ESTUDOS SOBRE NARCISISMO E CONSUMISMO

ESTUDOS SOBRE NARCISISMO E CONSUMISMO

Links: http://thezeitgeistmovement.se/files/Lasch_Christopher_The_Culture_of_Narcissism.pdf

Livro Cultura do Narcisismo

http://psychologyinrussia.com/volumes/pdf/2010/34_2010_sokolova.pdf

Texto Abaixo:

Preocupação com a auto estima sempre alta. Constantemente envolvido com a mudança de si mesmo. Personalidades se tornam “construtores biográficos”, com seus valores arbitrariamente agregados(assembled) sob a influência de várias regras sociais. Constantemente seguindo conselhos de experts, jornalistas, milagreiros, celebridades, ícones e videntes. Pílulas de emagrecimento, de promessas de milagres instantâneos, são exemplos de estereótipos culturais. O corporal bem-estar se torna sinônimo de opulência, felicidade e satisfação própria. A adoração da excelência é transformada em produto massificado, perseguição febril de um ideal, uma nova mania, uma tendência chamada “perfeccionismo narcísico”. Busca-se atingir uma onipotente parte de si mesmo e consequentemente desperta-se a inveja e o ciúme com o objeto de idealização, perda de auto confiança, e questionamento da justificação da própria existência. No outro lado da moeda, enquanto luta-se para pela excelência, no modelamento do corpo perfeito, ajuste do próprio corpo, há pequenas decepções no trabalho e na família, a ferida narcísica, devido a inadequação de superioridade e onipotência. O homem se torna camaleônico, perdendo a integridade. Professando relativismo moral, pronto para mudar-se de acordo com a visão mundial, seu senso de si mesmo é difuso, vago e incerto, enquanto a expansiva e ilimitável identidade própria é dirigida pelo desejo de tentar de tudo, fazer parte de tudo, ser visto, e se divertir. Essas pessoas que a vida perdeu o sabor, está cheia de tédio e se esforçam para manter um status e moral são chamados narcisistas. Tentar impressionar os outros com sua excelência e superioridade, ter medo da desaprovação. Preocupação com a imagem, envolvimento com celebridades.

Não conseguem nomear seus sentimentos, nem verbaliza-los, mas os sentem poderosamente. Há uma desvalorização do próprio ser e uma constante idealização irreal. Oscilam entre a polaridade do perfeccionismo e exibicionismo, e o masoquismo e auto terrorismo. Eles tentam manter a perfeição corporal e em caso de erro se depreciam e se martirizam ao máximo. Não superaram as imagens austeras dos pais, da infância, e fazem lembrança de experiências emocionais negativas. O homem moderno chora a perda da infância e a perda da atenção, a finitude da vida e a temporariedade do corpo, predisposto a ideologia do anarquismo, difundindo ideias arcaicas e imprudentes, de um limitado e claro senso de auto determinação(altivez e autossuficiência, arrogância, prepotência, orgulho). Tem sonhos de onipotência. Há uma busca constante por múltiplas formas de comportamento que hipertrofiam o senso de singularidade. Extremamente individualistas, mas duplamente direcionados para fora, para os outros. Vivem e propagam uma cultura de despersonalização. Difundem a cultura do pseudo, ou a cultura das aparências. Como se não fosse suficiente a herança histórica aristocrática das dissimulações.