A Dissertação de Psicologia Social Sociológica
Por: jose_cardoso • 19/6/2023 • Artigo • 1.262 Palavras (6 Páginas) • 88 Visualizações
Dissertação de Psicologia Social Sociológica
José Roberto dos Santos Cardoso
Kennedy dos Santos Pereira
Marcos Alexandre Ferreira da Silva
Raphael de Souza Piana
Cariacica – ES
23 de abril de 2023
Assunto: A partir de uma notícia, escreva um texto dissertativo discutindo as problemáticas sociais identificadas e sua importância para a psicologia social
“Prefeitura proíbe catadores de papel em bairros de Vila Velha”
Publicado em 1 de abril de 2023 às 17:03
Fonte: site do Jornal A Gazeta
José Roberto dos Santos Cardoso
Kennedy dos Santos Pereira
Marcos Alexandre Ferreira da Silva
Raphael de Souza Piana
Cariacica – ES
24 de abril de 2023
É sabido que nos últimos anos, é possível perceber por qualquer brasileiro mortal o crescente número de pessoas desempregadas, muitas delas encontram no trabalho informal sua única forma de sobrevivência ao caos instalado. No município de Viva Velha, como outros centos, é crescente o número de catadores de materiais recicláveis que trabalham nas ruas da cidade canela verde e que nos últimos dias parece ter tirado a paz da autoridade máxima do município, prefeito Arnaldinho Borgo
O prefeito sancionou em 28 de março deste ano a lei municipal 6.803, que proíbe a circulação de carrinhos de catadores de material reciclável no Centro, em vias do município, na orla e próximos a terminais de ônibus. Tal atividade desempenhado por pessoas humildes em pequenos e grandes centros em todo o Brasil já é precário e exercido com mínimas condições de segurança e salubridade. Com histórias marcadas por lutas e dificuldades, os catadores são pessoas que infelizmente ou não, encontraram neste “serviço” uma forma de sustento e sobrevivência, frente aos grandes desafios que a vida lhes proporcionara.
Eles representam um grupo da população que não são assistidos pelo poder público e que padecem com a ausência de sensibilidade social. Com remuneração em sua maioria abaixo de um salário-mínimo, enfileiram as estatísticas o aumento da pobreza e da desigualdade social. São sujeitos que carecem da atenção de políticas públicas eficientes, além do valor desta atividade perante a sociedade como atividade indispensável para o meio ambiente.
A grande maioria destes trabalhadores sobrevivem apenas do recurso arrecadado com as vendas destes materiais e carregam o fardo e as dificuldades que enfrentam no dia a dia pelas condições injustas e precárias às quais são submetidos em meio ao processo de exclusão social.
A atividade de catador acompanha o desenvolvimento urbano do Brasil há muitos anos, seus primeiros registros datam do século XIX. Apesar de comporem um grupo bastante heterogêneo, os catadores comumente são pessoas que não conseguiram entrar no mercado de trabalho formal e encontraram nessa atividade uma forma de satisfação de suas necessidades imediatas (IPEA, 2013).
A grande maioria deles é de catadores sobretudo por pessoas pobres e de baixa escolaridade. São pessoas que não conseguiram lugar no trabalho formal e diante da necessidade de obtenção de renda, encontraram na catação uma maneira de sustentar a si e a suas famílias.
Ao desempenharem suas tarefas diárias, os catadores são submetidos a situações de perigo, como acidentes sofridos na realização do trabalho de catador, cortes com vidros, perfurações com outros materiais, quedas, contusão por objetos na cabeça, queimaduras e atropelamentos. Como são trabalhadores informais, não estão salvaguardados por nenhum tipo de seguro social em caso de acidente, doença ou qualquer situação que os impeça de trabalhar. A precariedade de suas condições de trabalho faz com que os catadores de materiais recicláveis sejam vítimas de preconceito, tenham baixo reconhecimento do papel que representam para a economia e para o meio ambiente.
Lamentavelmente os catadores sofrem diariamente com humilhação e desprezo dos moradores das residências em que retiram o lixo. Além da falta de reconhecimento da atividade de catador como um trabalho. Essas pessoas costumam enxergá-los como mendigos, pobres e, quem sabe até um ladrão em potencial ou de fato. Além disso, os catadores reconhecem seu trabalho como socialmente desvalorizado e estigmatizado, chegando a afirmar que é um trabalho “sem futuro”. Assim, apesar de exercerem uma atividade reconhecidamente benéfica para a sociedade, os catadores muitas vezes são vítimas de uma série de preconceitos, frutos da natureza do trabalho, de trabalharem com o que a sociedade reconhece como lixo
Além das questões relacionadas à saúde, a baixa remuneração, os catadores ainda sofrem com um estigma social que os exclui. Tendo em vista o desemprego prolongado e a necessidade de obtenção de renda, muitas pessoas encontraram na catação uma forma de geração de renda. Atualmente, um número cada vez maior de pessoas constitui um grupo de excluídos sociais. A exclusão social refere-se à discriminação e à estigmatização. Além disso, “ela inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação pública” (Sposati, 1988, p.20). A exclusão “é o processo sócio-histórico que se configura pelos recalcamentos em todas as esferas da vida social, mas é vivido como necessidade do
...