Resenha: Paradigma Mecanicista
Por: SergioCatto • 1/12/2019 • Trabalho acadêmico • 725 Palavras (3 Páginas) • 328 Visualizações
Universidade Nove de Julho – UNINOVE
Programa de Pós-Graduação em Gestão de Projetos (PPGP)
Disciplina: GPOB02 - Conceitos em Organizações
Aluno: Sérgio Luiz Catto
Resenha: Paradigma Mecanicista
O capítulo “2 - A mecanização assume o comando: As organizações vistas como máquinas”, é parte integrante do livro IMAGENS DA ORGANIZAÇÃO, escrito pelo autor Gareth Morgan. Este livro foi criado com o intuito de realizar a “leitura da organização”, através de metáforas e a exploração de ideias convencionais sobre organizações e sobre a administração.
Neste capítulo, o autor discorre sobre como as organizações são planejadas como se fossem máquinas, que através de metas fixas, ambiente estável, força de trabalho dedicada e submissa e processos padronizados, resultam em uma operação eficiente. Porém esta maneira “mecanizada” de enxergar a organização traz a tona um estilo burocrático de organização que dificulta a entrada de novas ideias e abordagens modernas.
Como origem, o autor apresenta a ideia de que as organizações são instrumentos criados para alcançar outros fins, realizar atividades voltadas para o alcance de alguma meta. Que esta natureza instrumental da organização é evidente na prática das primeiras organizações formais que surgiram. A invenção e proliferação no uso de máquinas, em especial na indústria, exigiu que as organizações fossem adaptadas às necessidades das máquinas e seus processos.
É possível saber que, durante o século XIX, foram feitas muitas tentativas de codificar e promover ideias que pudessem levar a uma organização e administração eficiente do trabalho. Contribuições da teoria mecanicista realizadas por grupos teóricos e profissionais da administração estabeleceram as bases para o que conhecemos como "teoria clássica da administração" e "administração científica". Enquanto os teóricos da administração clássica focalizaram o planejamento da organização total, os administradores científicos se concentraram no planejamento e administração de tarefas individuais. Foi através das ideias desses teóricos que tantos princípios mecanicistas da organização se enraizaram em nosso pensamento quotidiano.
Aqui nos é apresentado que a essência da teoria clássica da administração e de sua moderna aplicação é sugerir que as organizações podem ou devem ser sistemas racionais que funcionem da maneira mais eficiente possível. Enquanto muitos endossam isto como um ideal, é mais fácil dizer do que fazer porque estamos lidando com pessoas e não engrenagens e rodas inanimadas.
O autor contextualiza que a teoria clássica da administração e a administração científica foram lançadas e vendidas para os administradores como a melhor maneira de organizar. Os primeiros teóricos acreditavam que tinham descoberto os princípios da administração que, se fossem seguidos, iria mais ou menos resolver os problemas administrativos para sempre. Hoje em dia, olhando para a cena organizacional contemporânea é possível evidenciar que estavam completamente enganados. Na realidade, nota-se que seus princípios de administração muitas vezes são à base dos problemas organizacionais modernos.
As vantagens e limitações da máquina como uma metáfora da organização refletem-se nas vantagens e limitações da organização mecanicista na prática.
É apresentado como vantagens: que as abordagens mecanicistas da organização funcionam bem sob as condições em que as máquinas funcionam bem. Ou seja, com instruções claras, num ambiente estável e previsível, com a padronização do processo de produção, com a padronização do produto a ser obtido, quando eficiência e precisão são valorizadas e finalmente, quando as partes humanas da “máquina” são submissas e se comportam como o planejado, o modelo mecanicista traz resultados espetaculares nas organizações que preenchem todas estas condições.
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