A Perspectiva sociológica P. Berger
Por: Allan de Sousa • 12/12/2017 • Resenha • 1.202 Palavras (5 Páginas) • 535 Visualizações
A perspectiva sociológica – Peter Berger
- A força da sociedade é tão grande que afeta nossa conduta e nosso ser, exatamente por isso não sentimos tanto suas forças e por isso essa relação - homem x sociedade- se da externa\internamente. Queremos os papeis que a sociedade nos atribui.
#Teoria do Papel: Criação Americana. A sociedade existe porque as definições da maioria das pessoas para as situações mais importantes são mais ou menos as mesmas. A sociedade necessita e te prepara para respostar pré definidas, mas ainda sim há uma certa margem no grau em que a resposta tem de satisfazer a expectativa para que uma situação permaneça sociologicamente viável.
Um papel pode ser definido como: uma resposta tipificada a uma expectativa tipificada. A sociedade proporciona o script para todos os personagens. O papel oferece a padrão social a ser seguido.
O papel traz consigo as ações, emoções e atitudes relacionadas a ele (ex: o beijo não só expressa paixão como também a fabrica). O papel reforça a emoção e atitude que já existia --------- > exemplo do oficial que com o tempo incorpora o papel que lhe é posto. Quando uma pessoa se sente em duvida de seus papeis na sociedade ela costuma a se aprofundar e se envolver mais e mais com seus papeis. O papel constrói tanto a ação quanto o ator.
Berger afirma que é mais difícil transitar em papeis sociais do que profissionais. É mais difícil passar de clérigo a oficial, muito mais de negro para branco e mais ainda de homem para mulher. Pode parecer racismo a primeira vista a afirmação, porem o papel do negro se da pela cultura, pelos grupos e pelos costumes. Em quanto que um homem é ensinado desde criança a agir de acordo com um papel social, e assim esse papel não só determina ações, emoções e atitudes como também se torna um papel que constrói o ator.
Em uma perspectiva sociológica, a teoria do papel é aquela em que a identidade é atribuída socialmente, sustentada socialmente e transformada socialmente.
Mead irá trabalhar a questão da gênese do eu sendo identificada na sociedade. Aquilo que os sociólogos chamam de papel fundamental e os psicólogos de personalidade, é construída desde a infância pelo processo de socialização, quando a criança aprende a fazer parte de um grupo. A criança descobre o que ela é ao aprender o que é a sociedade. A criança aprende a assumir o papel do outro a partir da brincadeira, que tem função sócio-pscicologica, na qual as crianças representam vários papeis sociais e ao assim fazer descobrem o significado dos papeis que lhes são atribuídos. Mead diz que a criança primeiro assume papeis ligados aquele que lidam com ela mais de perto (outros significativos para a criança), cuja atitudes são decisivas para a concepção que a criança faz de si mesma. Mais tarde a criança aprende que seus papeis estão intimamente relacionados com as expectativas sociais. Só quando surge tal concepção é que a criança se torna capaz de formar uma concepção clara de si própria. Na experiência infantil “eu” e “sociedade” são o verso e o reverso da mesma medalha.
Identidade não é algo pré existente, é atribuída em atos de reconhecimento social. Beger prova isso através da formação biológica e social. O exemplo usado é o de que uma criança torna-se humanizada se a ela for concedido respeito e os valores da sociedade. Uma criança sem esta criação é tida como desumana. Sua identidade é fundida com o que a sociedade espera e faz de você. A sociedade cria as identidades. Uma pessoa não pode ser humana sozinha e não pode apegar-se a qualquer identidade sem que a sociedade ampare e sustente tal identidade.
Pagina 114: A retirada radical do reconhecimento mostra que a sociedade precisa amparar tal identidade para que ela se sustente. Um homem livre que da noite para o dia é colocado como condenado tenta, a principio manter a indentidade anterior. Porem sem respaldo e com afirmações constantes de sua identidade como condenado o cidadão passa a acreditar e assumir tal papel (vídeo). Fenômeno é uma reintegração de personalidade.
Em suma, todo ato de ligação social resulta numa escolha de identidade. Inversamente, toda identidade exige ligações sociais específicas para sua sobrevivência.
O individuo se localiza na sociedade dentro de sistemas de controle social, e cada um desses sistemas contem um dispositivo de geração de identidade.
Preconceito: O pré julgamento afeta não so o destino externo da vitima nas mãos de seus opressores, mas também sua própria consciência, na medida em que ela é moldada pelas expectativas da sociedade. A dignidade humana é uma questão de permissão social.
A pessoa é percebida como um repertorio de papeis que é capaz de desempenhar.
SOCIOLOGIA DO CONHECIMENTO
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