OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE LIDERANÇAS NO GRUPO SMART FIT

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INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

SOCIOLOGIA

PROFESSOR: CLÁUDIA

OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE LIDERANÇAS NO GRUPO SMART FIT

Lucas Do Nascimento Torres

2015102629

Sobral – CE

2016.1

1. BREVE HISTÓRICO

No ano de 2010 o empresário EDGARD CORONA tenta uma parceria com o grupo carioca BoydThec, mas não ouve êxito. Quinze anos antes ele havia fundado uma rede de academias chamada de Bio Ritmo, voltada para o publico de alta renda, mas percebeu que a concorrência era grande, pois já existiam grandes redes e de nomes fortes atuando no mercado para essa classe em especifico.

Inspirado pela rede americana Planet Fitness, ele entrou no pouco e mal explorado mercado de academias populares. É um mundo em que as margens são menores, mas o grande número de alunos garante a rentabilidade. Assim, em 2009, ele construiu as primeiras quatro unidades da popularíssima Smart Fit, com mensalidades de R$ 60. Talvez nem imaginasse, mas era a pedra fundamental da futura maior rede de academias da América Latina. Em 2010, tinha outras sete em obras – justamente quando o combustível secou.

Com algumas parcerias fechadas ao longo do tempo e investimentos de bilhões, a marca SmartFit foi se tornando ano a ano uma empresa em destaque e hoje é a maior da américa latina.

Fig. 1- Algumas informações de crescimento financeiro e de unidades ao logo dos anos.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Max Weber define a dominação como oportunidade de encontrar uma pessoa determinada que esteja pronta a obedecer, pois a dominação se faz necessária para se manter em ordem a sociedade e tudo que gira em torno dela. Segundo estudos apresentados por Weber, existem três tipos puros de dominação: legal, carismática e tradicional.

3.1 Dominação

É notável que em todo grupo dentro de qualquer sociedade, que seja baseado em regras e hierarquias, se encontrem indivíduos dominantes e dominados. E nesse contexto Weber nos fala que dentro da sociedade é preciso que haja elementos que detenham o poder ou que possuam formas de autoridades legitimamente reconhecidas, e elementos que não detenham o poder. A dominação muitas vezes se dá devido às inúmeras formas de interesses, e, é claro, sempre que há indivíduos que estejam prontos a obedecer a ordens de conteúdos determinados. De acordo com Weber “dominação é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis”. Weber ainda aponta que, conforme a relação de dominação tem o seu alcance ampliado, torna-se necessária à adoção de mecanismos que possibilitem a sua eficiência e que garantam a execução de suas ordens.

3.2 Dominação Legal

A dominação legal tem como ideia base a existência de um estatuto que pode criar e modificar normas, desde que seu processo (forma) esteja previamente estabelecido. Portanto, constitui uma relação desprovida de sentimentos, ou seja, baseia-se unicamente no profissionalismo e na hierarquia da empresa.

Para Weber, o dever da obediência está graduado numa hierarquia de cargos, com subordinação dos inferiores aos superiores, onde aquele que ordena é o superior. Essa forma de dominação é sustentada por regras, regulamentos e leis. Apesar das condições do mercado de trabalho, o ingresso numa empresa é livre, estando-se, a partir de então, submetido às suas regras. O admitido terá a sua submissão regulada por um contrato, configurando-se, assim, como legal.

3.3 Dominação Tradicional

É a forma mais antiga de dominação. Basicamente é aceita em nome da tradição e dos níveis de hierarquias.

Segundo Weber a dominação tradicional ocorre devido a fatores como: afetividade, respeito, admiração, crença, e até no prazer de ver o “senhor” feliz ou satisfeito. Essa dominação se estrutura de duas formas distintas, uma quando há obediência devido a dependência dos indivíduos aos senhores ou quando a hierarquia é estabelecida devido a privilégios de alguns sobre outros. Weber ainda ressalta a dominação tradicional como sendo uma dominação estável, devido à solidez do meio social e à dependência direta que a tradição tem com a consciência coletiva.