
Curso: Licenciatura em Música
Disciplina: Português Instrumental
Prof.(a): Ana Paula Sá
Aluno: Efrem Kaick W. de Siqueira
FICHAMENTO DO ARTIGO: TERRITORIO DE IDENTIDADE
O organização do artigo foi estruturado em 3 bases, a primeira parte do texto busca-se uma pequena discussão sobre fundamentações teóricas das noções de território e de sua importância para fazer cultura, na segunda parte a discussão que havia sido iniciada é ampliada e ganha novos vínculos e outras temáticas são abordadas enriquecendo assim a discussão sobre territorialidade, e por fim é mostrado exemplos de abordagens que possuem relações com o tema central. A intenção do texto não é apenas trazer pontos teóricos para refletirmos sobre cultura e território, e sim fazer com quem está lendo crie questionamentos e debates sobre o quanto as práticas culturais do nosso dia-dia estão ligadas ao espaço e a região onde vivemos.
Existem várias linhas de discussão sobre a prática cultural em nosso pais, cada vez mais devemos estar atentos a novas formas de fazer cultura, e entender que a região onde moramos só serve de fato para caráter geográfico. Em uma pequena reflexão sobre território trazendo para um olhar cultural, dois lados são abordados, a horizontalidade que é a continuidade territorial, e o contagio pelo contato, e a verticalidade que é o oposto da horizontalidade, que são territórios caracterizados por ambientes que não possuem continuidade, as autoras trazem ainda para a reflexão as concepções de dois autores, Milton Santos e Marc Augé; Através da concepção de Milton Santos podemos dizer que a formação de território acontece na proximidade da construção de rede de lugares, e que essa construção vem do processo de identificação e pertencimento das pessoas com os lugares, já Marc Augé tem lugar ou território, como um ambiente histórico cheio de costumes e trajetória, e que remete elementos que nos identificam enquanto sujeitos. Pensando em espaço e em como seus habitantes se relacionam surge a ideia de bacia cultural, tanto a ideia de bacia cultural quanto os conceitos de território dos autores citados, todos vem sendo valorizados pelas políticas públicas que visam também uma melhor divisão dos investimentos públicos.
De alguma forma a construção territorial contribui para a criação de outros vínculos, tendo em vista alguns tópicos citados anteriormente, podemos entender que ações culturais tem uma forte relação com território, pois vemos que não há cultura sem território, e não há território sem cultura, e que há uma espécie de diálogo entre essas partes, e essas concepções fazem com que fiquemos mais próximos de outras temáticas.
Na última parte do texto dois exemplos de planos de ações culturais é mostrado, ao expor esses exemplos as autoras tem como objetivo mostrar como se pode trabalhar pensando em noções de identidade e rede. O primeiro exemplo fala de um plano de ação cultural na bacia do Araripe que abrange 85 municípios de 4 estados, os governos do Ceara da Bahia de Pernambuco e do Piauí se comprometeram com o projeto tendo em vista que o mesmo contribuiria com o desenvolvimento econômico e social da região. Bacia cultural pode ser definida como um território que gira em torno de um mesmo fluxo cultural, a noção de bacia tanto cabe o aspecto geográfico quanto econômico. O projeto é dividido em 6 etapas, a primeira etapa trata-se da sistematização de dados econômicos e socioculturais, é feito um levantamento de dados oficiais para que seja identificado as vocações econômicas, a segunda etapa é realizada oficinas preparatórias nos 4 estados para identificar problemas e objetivos estratégicos, na terceira etapa é definida uma estratégia de ação cultural a partir do mapeamento de suas vocações especificas, na quarta etapa é realizado o primeiro encontro das culturas dos municípios envolvidos com o objetivo de firmar a cultura regional, a quinta etapa traz oficinas de planejamentos estratégicos, que tem como objetivo fortalecer as descobertas nas oficinas preparatórias, e a sexta e última etapa é a elaboração do plano estratégico de ação cultural que irá fazer a indicação das cadeias produtivas da cultura e o calendário de eventos regionais. Depois de passar por essas etapas o plano ficou estruturado em 5 partes: Panorama socioeconômico da bacia cultural do Araripe, subsídios para o mapeamento da bacia cultural, concepção estratégica para a ação cultural concertada, programas estruturantes, e modelo de gestão. Infelizmente o plano de ação cultural não saiu do papel, mais fica como bom exemplo dos órgãos governamentais em pro do enriquecimento cultural da região.
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