A Formacao Do Estado Moderno
Artigo: A Formacao Do Estado Moderno. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: chromos • 7/12/2014 • Artigo • 2.250 Palavras (9 Páginas) • 181 Visualizações
O ESTADO MODERNO
Alice Rocha Santos
Jefferson Ferreira Rosa
Juliane Pereira da Silva
Lorena Lopes Freire Mendes
Matheus Alves Nunes
Conceito
Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Entre as características do Estado Moderno estão:
Soberania do Estado: o qual não permite que sua autoridade dependa de nenhuma outra autoridade;
Distinção entre Estado e sociedade civil: evidencia-se com a ascensão da burguesia, no século XVII;
A ascensão do "Estado moderno", como um poder público que constituem a suprema autoridade política dentro de um território definido dentro da Europa Ocidental, está associado a gradual desenvolvimento institucional que começa no final do século XV, culminando com a ascensão do absolutismo e do capitalismo.
O Estado moderno, na concepção gramsciana, não poderia constituir-se, somente, como instrumento de coerção a serviço da classe dominante, pois para poder manter-se, a força deve revestir-se de consenso, isto é, combinar coerção e hegemonia.
“O Estado moderno se constitui de um conjunto de instituições públicas que envolvem múltiplas relações com o complexo social num território delimitado” (O’Donnell,1986).
Formação dos Estados nacionais
O Estado Absolutista foi o resultado da ação dos nobres para proteger seus privilégios feudais. Facções de nobres rivais se enfrentavam para decidir o nome do rei. Senhores feudais se rebelaram contra o Estado pois viam seus privilégios serem carregados sem nenhuma moeda de troca. Os principais Estados a se unificarem foram Portugal, Espanha, França e Inglaterra. Veja a seguir a trajetória de cada um deles.
No século oito Portugal teve seu território invadido pelos mouros ( árabes mulçumanos), somente o norte da península permaneceu cristão. Depois de muitas guerras os árabes foram expulsos. Em 1139, Portugal se tornou um país independente com reis da dinastia Borgonha. A luta para reconquistar terras levou a criação de um exército nacional, favorecendo a centralização do poder. Mas Portugal também encarava problemas internos, estourou uma guerra entre nobres que desejavam que Portugal se unisse com a Espanha e os nobres que exigiam autonomia do reino. E em 1385 os nobres que defendiam a independência de Portugal ganharam, fato conhecido como Avis.
Durante séculos os espanhóis disputaram com os mouros os territórios ibéricos. Foi a chamada guerra de Reconquista com características de cruzada, tinha como objetivo fazer triunfar o cristianismo e conquistar terras para a nobreza. Com as várias batalhas os reinos espanhóis formaram blocos cada vez mais consistentes, até que o reino de Castela se uniu com Aragão em 1469, formando um bloco com características f, possibilitando a formação de um Estado forte, em 1492 com a retomada de Granada os árabes foram totalmente expulsos.
A monarquia francesa vinha se fortalecendo desde o século treze com os reis da dinastia dos Capetos. Entre 1337 e 1453, estourou a guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra. Os conflitos ocorreram no território francês, que naquela época passava por vários problemas sociais como a peste negra e as revoltas camponesas ( jacqueries). O rei estava muito preocupado em recuperar as Terras tomadas pela Inglaterra, e por causa dessas guerras cobrou impostos de toda nação e ampliou o poder central, a França alcançou seu objetivo e ao final do conflito, o Estado absolutista já estava parcialmente montado, embora precisasse de algum tempo para consolidação.
Na Guerra dos Cem Anos os reis e comerciantes ingleses cobiçavam a região de Flandres atualmente corresponde a um pedaço da Bélgica e Holanda- rica pela manufatura de tecidos e pelo comércio. Mas a guerra só beneficiou quem conseguiu roubar os franceses. Derrotada, a Inglaterra viveu em uma crise, de autoridade monárquica, gerando uma guerra civil entre duas famílias que disputavam o trono. Os York e os Lancaster, essa disputa é conhecida como Guerra das Duas Rosas (1453-1485), depois de longas batalhas entre as famílias, Henrique sétimo foi coroado rei inaugurando a dinastia Tudor.
A Formação do Estado Moderno sob Enfoque do Absolutismo e Mercantilismo
O estado moderno surgiu no meio do século XV com o fim do feudalismo e com o advento do mercantilismo. Nesse contexto tornou se necessária a criação de um modelo de governo forte e centralizado, o estado absolutista.
O estado absolutista era defendido, entre outros, por Thomas Hobbes e Nicolau Maquiavel. Hobbes afirmava que um estado forte só poderia ser possível sob um poder centralizado, e que esse poder deveria ser instaurado através de um contrato social, e através desse modelo evitaria se assim a fome, a peste e a guerra, que ele denomina como o leviatã. Maquiavel defendia em seu livro “O Príncipe” que o soberano, no caso o rei absolutista, devia valer-se de todos os meios possíveis para consolidar a soberania de seu país e o bem estar social.
O mercantilismo foi fundamental para a formação do estado moderno, pois possibilitou a consolidação de um capitalismo que estava sendo construído. Ele se caracterizava por ser um conjunto de práticas e teorias de intervenção estatal na economia. Suas bases se fundamentaram no metalismo, que é a busca pelo acúmulo de metais preciosos; e na manutenção de uma balança comercial favorável, que consiste em exportar mais do que importar. Essas práticas acabaram por estimular a industrialização e a globalização, que são eventos fundamentais da historia do estado moderno.
Enfoque Liberal
I – Definição
Em Filosofia Política, o que chamamos Liberalismo é a forma ao mesmo tempo racional e intuitiva de organização social em que prevalece a vontade da maioria quanto à coisa pública, e que está livre de qualquer fundamento filosófico ou religioso capaz de limitar ou impedir a liberdade individual e a igualdade de direitos, e no qual o desenvolvimento e o bem estar
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