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Envelhecimento Populacional

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Por:   •  20/11/2013  •  1.470 Palavras (6 Páginas)  •  389 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Entende-se por envelhecimento populacional o aumento do peso da

população mais idosa, ou em outras palavras, o aumento da proporção de idosos no

total da população. Pode-se dizer que este processo está acontecendo em nível

mundial (CARVALHO & GARCIA, 2003). O aumento da proporção de idosos na

população é um fenômeno mundial tão profundo que muitos chamam de "revolução

demográfica". No último meio século, a expectativa de vida aumentou em cerca de

20 anos. Se considerarmos os últimos dois séculos, ela quase dobrou. E, de acordo

com algumas pesquisas, esse processo pode estar longe do fim (http://www.comciencia.

br/reportagens/ envelhecimento/texto/env16.htm).

No Brasil, onde a fecundidade está caindo de forma extremamente rápida nos

últimos anos, espera-se que a proporção de idosos aumente com a mesma rapidez.

Isto significa que o processo de envelhecimento será produzido a uma velocidade

muito maior que nos países desenvolvidos, onde o processo começou há já algum

tempo (CARVALHO & GARCIA, 2003).

Nas últimas décadas, o Brasil tem registrado redução significativa na

participação da população com idades até 25 anos e aumento no número de idosos.

E a diferença é mais evidente se comparada as populações de até 4 anos de idade

e acima dos 65 anos. Em 2010, de acordo com a Sinopse do Censo Demográfico

divulgada em 29/04/2011, o país tinha 13,8 milhões de crianças de até 4 anos e 14

milhões de pessoas com mais de 65 anos (http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/

04/percentual-de-idosos-na-populacao-segue-em-crescimento-diz-censo.html).

No Brasil, entre os anos 1940 e 1996, ou seja, em 56 anos, a proporção de

pessoas de mais de 60 anos duplicou, passando de 4% a 8% do total da população.

Durante os próximos anos, esta porcentagem continuará aumentando de forma

quase exponencial, e se as projeções se confirmam, estas indicam que a proporção

de maiores de 60 anos chegará a ser 15% da população no ano 2020. Tal

perspectiva implica duplicação da proporção de idosos em menos de 35 anos

(CAMARANO, 2002). Ou seja, nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil

poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da

população ao final deste período. Em 2000, segundo o Censo, a população de 60

anos ou mais de idade era de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991.

O peso relativo da população idosa no início da década representava 7,3%,

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enquanto, em 2000, essa proporção atingia 8,6% (http://www.ibge.gov.br/home/

presidencia/noticias/25072002 pidoso.shtm).

Gráfico 1 – Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade em

países selecionados – 1990/1999

A proporção de idosos vem crescendo mais rapidamente que a proporção de

crianças. Em 1980, existiam cerca de 16 idosos para cada 100 crianças; em 2000,

essa relação praticamente dobrou, passando para quase 30 idosos por 100

crianças. A queda da taxa de fecundidade ainda é a principal responsável pela

redução do número de crianças, mas a longevidade vem contribuindo

progressivamente para o aumento de idosos na população. Um exemplo é o grupo

das pessoas de 75 anos ou mais de idade que teve o maior crescimento relativo

(49,3%) nos últimos dez anos, em relação ao total da população idosa (http://www.

ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/25072002pidoso.shtm).

No Brasil, em média, as mulheres vivem oito anos a mais que os homens. As

diferenças de expectativa de vida entre os sexos mostram: em 1991, as mulheres

correspondiam a 54% da população de idosos; em 2000, passaram para 55,1%.

Portanto, em 2000, para cada 100 mulheres idosas havia 81,6 homens idosos.

Fonte: Demographic yearbook 1999. New York: United Nations, 1999; IBGE, Censo

Demográfico 2000.

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Gráfico 2 – Projeção de crescimento da proporção da população de 60

anos ou mais de idade, segundo o sexo – Brasil – 2000/2020

Segundo dados da ONU, a expectativa de vida ao nascer aumentou de 46,5

anos, em 1950-1955, para 65, em 1995-2000 (gráfico 1). O Brasil acompanhou essa

evolução, estando sempre um pouco acima da média mundial: 50,9 anos em 1950-

55 para 67,2 em 1995-2000 - mas um pouco abaixo da média da América Latina (de

51,4 a 59,3 anos). A diferença entre os países mais e menos desenvolvidos vem

diminuindo: de uma distância de 25,2 anos entre as expectativas de vida dos dois

grupos em 1950-55 (41 contra 66,2 anos), a diferença caiu para 12 anos, menos da

metade (62,9 contra 74,9). Na verdade, essa queda é inevitável, dada a tendência

de

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