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Amazônia: Uma História De Perdas E Danos, Um Futuro A (re)construir

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Por:   •  14/2/2014  •  872 Palavras (4 Páginas)  •  721 Visualizações

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A história da Amazônia tem sido uma trajetória de perdas e danos

A história da região tem sido, da chegada dos primeiros europeus até os dias atuais, uma trajetória de perdas e danos. A Amazônia foi sempre mais rentável e, por isso, mais útil economicamente à Metrópole no passado e hoje à Federação, do que elas o tem sido para a região. No passado a Amazônia era vista como um estoque de índios para servirem de escravos para a produção da borracha e assim se tornando uma região de grande lucratividade. A Amazônia sempre foi explorada, mas ela vem sido explorada mais ainda nos dias da atualidade, foi explorada na retirada de ouro na serra pelada, e com o lucro pagou-se parte da dívida nacional, deixando-a uma região com uma economia abalada.

A Amazônia gera riqueza, mas a mesma não se vê e muito menos se fixa nela, mas houve o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) nas últimas décadas, temos como exemplo o crescimento econômico expressivo do Pará. Ao longo de sua história, a Amazônia tem gerado sempre mais recursos para fora (Metrópole e Federação) do que tem recebido como retorno; tem sido, permanentemente, um lugar de exploração, abuso e extração de riquezas em favor de outras regiões e outros povos.

O primeiro europeu a pisar as terras amazônicas, o espanhol Vicente Pinzon (em janeiro de 1500), sua viagem marca o primeiro choque cultural e o primeiro ato de violência contra os povos da Amazônia: Pinzon aprisiona índios e os leva consigo para vender como escravos na Europa. A viagem de Orellana inaugura, também, o ciclo dos mitos sobre a Amazônia. Refiro-me aos mitos construídos sobre a região pelo olhar e a alma do estrangeiro, a partir de uma visão da terra e da gente da Amazônia fundada no imaginário do homem de fora da região. Desde então, a Amazônia tem sido definida, interpretada, explorada, amada e mal-amada a partir do olhar, da expectativa e da vontade do outro.

A história dos homens na Amazônia tem sido construída a partir de dois eixos norteadores, mas conflitantes: de um lado, a visão paradisíaca criada pela magia dos mitos da região e sobre a região; de outro, a violência cotidiana gestada pela permanente exploração da natureza e desencadeada pelos preconceitos em relação a ambos — homem e natureza.

O modelo econômico posto em ação na região tem ignorado e menosprezado a diversidade dos inúmeros ecossistemas amazônicos. Na prática, a Amazônia brasileira tem sido considerada nos planos governamentais como um sistema natural homogêneo em seus quase cinco milhões de km2.

A maior riqueza da Amazônia é sua biodiversidade e tem sido, na prática, ignorada, questionada e combatida sistemática e implacavelmente pelas políticas públicas. Essas políticas estabeleceram uma oposição entre desenvolvimento e conservação ambiental. O desenvolvimento sustentável, como uma forma de desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer as necessidades das futuras gerações, não integra as políticas públicas como condição essencial. Quando aparece, está confinado e limitado a alguns programas específicos dos setores e órgãos ambientais. As políticas públicas têm adotado uma estranha lógica de combate e agressão à natureza, estimulando nas últimas décadas a transformação da mais vasta, rica e exuberante floresta tropical do mundo em áridas pastagens, em áreas de plantação de grãos, etc., sem levar em conta

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