A intervenção do assistente social
Por: melgarejo • 22/8/2015 • Projeto de pesquisa • 3.961 Palavras (16 Páginas) • 1.135 Visualizações
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TCC 1
PRÉ- PROJETO
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Acadêmicos: RA
Universidade Anhanguera/ Uniderp - Pólo Padrão
Campo Grande- MS
2015
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A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Trabalho referente ao Pré Projeto do 7º semestre de Serviço Social, disciplina de TCC 1, da Universidade Anhanguera - Uniderp – Centro de Educação a Distância – Pólo Padrão/MS.
Campo Grande- MS
Junho/2015
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SUMÁRIO:
1- Tema 04
2- Justificativa 05
3- Problema 06
4- Referências Bibliográficas 12
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1- TEMA:
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA; Este pré projeto foi elaborado com o objetivo de desenvolver e transmitir conhecimento referente à manutenção da Política de Prevenção e Controle da Dependência Química, desenvolvendo ações educativas e preventivas para toda a comunidade no geral, mostrando como é prejudicial à dependência química para a saúde dos usuários e como esse é um grande problema que vem crescendo no dia a dia da população no geral. O assistente social precisa ter conhecimento sobre o meio ao qual o Serviço Social se encontra inserido, que é através da busca na questão social, procurar respostas para as demandas presente na sociedade no geral, através de criações de projetos, onde através da instrução dos indivíduos considerada se como o mesmo sendo um agente de transformação.
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2- JUSTIFICATIVA:
A realização deste pré- projeto relacionado com a intervenção do Assistente Social na prevenção e tratamento da dependência química nos permitiu poder perceber como é a atuação do assistente social mediante as grandes demandas da sociedade e seus indivíduos nos dias atuais. Durante a elaboração deste projeto tivemos muitas dúvidas e dificuldades relacionadas às maneiras de atuação dos profissionais de assistência social, o que através de amplas pesquisas nos possibilitou a construção de um amplo conhecimento, resultado obtido através dos diversos diálogos e pesquisas entre os componentes do grupo. Através deste estudo nos possibilitou analisar o dia a dia de uma instituição, de conseguir identificar os problemas, trabalhar com os dados obtidos através de pesquisa, conhecer o público alvo e o principal que é conseguir elaborar alternativas que visam encontrar soluções para os problemas. Elaborar este projeto foi algo muito mais importante do que simplesmente montar um de maneira obrigatória, pois nos possibilitou ter o conhecimento sobre as maneiras que são realizadas um exercício prático da profissão e também dar um exemplo da dimensão que o compromisso ético-político que o assistente social precisará ter durante a realização de suas intervenções. Por ser considerado como sendo um tema bastante complexo, reconhecemos que através da realização deste projeto em setores da sociedade, passaremos a conhecer os caminhos e os começos que serão desvendados pelos profissionais de assistência social, com o objetivo de desenvolverem ações que busquem os constantes meios de prevenção. |
3- PROBLEMA:
O uso das substâncias psicoativas é algo que vem ocorrendo dentro da sociedade já há vários tempos. Ao longo de sua história, já faziam o uso de produtos naturais com o objetivo de ficarem em um estado alterado de consciência, em diversos momentos como em encontros religiosos, místico, cultural, e várias outras situações, a fim de conseguirem o que eles acreditavam que era a busca do prazer. A alteração do estado de consciência tinha como único objetivo o de proporcionar o que os indivíduos achavam ser que era uma melhor ligação com o sobrenatural/divino, e o uso do álcool favoreceria esse contato com os deuses. Já na cultura grega e romana, o uso de bebidas alcoólicas acontecia em forma de prática social, sempre presente em excesso nas múltiplas facetas sociais, que eram as festas, nas datas expressivas, em jogos e também em todas as manifestações e confraternização. No período medieval, durante o crescimento do poder da Igreja, muitas pessoas passaram a conhecer os efeitos psicoativos que as plantas causavam e por esse motivo muitas acabaram mortas pela Inquisição para não causar nenhum risco para as classes e poder dominante da época. O uso de quaisquer substâncias psicoativas, com a clara exceção do álcool, era fortemente restrito e combatido pelas autoridades. No período da Idade Moderna, época das grandes navegações e também da Revolução Industrial, auge do capitalismo, da dominação e exploração resultaram em uma grande concentração urbana, onde a produção de bebidas acabou passando a ser industrializada, resultando no aumento do consumo de álcool. Com o aumento dos contatos entre os povos dos diferentes países e continentes foi o que facilitou o conhecimento e uso de outras drogas. Esse foi então o período em que o consumo de substâncias psicoativas passou a tomar proporções muito preocupantes, pois muitas pessoas faziam o uso das substâncias psicoativas achando ser remédio. No século XX, houve duas guerras mundiais o que durante o mesmo houve o incremento de fazer o uso de anfetaminas com o objetivo de buscar um melhor rendimento dos soldados e da morfina que era usado exclusivamente para aliviar a dor dos soldados feridos. Já os soldados sobreviventes voltaram trazendo essa prática com outra intenção que era a busca do prazer. Entre as décadas de 50 e 60, marcadas pelo fortalecimento do capitalismo no mundo ocidental pós-guerra, houve uma grande procura pela de mão de obra que exigia exclusivamente que os trabalhadores tivessem a características de serem tanto rápidos como também ativos e principalmente que fossem sóbrios. Nos Estados Unidos, o movimento hippie passaram a questionar os valores da economia capitalista e assim passaram a buscar por alternativas para conseguirem sobreviver onde a cooperação era algo fundamental entre seus membros. O Sexo, as drogas e o Rock’n roll eram a marca e expressões da “juventude transviada”, que passou a ameaçar o sistema presente devido ao aumento do consumo das duas principais substâncias alucinógenas da época que eram a maconha e a LSD. No ano de 1961, os EUA criaram uma resolução na ONU que é válido até os dias atuais, em que considera o consumo de drogas ilícitas como sendo algo criminalizado. Na década de 80, aconteceu o aumento do uso de drogas psicoativas principalmente com a acentuação para as de características sintéticas que são aquelas que são desenvolvidas e produzidas nos laboratórios, como exemplo da ectasy, anfetaminas entre outras e a partir daí surgiu à maior organização dos cartéis internacionais de drogas, como destaque para a Colômbia devido a sua localização e concentração surge o cartel de Cali comandada pelo traficante Pablo Escobar. Devido a sua grande organização e forma de ramificação pelo mundo, o tráfico de drogas passou a ser considerado como sendo a segunda maior economia do mundo, considerada até hoje na atualidade, mesmo com a grandes ações repressora que acontece pelo mundo inteiro, encabeçada pelos EUA e com apoio dos outros países que formam constantemente uma verdadeira ação de combate ao tráfico de drogas. Os anos 90 foram marcados pelo grande aumento do consumo de cocaína, onde o usuário tinha uma visão individualista e de prazer simples pela vida, onde pra ele a única coisa que era importante era o de desfrutar o momento que se vivia. Nos dias atuais tanto o neoliberalismo como a globalização vêm ocorrendo de forma disseminados e é seguido por diversos países, incluindo o Brasil. Esse momento econômico é caracterizado pela redução da qualidade da maioria dos serviços públicos, como é o caso dos setores da saúde e também da educação, e marcado principalmente pela diminuição das ações e políticas que visam à proteção da população mais carente. Nesse sentido, o aumento do desemprego, das doenças, do analfabetismo, do aumento da violência e da dependência de substâncias psicoativas passa a ser considerado como um problema não oriundo da sociedade, mas resultado das deficiências que se originam do próprio sujeito. Dessa forma nos países que possuem graves problemas sociais e econômicos iguais o próprio Brasil apresenta, tendo uma grande parte da população excluída de seus próprios direitos, o aumento do uso de substâncias psicoativas passou a acontecer devido a alguns achar que irá amenizar o sofrimento enfrentado, algo bem diferente daqueles que usam buscando pelo prazer, que é a principal característica dos usuários dos países desenvolvidos. A partir daí, a sociedade brasileira em geral procurou criar mecanismos de combater o aumento no consumo das substâncias psicoativas legais e ilegais fazendo parte desta ação o uso indiscriminado dos medicamentos. Atualmente o uso de drogas esta presente em todas as classes e instâncias sociais, resultando em doenças e no aumento da criminalidade, entre outros problemas. Tendo o conhecimento da gravidade e também das repercussões que estão acontecendo na saúde das populações e o tamanho do seu custo social, a comunidade internacional passou a ajuntar esforços para tentar controlar esse problema que cada vez aumenta no mundo em geral. Diversas ações governamentais têm sido desenvolvidas, visando combater e fazer o controle das drogas, aonde vem sendo desenvolvidas em várias nações e envolvem o esforço e a cooperação de diversos países, onde se incluem desde o financiamento e também em alguns caso a cooperação técnica que vai deste o deslocamentos e doações de equipamentos a até de militares especializados entre os países envolvidos. Na esfera jurídica, observa se que as reformulações legais que buscam revisar o alcance de punições de condutas ligadas ao consumo, com a produção e também ao tráfico de drogas. Instituições educacionais e também as sanitárias vem investindo muito, por todo o mundo no geral, recursos financeiros e humanos destinados a pesquisa que buscam o controle do fenômeno. Mesmo com todo esse esforço se observa o grande aumento tanto do uso e abuso, como o da grande dependência causadas pelas diversas drogas, principalmente por aquelas que são mais baratas, que causa uma maior difusão social e conseqüente de forma lamentável a que causa um maior impacto social, como é o caso crack. Também é possível se observar o surgimento de vários outros tipos de drogas, onde causa uma grande dependência que em alguns casos vai bem além da própria droga, ocasionando o vício pelo sexo, jogos, internet e consumo de algumas mercadorias, que ocorrendo de forma descontrolada acaba ocasionando na drogadição. Atualmente diversos indicadores mostram que o consumo de drogas vem atingido formas e também proporções preocupantes, especialmente nos últimos anos, onde as grandes conseqüências resultantes do uso abusivo das substâncias psicoativas são reconhecidas nas vários momentos da vida social, tanto na família, como no trabalho, também no trânsito e em diversos momentos, também pela forma de disseminação que vem ocorrendo do vírus HIV entre o grupo de usuários de drogas nas formas injetáveis, e em seus parceiros. É devido aos grandes custos sociais que surgem do uso indiscriminado das drogas, que cada vez mais se tornam necessário que sejam criadas ações de forma enérgica e que seja adequada ao ponto de vista da saúde pública. Muitos estudos e ensaios têm sido feitos sobre as maneiras de intervenções nestes contextos atuais, principalmente aos relacionados ao problema ocasionado pelo uso indevido de drogas, ainda se tem encontrado muita dificuldade, principalmente aos ligados com os interesses econômicos que se tem relacionados com a produção e também com a venda de drogas tantas lícitas como também ilícitas, a falta de reconhecimento social do problema e a falta de recursos tanto materiais, como humanos e principalmente financeiro destinado ao combate e para o tratamento. As investigações que visam abordar a questão em suas múltiplas dimensões, acontecem de forma ineficiente, pois os estudos acontecem de forma muito reduzida e em muitos casos o resultado é caso sempre o mesmo que é a morte dos usuários de entorpecente. Com relação às políticas públicas relacionadas com as drogas, durante muitos anos quase todos os países, até mesmo o Brasil deu preferência a repressão das substâncias somente ilícitas, mas esqueceu de desenvolver algumas ações relacionadas ao campo da prevenção através da educação para a saúde. Em um caminho oposto, as drogas consideradas como lícitas em destaque para o álcool e o tabaco, não tiveram nenhuma atenção em especial, onde através das grandes empresas de publicidade passaram a reconhecer os seus usuários como sendo alguém que possuíam bom gosto, que tinha certo status, alguém de poder na sociedade em geral. Atualmente tem se visto sinais de mudança com relação a essas atitudes, onde os profissionais têm dito preocupação relacionada principalmente pelo uso indevidos de drogas, Sem duvida temos que ter uma reflexão mais aprofundada com relação ao uso das drogas presente cada vez mais em nossa sociedade, onde possamos encontrar respostas mais concretas, e assim com seguirmos uma sociedade que seja mais justa, tolerante e igualitária. Para se ter uma estimativa relacionada aos custos relacionados ao uso e também ao abuso de drogas tantas lícitas como também ilícitas, em se tratando de saúde pública, as pesquisas têm se baseado principalmente nos gastos relacionados com os dos tratamentos médico, com a questão da perda de produtividade por parte dos trabalhadores que consome de forma abusiva as drogas e as que são relacionadas com as perdas sociais que são em decorrências das mortes que acontece de formas prematuras. Na década de 90, o custo anual estimado gasto pelos Estados Unidos era superior a casa dos 100 bilhões de dólares e no Brasil esse valor era de aproximadamente de 20 bilhões. Nos dias atuais tanto aqui no Brasil quanto também nos Estados Unidos, calcula se que este custo tem se tornado aproximadamente em torno de 5 vezes maior. O Relatório do I Fórum Nacional Antidrogas (SENAD, 1998) indicou que aqui no Brasil, os custos relacionados ao uso indevido das substâncias psicoativas foram estimados em cerca de 7% do PIB por ano, ou seja, cerca de 28 bilhões de dólares anuais segundo a Secretaria de Estado de saúde de São Paulo, 1996. Os custos relacionados com o tratamento das doenças que são relacionadas através do uso do tabaco ficam em torno de 2,2% do PIB nacional e os custos para o Sistema Único de Saúde (SUS) das patologias ocasionadas pelo uso do tabaco subiram a R$925.276.195,75. Mesmo com todo problema ocasionado pelo consumo do tabaco, o mesmo não é constantemente incluído nos estudos e nas estatísticas sobre dependência química. Já na assistência especializada usada no tratamento ocasionado através do consumo das drogas ilícitas chega a pelo menos 0,3% do PIB (BUCHER, 1992). O mesmo relatório concluiu que as internações que ocorreram pelo uso abusivo e da grande dependência do álcool e também de outras drogas também resultavam em grandes custos sociais. No triênio que compreende os anos de 1995 a 1997, cerca de mais de 310 milhões de reais foram destinados para as internações que aconteceram em decorrência do uso abusivo e pela grande dependência de álcool e também de outras drogas. Ainda nesta mesma época, o alcoolismo se encontrava em quarto lugar no grupo das doenças que ocasionava em incapacitação, levando em conta a prevalência global. Se multiplicarmos isso tudo por cinco, teremos hoje uma razoável idéia dos custos sociais do uso abusivo de drogas. |
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