CONSÓRCIO MODULAR

Com o surgimento do MERCOSUL e da abertura econômica promovida por Collor, então presidente da república, a indústria automobilística brasileira experimentou um crescimento através de investimentos em tecnologia das montadoras, tornando- nos mais competitivos.

As empresas de autopeças, por sua vez, eram em grande maioria, familiares e de pequeno/médio porte, que não conseguiram acompanhar as inovações tecnológicas, devido à situação financeira que apresentavam. Assim, houve uma reformulação também no campo das autopeças, que por processo de aquisição e fusão, tornaram-se parte de multinacionais.

Nesse contexto, surge a Estrutura Modular. Cria-se um forte elo entre fornecedores e montadores, compartilhando investimentos e risco em comum, para maiores ganhos em produtividade e competitividade. As montadoras desejavam diminuir o quadro de fornecedores, para isso, definiram-se as necessidades e convidaram os fornecedores para participar do projeto, desenvolvendo sistemas e módulos completos para a montadora.

Ocorre a mudança do foco das montadoras, onde anteriormente o foco era a gestão da produção, passa a ser novos projetos de produtos, qualidade, estratégias de distribuição, e marketing. A gestão da produção passa a ser de responsabilidade dos fornecedores, agregando outras funções pertinentes ao escopo.

O principal objetivo da estrutura modular é a redução de custos e tempo de produção, através desse consórcio, com a divisão dos custos, investimentos e risco, além do aumento da competitividade dos produtos. Os fornecedores, agora consorciados, passam a ser vistos como parceiros, denominados modulistas, pela empresa líder, a montadora.

Na organização modular existe a transferência da tecnologia entre os modulistas e a empresa líder. A obrigação e responsabilidade pelo sistema de produção são das empresas consorciadas, mas o controle da qualidade, distribuição, comercialização, marketing e a interface com o cliente final é responsabilidade do líder do Consórcio modular.