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Assistente Social e Psicologia

Por:   •  19/8/2015  •  Resenha  •  2.483 Palavras (10 Páginas)  •  174 Visualizações

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Universidade Anhanguera – UNIDERP

Curso: Serviço Social 3° série

Disciplinas: FUNDAMENTOS HISTORICOS, TEÓRICOS-METODOLOGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II e PSICOLOGIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL I.

Título do Trabalho: Refletir sobre os parâmetros de atuação dos assistentes sociais e psicólogos (as) na Política de Assistência Social.

PRODUÇÃO ACADÊMICA: Produção de um texto reflexivo que apresente os parâmetros de atuação dos assistentes sociais e psicólogos (as) na Política de Assistência Social, compreendendo-se a importância do trabalho interdisciplinar no enfrentamento da questão social.

Passo 01:

A Psicologia no Brasil foi regulamentada no ano de 1962, pouco antes do golpe militar, em um período no qual as Forças Armadas se articulavam para promover o tão e inesquecível golpe. A psicologia nasceu associada às classes burguesas que buscavam contribuir com estudos sobre as intervenções da ditadura na população pobre.

No Brasil, o ano de 1964 foi marcado por um dos momentos mais tristes da história do país. O período de governo  militar foi marcado pela supressão dos direitos constitucionais, de práticas de censura, de perseguições políticas, de repressão, tortura e morte daqueles que se rebelavam contra o governo ou tentavam se organizar com o intuito de reivindicar melhores condições de vida da população brasileira.

Com o golpe militar “a nova profissão”  não buscava apenas legitimidade social, estudos na área eram produzidos sobre o indivíduo considerado inadequado, anormal, com comportamentos que fizessem mal ao movimento higienista brasileiro, sem qualquer reflexão e crítica sobre as condições sociais, políticas e econômicas extremamente injustas vividas pelas classes populares no país. Na década de 70, enquanto alguns psicólogos se acomodavam em espaços confortáveis para o atendimento às elites em seus consultórios particulares, outra parcela de profissionais, juntamente com outros intelectuais, começava a  trabalhar e discutir sobre a situação de opressão e violência que vivia o país naquele período ditatorial.

Alguns psicólogos, começariam a apontar para a necessidade de se construir uma psicologia para os problemas sociais. No Brasil, o crescimento de posicionamentos críticos em relação a situação vivida na época, levaria ao desenvolvimento da psicologia comunitária, onde profissionais vinculados aos movimentos contrários a ditadura, iniciariam uma nova relação com as populações que precisavam de algum tipo de auxílio.

A Psicologia tem uma importante implicação na tentativa de denunciar as verdadeiras atrocidades cometidas nos porões do regime militar e tem participado ativamente de programas e projetos - como a “Comissão da Verdade” - que visam reviver e identificar o que realmente aconteceu com muitas pessoas naquele período, além da função de acolher os que sofreram e ainda sofrem pelas práticas de tortura.

A atualidade, distante daquelas práticas ditatoriais, não estaria totalmente  isenta de ações autoritárias revestidas por roupagens democráticas que, recentemente, assaltadas por um novo movimento assombrariam governantes e a burguesia conservadora.

Passo 02:

o Brasil, viveu por 21 anos uma ditadura militar, caracterizada pelo autoritarismo ruptura, de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão (prisão, tortura e muitos mortos) aos que eram contra o regime militar e a sociedade foi calada pela força.  inicia-se a articulação do movimento de reconceituação do serviço social fundamentado na insatisfação dos profissionais que se conscientizavam de suas limitações tanto no campo teórico quanto nas político-ideológicas.

serviço social no contexto da ditadura militar, onde a sociedade foi calada pela força. o Serviço social buscou assumir uma prática com tendências modernizadoras que priorizavam as demandas e interesses da clientela do Serviço Social.

O descontentamento da classe trabalhadora com a ditadura imposta se organiza em movimentos na luta contra a opressão e exploração. Esse grito coletivo exige do profissional de serviço social uma postura de superação de sua prática antes baseada na manutenção do poder e assistencialismo, para uma prática de neutralidade, com uma ação articulada com as lutas de movimentos populares, objetivando a transformação social.

Os assistentes sociais no início dos anos 60, inspiraram-se em ideologias e iniciaram um movimento de reconceituação, levando o Serviço social aos questionamentos de outras disciplinas sociais, políticas e econômicas, com manifestações na Inglaterra, estados Unidos e, sobretudo na América Latina. A partir do Movimento de reconceituação, o serviço social priorizou em suas discussões um novo profissional com uma ação social voltada para o um público-alvo sofredor das mazelas sociais.

A ditadura militar, considerada uma das páginas negras da história do Brasil, deliberou-se uma profunda crise econômica e o agravamento do problema social, onde os brasileiros foram marginalizados, sobrevivendo entre o desemprego e a subnutrição e ainda institucionalizou-se a corrupção. As oposições foram reprimidas e eliminadas, assim, como os direitos dos cidadãos.   

A prática do assistente social acontece no espaço das relações do ser humano, nas diversos aspectos de sua vida: afetiva, social, política: na família, nos grupos de trabalho, os grupos comunitários etc., e também a partir dos organismos sociais e estruturas que se constituem em espaço e processo de vida coletiva. E o profissional do Serviço Social ainda enfrenta uma imposição de manutenção do poder em sua prática, em algumas realidades de atuação.

Neste cenário, o espaço de atuação dos assistentes sociais se limitava na execução das políticas sociais, atuando na eliminação de qualquer resistência ao crescimento econômico e na integração aos programas de desenvolvimento do Estado.

A política social torna-se apenas uma estratégia para minimizar a consequência do capitalismo delineado na exploração dos trabalhadores e na grande concentração de renda. 

O Serviço Social então, contribui para a reprodução e produtividade da força de trabalho. As empresas criam programas assistenciais objetivando a efetivação da dependência e subordinação do trabalhador, sendo assim, também criado um vasto campo de atuação do serviço social.

O descontentamento da política social em que está inserido o assistente social trás um processo de renovação do serviço social, visando uma mudança na prática do assistente social com ações profissionais mais modernas, implicando na expansão dos cursos de graduação e pós-graduação na vigência da ditadura militar. O Serviço social ingressou na universidade pública, propiciando a sua interação com outras disciplinas do conhecimento, favorecendo o desenvolvimento de uma postura intelectual e investigativa na profissão. 

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