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A violência no esporte

Por:   •  23/5/2015  •  Seminário  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  141 Visualizações

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INTRODUÇÃO

 

A violência é um tema que tem sido objeto de reflexão, de muitas pesquisas, manifestações religiosas, de ações políticas, enfim, de todos os campos sociais.

 

A origem de tudo está na história, que antes a violência era contra os animais , como meio de sobrevivência e com o passar dos séculos foi se deslocando o eixo da violência para ser feita entre os homens para lutarem por mais espaços territoriais e por mais poder na sociedade.

Com o processo de civilização na sociedade as relações entre os seres humanos começaram a ficar mais complexas, substituindo a violência física como meio de obter mais poder e respeito por disputas de poder através do parlamento e dos jogos e através deles foram estabelecidos relações humanas muito importantes, causando o surgimento do esporte moderno.

Em estudos específicos realizados, resultou a compreensão de que a violência é um fenômeno resultado de múltiplas determinações educação familiar, educação escolar, meios de comunicação social, instabilidade política e social, fatores genéticos e difusão do uso de drogas são exemplos de elementos que fazem parte do complexo de fatores que condicionam a introdução e a manutenção da violência tanto na sociedade quanto no esporte.

 

A morte de torcedores e os ferimentos e fraturas em dezenas de atletas, embora não fossem eventos novos, mobilizam a sociedade em torno da discussão da violência no esporte e da busca de medidas para o enfrentamento do problema.
 

A VIOLÊNCIA DOS ATLETAS NO ESPORTE

 

Para compreender as manifestações de violência associadas ao esporte cabe considerar como ponto de partida que o esporte é uma prática social construída historicamente. Como tal, deve ser compreendido no quadro mais amplo das produções culturais, vinculadas à infra-estrutura econômica.

 

A competição, organização rigorosa das regras os objetivos e as condições da competição desportiva, organização racional e burocrática dos procedimentos de planejamento, condução, controle e registro dos eventos desportivos e de seus agentes – clubes, atletas, dirigentes, árbitros a publicidade dos eventos e de seus resultados a mundialização de todos os estatutos são algumas características de destaque que assumem centralidade na prática desportiva.

A competição se estabelece a partir de igualdade de condições entre os competidores, porém isso não ocorre de fato. Os competidores apresentam diferentes condições iniciais podemos citar quantidade e qualidade de capital, conhecimento técnico, possibilidade de estabelecer-se onde e quando querem, patrocínio e orientação técnica especializada. Temos ainda as regras que nem sempre são aplicadas igualmente por todos, abrindo espaço para simulação, aplicação deliberada de violência e doping são exemplos amplamente conhecidos.

Os atletas que se tornam vítimas, mas não se rebelam, não dizem publicamente o que sabem,  são calados pelo dinheiro recebido ou prometido, ou pelas ameaças explicita ou veladas de punição e de ruína de suas carreiras esportivas. Um exemplo marcante: Provavelmente nunca saberemos exatamente o que ocorreu com os jogadores de futebol da seleção brasileira durante as horas que antecederam a final contra a França, na Copa do Mundo de 1998.

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Nossos atletas de alto nível, não raro, são arrancados de suas infâncias e adolescências, chegam a alguns grandes resultados e se tornam doentes, com os ossos e tendões que não mais suportam tal fadiga pelos excessos de treinos, às vezes das drogas ou do isolamento social.

 

A violência no esporte é uma pratica fora do propósito, um absurdo, pois esporte pressupõe companheirismo, jogo limpo, alegria, boa convivência e muita qualidade de vida, onde não deveria haver a presença de uma atitude de violência. Revela assim que para o grupo de atletas que fizeram parte da pesquisa, a violência no esporte é uma pratica desnecessária, pois não se deve confundir emoção esportiva com atitude de violência.

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O controle da atividade desportiva, é exercido por diferentes organismos reguladores e também está sujeita a instituições reguladoras, de âmbito local, regional, nacional e  internacional.Mesmo assim nas relações entre atividade econômica e esporte, ocorrem favorecimentos, perseguições, fraudes, sobreposição de interesses individuais em detrimento de interesses coletivos, por parte dos dirigentes das diferentes instituições. Fica claro que o esporte tornou-se campo de conflito de interesses políticos e econômicos.

 

Um outro fator contribui para que este campo seja associado à violência. Trata-se da idéia segundo a qual o esporte é um meio socialmente aceitável de expressão da agressividade, do qual a violência é uma conseqüência que deve ser controlada, mas não pode ser totalmente evitada. Em 1965, em um amistoso no Maracanã Pelé quebra a perna do zagueiro alemão Kiesman. Santos e Cruzeiro, 1968, Pelé quebra a perna do beque Procópio Cardoso.

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Gérson (ex Botafogo) em sua carreira, quebrou a perna de três jogadores um deles num lance acidental (Vaguinho, do Corinthians, em 1971). Os outros dois não, um deles foi Mauro, num treino dos juvenis do Flamengo a outra foi no jogador De La Torre num amistoso no Maracanã entre Brasil e Peru. Em 1991 um jogador do Palmeiras teve sua perna quebrada pelo jogador Raí. E por fim em 1994, durante a Copa do Mundo dos Estados Unidos, quando a Seleção Brasileira foi Tetracampeão, Leonardo deu uma cotovelada no jogador da Seleção anfitriã Tab Ramos. A pancada quebrou o maxilar do americano e Leonardo foi expulso imediatamente.

Assim concebido, o esporte nunca poderia deixar de comportar alguma violência, e tudo o que se poderia fazer é estabelecer mecanismos para regular suas expressões e mantê-las num nível aceitável.[pic 6][pic 7]

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Em nosso entendimento, a violência no esporte (dentro e fora dos campos e quadras, estádios e ginásios) não pode ser isolada da violência reinante no conjunto das relações sociais, pois são as mesmas determinações gerais que condicionam todas as manifestações de violência.

 

(...) as causas da violência no esporte devem ser buscadas na sociedade. E aqui não há como escapar ou negar que a exclusão social é um fator preponderante dentre as múltiplas causas da violência. A pobreza, as péssimas condições de vida, o desemprego, a falta de escola, de moradia, de cultura, de lazer etc. Tudo isso gera situações de frustração e de impotência, tendo como conseqüência a falta de perspectiva de vida e a desesperança, presentes, inclusive, em nossa juventude.

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