TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Formação da Sociologia

Por:   •  10/6/2018  •  Resenha  •  1.225 Palavras (5 Páginas)  •  196 Visualizações

Página 1 de 5

AULA 1 - Formação da Sociologia

As revoluções Industrial (1ª fase – 1760) e Francesa (1789-1799) abalaram definitivamente as estruturas da Europa, mudando suas concepções e práticas da vida social, econômica, filosófica e política.

A Revolução Industrial transformou radicalmente a produção; a introdução de máquinas aumentou de forma significativa a produtividade;

A Revolução Francesa provocou o fim do absolutismo francês, do Antigo Regime, e despertou na população francesa, sobretudo nas classes populares e na burguesia, o desejo de maior participação na vida política do país, o desejo de igualdade e liberdade.

Os pensadores da época queriam compreender essa nova sociedade que estava se formando. Surgiu, então, a Sociologia, no início do século XIX, na França. Tratava-se de como um corpo de idéias, conceitos, técnicas e métodos de investigação que pretendia discutir a sociedade contemporânea em constituição e consolidação. Essa nova ciência procurou fazer um estudo científico (e não teológico) da realidade social.

A Sociologia pretende explicar racionalmente acontecimentos que têm suas origens na sociedade.

Inicialmente, a sociologia foi pensada como um instrumento para a promoção “da ordem e do progresso social”, bem como uma ciência aplicada ao planejamento e à organização da vida social.

O filósofo francês Auguste Comte foi o primeiro a mencionar a necessidade de se estabelecer uma ciência responsável pela compreensão da sociedade. Em seu “Curso de Filosofia Positiva”, em seis volumes, publicados a partir de 1830, recorreu à utilização do termo sociologia para se referir ao estudo da sociedade. Antes disso, a sociologia era tratada como “física social”.

No entanto, foi apenas no final do século XIX que a sociologia apareceu como disciplina e ganhou status de ciência, com o francês Émile Durkheim. Em seu livro “As regras do método sociológico”, de 1895, entre outras propostas, Durkheim estabeleceu e delimitou quais deveriam ser os objetos de estudo da sociologia na análise da sociedade.

Os primeiros sociólogos foram influenciados pelo darwinismo social (aplicação das leis da Darwin na compreensão da vida social – evolução e seleção natural) .

Essa transposição de conceitos das ciências físicas e biológicas para a compreensão das sociedades e das diferenças entre elas foi alvo de muitas críticas de sociólogos e antropólogos do século XX.

As idéias do cientista inglês Charles Darwin, transpostas para a análise da sociedade, resultaram no darwinismo social -> crença na existência de sociedades superiores e inferiores.

Sua teoria mais importante foi a da evolução das espécies, originada pela seleção natural das espécies mais aptas para a vida em determinado meio.

Uma visão crítica do darwinismo social – ontem e hoje

As diferentes sociedades humanas NÃO são manifestações de diferentes graus de evolução no interior da mesma espécie.

A regra darwinista da competição e da sobrevivência do mais apto é aplicada às leis do mercado, principalmente pela doutrina do liberalismo econômico, hoje batizada de neoliberalismo.

O ser humano é diferente dos outros seres: ele trabalha de forma consciente, transformando a natureza e a si mesmo; ele é o único ser que possui história, cultura.

O darwinismo social serviu para justificar o imperialismo do século XIX e início do século XX.

O darwinismo social ainda tem muita força e justifica diferentes arbitrariedades. Exs.: 

  • Intervenções dos EUA no Iraque.
  • A forma como são tratados os refugiados estrangeiros que chegam à Europa, vindos de países mais pobres ou em conflito, faz lembrar a crença na superioridade racial e étnica de um povo sobre o outro.

O darwinismo social justificou o etnocentrismo.

Da filosofia social à sociologia

Positivismo: corrente filosófica; os positivistas acreditavam no poder dominante e absoluto da razão em conhecer a realidade e traduzi-la sob a forma de leis.

Entendiam que as leis naturais regulavam o mundo físico, a natureza, o universo e a vida dos seres humanos.

O nome “positivismo” tem sua origem no adjetivo “positivo”, que significa certo, seguro, definitivo.

Auguste Comte (1798-1857), antes de criar o termo “sociologia”, chamou de “física social” as suas análises da sociedade.

“Curso de filosofia positiva” – publicado entre 1830 e 1842.

A sociedade era concebida pelos positivistas como um organismo constituído de partes integradas e coesas, que funcionavam harmonicamente, segundo um modelo físico ou mecânico. Por isso, o positivismo foi chamado também de “organicismo”.

Por mais evidentes que sejam hoje os limites, interesses, ideologias e preconceitos inscritos nos estudos positivistas da sociedade, por mais que eles tenham servido como lemas de uma ação política conservadora, como justificativa para as relações desiguais entre as sociedades, é preciso lembrar que eles representaram um esforço concreto de análise científica da sociedade.

Hipolite Taine (1828-1893) – a realidade histórica é composta pela raça (fundamento biológico), pelo meio (aspectos físicos e sociais) e pelo momento (resultados das sucessões históricas).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.5 Kb)   pdf (106.6 Kb)   docx (13.6 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com