Assentamento filipa
Por: luluedavi • 31/8/2015 • Relatório de pesquisa • 813 Palavras (4 Páginas) • 119 Visualizações
A visita ao Assentamento de Filipa (comunidade negra quilombola) que fica localizada na microrregião do Itapecuru-Mirim foi realizada pelos acadêmicos do Curso de Serviço Social (3 período), da Universidade Federal do Maranhão, no dia 18 de dezembro de 2010, que teve como objetivo principal conhecer mais sobre a vida social, econômica e cultural da comunidade, bem como aprender como se desenvolve a enérgica organizacional. Ou seja, assimilar os conteúdos de sala de aula-expostos pela professora Aurora , juntamente com os seus convidados: Paulo (coordenador da COSPAST), Josivaldo (técnico agrícola) e Verônica (técnica agropecuária), além dos moradores de Filipa. Diante destas informações percebemos que o assentamento é formado por nove comunidades. No assentamento residem 66 famílias com um total de 22.000 habitantes. O assentamento é legalizado devido o Plano de Reforma Agrária desenvolvido pelo INCRA, vale lembrar que este assentamento é reconhecido internacionalmente. A Cooperativa de Serviços, Pesquisas e Assessoria Técnica (COOSPAT) que desde de 1997, vem trabalhando a questão da agricultura familiar. Atualmente a COOSPAST trabalha em parceria com o ATES (Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental) de Itapecuru Mirim. A COOSPAST, juntamente com o ATES desenvolvem no Assentamento de Filipa alguns projetos, dentre eles vale destacar: projetos de piscicultura (relacionado com o banco do Brasil), campo agrícola, suinocultura, avicultura, entre outros. Estes projetos têm a participação de vários profissionais: técnico pecuário, engenheiro agrônomo, sociólogos, administradores, técnicos de zootecnia, entre outros. Em Filipa há um corpo profissional de 25 profissionais, lembrando que não há um profissional do Serviço Social. No assentamento têm-se a produção de mandioca, arroz, feijão, banana, cana, abacate, etc. Têm-se também o criadouro de porcos (atualmente são seis), as casas de fabricação de farinha e o criadouro de peixes cujas espécies são: tambaqui e tilápia. A maioria das casas residenciais são construídas em tijolo e possuem tetos de telhas de barro. Estão dispostas em fileiras paralelas, sob mangueiras de várias espécies, podendo-se destacar a manga rosa e a manga caju, dentre outras. Além das cassas residenciais têm-se a igreja católica, o barracão onde são realizadas as festas dançantes, a escola e o posto de saúde. Segundo a moradora Lindinalva dos Santos, a escola está parada, e devido a isto as crianças estão se deslocando para as escolas de Itapecuru, através de duas combes enviadas pela prefeitura. A faixa etária destas crianças é de três anos para cima; sendo que antes os mesmos só iam estudar em Itapecuru a partir da quinta série. Esta mesma moradora relata que o posto de saúde funciona normalmente, sendo que o médico aparece de uma a duas vezes por mês, para realizar consultas e exames. O assentamento de Filipa recebeu este nome devido ao bisavó de seu Bernardino (morador de Filipa), onde estes vieram refugiados para esta comunidade em busca de um lugar que suprisse suas necessidades. O processo de identificação dos moradores de Filipa é marcado por diferentes elementos que são acionados nessa construção. Um dos elementos acionados refere-se ao parentesco. Os moradores da Filipa consideram-se parentes entre si, ligados por uma ascendência comum: Filipa. Os moradores afirmaram que a principal diferença entre sua comunidade e as demais é que na Filipa quase todas as pessoas são parentes. Na comunidade de Filipa não se anda armado, e brigar em festas vai contra as regras que seus moradores constroem para que a Filipa tenha um status de comunidade singular. O Sr.Cecílio relata o que ocorreu numa festa que foi realizada na comunidade:
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