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O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DO CRACK NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.758 Palavras (8 Páginas)  •  267 Visualizações

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BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

RESUMO

O crack por ser uma droga considerada de baixo custo, é facilmente utilizado pelos traficantes em seus lucrativos negócios, tornando o trabalho de inibição do tráfico e o tratamento dos dependentes uma luta desigual. O uso ilícito de drogas, principalmente o crack, nos últimos anos tem aumentado num ritmo alarmante e tem ultrapassado todas as fronteiras sociais, econômicas, políticas e nacionais. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, dentre eles: a falta de informação sobre os perigos a longo e curto prazo do consumo abusivo de drogas. A pouca efetividade nas estratégias governamentais, que garantam uma verdadeira intervenção na prevenção e no combate ao uso dessas substâncias, faz com que “Cracolândias” surjam e se espalhem por cidades a fora de forma gritante.

Estados e municípios sofrem com a falta de Unidades de Saúde capacitadas para atender a clientela dos dependentes químicos. O Poder Público ainda não dispõe de políticas sustentáveis, capazes de vencer essa batalha.

A constatação de que tal uso tomou proporção de grave problema de saúde pública no país, encontra ressonância nos diversos segmentos da sociedade, pela relação comprovada entre consumo e agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam.

Palavras – chave: Crack-Políticas públicas.


SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        

2        DESENVOLVIMENTO        

3        CONCLUSÃO        

4        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        


  1. INTRODUÇÃO

Atualmente o País vem expressando uma das maiores preocupações de todos os tempos, devido ao comércio e ao alto consumo das substâncias psicoativas. Deste modo, a formação de conhecimento linear exige uma resposta objetiva e resolutiva, ou seja, uma fórmula a ser seguida. É um problema de saúde pública, associado à criminalidade e práticas anti sociais, acometendo as pessoas de diversas maneiras, por vários motivos em diferentes ambientes e situações. Os profissionais da saúde, da educação, do judiciário, da segurança e da assistência social vivenciam este questionamento no cotidiano de suas atividades.

O presente texto traz uma reflexão a cerca da realidade da “Questão Social” aqui em evidência o “Enfrentamento do problema do crack no contexto da saúde pública”.      


  1. DESENVOLVIMENTO

O nosso país sempre teve dificuldades em agir na saúde pública no campo coletivo. Percebemos as contribuições das analises propiciadas pelo recorte da saúde coletiva, que capta as expressões de uma comunidade, de uma localidade, de um tipo de afecção, de uma categoria social ou de gênero, de histórias que se cruzam configurando a história em um certo momento.Percebe-se  que hoje reside o grande desafio de instaurar  em todos os campos da saúde pública,  uma atitude de construir,novos dispositivos de intervenção.

O Ministério da Saúde e outros setores da sociedade civil organizada definem que o consumo de drogas é um grave problema de saúde pública. Dentro de uma perspectiva de saúde, o planejamento de programas deve contemplar uma grande parcela da população de forma que abstinência, não seja a única meta viável e possível aos usuários. Muitos consumidores de substâncias psicoativas, não compartilham do desejo de abstinência dos profissionais de saúde e abandonam os serviços, outros ainda, nem procuram, pois não se sentem acolhidos em suas diferenças. Assim o nível de adesão ao tratamento ou praticas preventivas e de promoção é baixo, não contribuindo para inserção social e familiar do usuário.

Quando o assunto é vidas humanas, temos necessariamente de lidar com singularidades, com as diferentes possibilidades e escolhas é que são feitas as práticas de saúde em qualquer nível de ocorrência, levando-se em conta essa diversidade. Reconhecer o usuário em suas individualidades, traçar com eles estratégias que estão voltadas não só para abstinência, mas para a defesa da vida. Proporcionar tratamento na atenção primaria garantir o acesso a medicamentos, garantir atenção na comunidade, fornecer educação em saúde para a população, envolver a comunidade, a família, usuários, formar recursos humanos, criar vínculos com outros setores, monitorar a saúde mental na comunidade e estabelecer programas específicos são praticas que devem ser obrigatoriamente contempladas pela Política de Atenção a usuários de drogas, em uma perspectiva ampliada de saúde pública. A exclusão social e a ausência de cuidados que atingem, de forma histórica e contínua, aqueles que sofrem de transtornos mentais, apontam para a necessidade de modelos assistenciais que não contemplam as reais necessidades de uma população. Isto é um dado mundial por evidências cientificas. Dados fornecidos por estudos capitaneados pela Universidade de Harvard indicam que das dez doenças mais incapacitantes em todo o mundo, cinco são de origem psiquiátrica: depressão, transtorno efetivo bipolar, alcoolismo, esquizofrenia e transtorno obsessivo compulsivo, (Murray e Lopez, 1996). De acordo com a própria organização Mundial de Saúde (OMS 2001),cerca de 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substancias psicoativas de caráter licito,e considerando qualquer faixa etária,o uso indevido de álcool e tabaco tem a maior prevalência global,trazendo também as mais graves consequências para a saúde pública mundial.

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